Resumo: Este artigo retoma e repercute algumas indagações fundamentais para a pesquisa em Educação em Ciências, projetadas pelo atual contexto de pandemia que vem reforçando fragilidades, mas também revelando caminhos possíveis para superação de problemas. Baseamo-nos nas perspectivas socio-histórico-cultural e dialógica para apontar caminhos e descaminhos da construção do saber científico e de seu ensino. Partimos do diálogo com as atuais contribuições da área, reforçando a importância de um ensino baseado em aspectos da natureza da ciência, com foco em uma perspectiva interdisciplinar. Como reflexões, entendemos que a pandemia nos traz a possibilidade de repensar o papel da Educação em Ciências e do nosso papel na qualidade de educadores, indicando a necessidade de desenvolvimento de uma postura e de uma prática mais dialógicas, caminhando em direção à complexidade e à evolução histórica, cultural e social dos conceitos, e possibilitando propostas interdisciplinares inclusivas, essenciais para uma visão crítica do mundo.
Resumo: A visão reducionista, implícita no ensino tradicional de Física -o mundo reduzido a partí-culas -, repercute e embasa uma percepção reducionista da sociedade, como simples soma de indiví-duos. Desse modo, podemos entender o significado social e político do currículo e de que forma a escola e as práticas educativas interferem na sociedade. Neste trabalho, faremos a crítica ao atual modelo hegemônico de Ensino de Física e, em particular, ao reducionismo mecanicista, com base em uma compreensão histórica e dialética da relação do simples com o complexo, como o ponto de partida para o conhecimento inter e transdisciplinar; e discutiremos o ensino baseado no dialogismo e na consequente democracia real em sala de aula como caminho para sua conscientização e emancipação dos alunos e do professor. Partiremos da teoria Dialógica de Bakhtin para repensar o ensino de Física, do currículo à prática pedagógica.Palavras-chave: Ensino de Física. Dialogismo. Cidadania. Mikhail Bakhtin. Abstract:The reductionist view, implicit in the usual curriculum -that the world can be reduced to particles -reinforces a simplified conception of society as a mere sum of individuals. In this way, curricula acquire political meaning and interfere with society. New approaches including changes in curricula result in a more profound understanding of the dialectical connection between simple and complex systems as a starting point to inter-and trans-disciplinary views of physical sciences and society. Bakhtin's theory of dialogism implies new pedagogical and more democratic practices involving student participation in a dialogical construction of knowledge as way to building their political consciousness. According to our results we must change both curricula contents, by including the study of emergent proprieties in complex systems and by taking account of historical perspectives, and pedagogical practices in order to form good students, professionals and citizens able to play a significant role in a democratic society.
Researchers have emphasized the similarities and differences between formal and non formal education. These two concepts are different, requiring specific, initial and continued, teacher training for the ones who wish to follow the two concepts. Such training is possible for undergraduates who take activities, throughout the course, in museums and non formal education areas. Our goal in this article, which is part of a doctoral thesis, is to understand the benefits and obstacles created in the practice of teachers who work in these two training areas. Analysing the daily practice of a teacher trained in both formal and non formal education, a hybrid concept was identified, that we believe belongs to a particular discursive genre, different from both formal and non formal ways. Therefore, a theoretical framework based on the ideas of Mikhail Bakhtin, which allows us to think the class as a discourse genre, was outlined. FORMAL, NO FORMAL Y OTRAS FORMAS: CLASE DE FISICA COMO GÉNERO DISCURSIVO RESUMENMuchas investigaciones han puesto de relieve similitudes y diferencias entre la educación formal y no formal. Podemos decir que los dos tipos de educación son diferentes, lo que requiere de formación inicial y continuada, diferenciada