Este artigo tem por objetivo geral discutir as bases, a metodologia de operacionalização e os resultados do programa de integração horizontal e vertical de conteúdos implantados no 2º semestre de 2009 no Curso de Graduação em Administração em uma Universidade Pública Estadual da Região Sul do Brasil. Os conceitos e as características dos paradigmas tradicional e emergente da ciência e seus reflexos na educação são discutidos, além de a questão da interdisciplinaridade, com suas respectivas modalidades e classificações, ser observada no referencial teórico. A pesquisa é exploratória, descritiva e interpretativa. Os dados e as informações foram coletados por meio de pesquisa bibliográfica, observação participante e análise documental. Eles foram organizados e sistematizados a partir dos indicativos constantes nos planos de ensino (objetivos das disciplinas, conteúdos programáticos, metodologias de ensino-aprendizagem, sistemas de avaliação e referências bibliográficas). Os dados e as informações foram descritos e interpretados a partir da vivência dos autores no curso de Administração, complementada pelos fundamentos teóricos e práticos discutidos pelos estudiosos da área. O programa foi operacionalizado por meio de integração sistêmica e complementar quando da realização de reuniões de sensibilização, de reuniões pedagógicas e de reuniões de socialização, além de sessões de feedback. O programa revelou que: a) gestores, docentes e alunos precisam estar identificados e comprometidos para entender e perceber as consequências do paradigma cartesiano, assim como a relevância dos fundamentos do paradigma da complexidade, na implantação de programas voltados à interdisciplinaridade; b) a interdisciplinaridade identifica e nomeia uma mediação possível entre saberes e competências, garantindo a convivência criativa com as diferenças, como percebido na identificação de temas e conceitos em comum; e c) a prática interdisciplinar representa uma possibilidade pedagógica para instigar, indagar e intervir, como verificado nas reuniões pedagógicas, suscitando o que Freire (2005) chamou de "curiosidade epistemológica".
RESUMO: O artigo tem por objetivo apresentar o perfil do ensino de Contabilidade Geral e Contabilidade de Custos nos cursos de graduação em Administração do Estado de Santa Catarina por meio dos elementos constantes nos planos de ensino. Trata-se de uma pesquisa descritiva, com abordagem quantitativa, realizada através de levantamento de dados coletados com base em planos de ensino. Os planos de ensino foram solicitados, primeiramente, através de e-mail encaminhado aos coordenadores dos cursos de graduação em Administração de 81 Instituições de Ensino Superior-IES. Em virtude do baixo retorno resolveu-se, em uma segunda etapa, contactá-los por telefone. Outros planos de ensino foram obtidos no site de algumas IES. A amostra por acessibilidade corresponde a 28 IES, perfazendo 34,60% da população. Os resultados da pesquisa evidenciam as nomenclaturas utilizadas para as disciplinas que abordam os conteúdos de Contabilidade Geral e Contabilidade de Custos, os tópicos contemplados no ementário e no conteúdo programático, bem como as metodologias de ensino, o sistema de avaliação e as bibliografias citadas nos planos de ensino.
O objetivo deste estudo é analisar os principais fatores facilitadores e restritivos no desenvolvimento de projetos de pesquisa da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) em cooperação com empresas, segundo o olhar de 10 líderes de grupos de pesquisa e de 14 gestores de empresas. A base teórica do estudo compreende a discussão dos argumentos de autores nacionais e internacionais acerca da cooperação universidade-empresa (U-E). A pesquisa é descritiva com abordagem qualitativa. As técnicas de coleta de dados utilizadas foram a pesquisa bibliográfica, análise documental e o questionário, sendo tratados de modo descritivo. Os fatores “recursos financeiros adicionais” e “acesso a pesquisadores qualificados” foram considerados como os fatores mais facilitadores segundo os líderes de grupos de pesquisa e gestores de empresas, respectivamente; e o “excesso de burocracia” como o fator mais restritivo à cooperação universidade-empresa, tanto para os líderes de grupos de pesquisa como para os gestores de empresas. Os achados são corroborados por estudos teóricos e empíricos nacionais e internacionais, reforçando os avanços da literatura e das questões metodológicas utilizadas. Conclui-se que a universidade deverá aperfeiçoar as práticas de cooperação com as empresas, estabelecendo políticas institucionais que possibilitem a redução da burocracia e dos prazos de tramitação dos processos, a fim de minimizar as barreiras identificadas na interação e possibilitar o desenvolvimento de mais pesquisas aplicadas entre os envolvidos na cooperação. O estudo tem como limitações a volatilidade das percepções dos pesquisados, a área geográfica de Santa Catarina e três Centros de Ensino da Udesc.
O artigo tem por objetivo discutir os avanços e as limitações da abordagem multiparadigmática no desenvolvimento de estudos organizacionais. O modelo dos quatro paradigmas (funcionalista, interpretativo, humanista radical e estruturalista radical) propostos por Burrell e Morgan (1979) catalisou a proliferação de perspectivas concorrentes, além de gerar a polarização e a segregação. Cada paradigma é tratado numa perspectiva única, sendo, portanto, incomensurável com outro paradigma, contrariando os estudiosos que defendem a comunicação entre paradigmas. A visão pluralista é relevante, porque incentiva os estudiosos a ver as organizações sob diferentes prismas, para sucumbir à visão reducionista da teoria das organizações, além de favorecer o desenvolvimento de novas perspectivas para a análise organizacional. Todavia, a utilização de paradigmas múltiplos também apresenta limites, já que o pesquisador, ao lidar com diferentes abordagens, pode ficar sem referência ou fundamentação, além de ter, às vezes, dificuldade para se distanciar do paradigma dominante. Todas essas articulações e junções paradigmáticas podem ser feitas, desde que o pesquisador tenha sempre uma referência e uma fundamentação, visando manter a coerência e a consistência do que está sendo pesquisado.
O artigo apresenta um estudo sobre o perfil do ensino de Contabilidade de Custos nos cursos de graduação em Administração do Estado de Santa Catarina. Trata-se de um estudo descritivo baseado em uma pesquisa documental, com abordagem qualitativa e quantitativa. Os dados foram coletados por meio de fontes primárias disponibilizadas nos planos de ensino das Instituições de Ensino Superior (IES) e a amostra examinada corresponde a 34,6% da população. O tópico mais citado nas ementas é terminologia de custos; as aulas expositivas ocupam o primeiro lugar do ranking de metodologias de ensino utilizadas; todas as IES que citam o sistema de avaliação no plano de ensino utilizam a prova como metodologia de verificação de aprendizagem; e o livro Contabilidade de Custos, de Eliseu Martins, é o mais citado nas bibliografias.
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