para profesores que quieran transitar en estos espacios educativos. Entendemos que este tipo de formación es posible y es una realidad para estudiantes que asumen actividades en espacios no formales vinculados a la educación. Nuestro objetivo en este artículo, que hace parte de una tesis de doctorado, es entender los beneficios y obstáculos que se generan en la vida cotidiana de profesores que se mueven en los dos ámbitos de formación. Del análisis de la práctica de un maestro que trae consigo esta formación diferenciada, creando una práctica híbrida, notamos una forma de la clase que creemos pertenece a un género discursivo específico, diferente del formal y el no formal. Para ello, esbozaremos un marco teórico, basado en las ideas de Mikhail Bakhtin, que nos permita pensar la clase como un género discursivo.PALABRAS CLAVE educación formal; educación no formal; enseñanza de fisica; género discursivo. O FORMAL, O NÃO FORMAL E AS OUTRAS FORMAS:A AULA DE FíSICA COMO GêNERO DISCURSIVO RESUMO Pesquisas têm enfatizado aproximações e diferenças entre a educação formal e não formal. Podemos afirmar que os dois tipos de educação são diferentes, requerendo uma formação, inicial e continuada, diferenciada para professores que desejem transitar nos dois espaços de educação. Entendemos que tal formação é possível e é realidade para licenciandos que assumem atividades em espaços não formais ligados à educação. Nosso objetivo, neste artigo, o qual faz parte de uma tese de doutorado, é compreender benefícios e obstáculos gerados no cotidiano de professores que transitam nos dois âmbitos de formação. A partir da análise da prática de um professor que traz na bagagem essa formação diferenciada, gerando uma prática híbrida, percebemos uma aula que entendemos pertencer a um gênero discursivo especí...
RESUMO: A formação de professores tem sido discutida procurando destacar as suas exigências legais, as responsabilidades do futuro profissional docente no atual contexto escolar e como essa formação é oportunizada nas universidades e demais instituições de ensino superior. Apresentamos nesta investigação, na forma de um estudo de caso, os aspectos que potencializam a co-docência na formação de professores e as possibilidades para o desenvolvimento de práticas docentes na perspectiva interdisciplinar, trazendo um exemplo sobre a importância da flutuação para a vida no planeta. Para auxiliar a compreensão dos conceitos que permeiam essa investigação, buscamos dialogar com alguns autores, como: Shulman, Roth e Boyd, Pombo e Bakhtin. Os nossos sujeitos de pesquisa que viabilizaram a triangulação dos dados coletados são duas professoras formadoras, sendo uma delas de Física e a outra de Biologia e dezessete licenciandos dos cursos de Biologia, Física e Pedagogia, reunidos em uma disciplina eletiva. Utilizamos, como percurso metodológico, os recursos da videogravação das aulas em ação co-docente, junto aos licenciandos, tendo o laboratório LIEC de uma universidade pública do Rio de Janeiro como ambiente de formação inicial. A partir dos dados constituíram-se episódios que explicitam momentos de coaprendizagem entre os formadores e entre os discentes das diferentes áreas e que são analisados à luz das ideias de Bakhtin.
Apresentamos neste artigo uma proposta didática para o ensino de Física, tendo como foco a união entre Ciência e Arte, mais especificamente Física e Literatura. Para isso, trabalhamos o Poema para Galileo de António Gedeão em uma disciplina da licenciatura em Física de uma Universidade pública do Rio de Janeiro e realizamos a Análise de Discurso, baseada na perspectiva dialógica bakhtiniana, dos dados coletados via registro escrito dos licenciandos. Baseamo-nos nos conceitos de autor, herói, ouvinte, cronotopo e gênero de discurso de Mikhail Bakthin para analisar as atividades didáticas que envolveram o poema. Como considerações, apontamos que a apresentação da Física de maneira interdisciplinar com a Literatura, ou com a Arte de maneira geral, possibilita a compreensão da Física como parte da cultura e revela possíveis abordagens com foco na Interdisciplinaridade e na História da Ciência, promovendo a humanização da Ciência e incentivo à reflexão crítica e contínua sobre sua natureza.
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