As perspectivas teóricas, críticas, reflexivas e pós-críticas influenciam o campo da formação de professores e as pesquisas em educação, produzidas pelas diferentes universidades do Estado de Santa Catarina. Assim, esta pesquisa buscou focalizar os 11 Programas de Pós-Graduação stricto-sensu (Mestrado e Doutorado) em Educação reconhecidos pela CAPES no Estado (UFSC, UNIVALI, UDESC, UNIVILLE, FURB, UNOESC, UNESC, UNISUL, UNOCHAPECÓ, UFFS, UNIPLAC) e investigar como tais perspectivas transversalizam seus currículos e em que medida compõem os currículos das disciplinas oferecidas, as linhas de pesquisas e o que isso revela sobre a formação docente. A investigação foi realizada a partir da análise documental referente aos dados de 2009 da Avaliação Trienal de 2010, realizada pela CAPES, bem como dos documentos e das informações disponibilizados nos sites dos Programas investigados. Os resultados demonstraram uma predominância das perspectivas críticas e reflexivas, fator que levou a problematizações sobre a construção de novos olhares teóricos, em que todas as perspectivas sejam consideradas, já que esse olhar produziria efeitos nas pesquisas e nas teorizações educacionais.
Este artigo tem como objetivo refletir sobre a produção de dados estatísticos referentes ao quesito raça/cor, do ano de 2016, realizados por psicólogos e assistentes sociais de um serviço de Proteção e Atendimento Especializado a Famílias e Indivíduos (PAEFI) situado dentro do Centro de Referência de Assistência Social (CREAS) localizado na Grande Florianópolis. Assim. mapeamos as marcações de raça/cor através estatísticas produzidas mensalmente pelos profissionais deste serviço, os quais priorizam uma abordagem de trabalho psicossocial frente os direitos violados de crianças, adolescentes e suas famílias. Os resultados apontam para uma ausência desta marcação quantitativa nas estatísticas sugerindo um processo de invisibilidade diante as questões raciais que podem produzir violências em diferentes contextos.
Trata-se de um artigo de relato de experiência que teve como o objetivo descrever a atuação do psicólogo em um Centro de Atenção Psicossocial para criança e adolescente no município de Florianópolis (SC). A experiência adveio de uma vivência por estudantes em uma atividade teórico-prática de uma disciplina do Curso de Graduação em Psicologia da Universidade do Sul de Santa Catarina no segundo semestre do ano de 2019. Foi realizado um projeto para conhecer o serviço e a atuação do psicólogo. O resultado refletiu a formação profissional e a ética do desejo para fortalecer a clínica e a política no cotidiano do trabalho. Conclui-se que a atuação do psicólogo neste serviço atravessa as competências específicas preconizadas pela legislação do exercício profissional, as diretrizes da Rede de Atenção Psicossocial, código de ética a partir do momento que a cada demanda e contexto se exige uma reinvenção da atuação do psicólogo.
Resumo: Esta pesquisa problematiza e analisa aspectos que dizem do processo das interrelações entre negros(as) e brancos(as) moradores(as) da comunidade quilombola Toca de Santa Cruz, localizada no município de Paulo Lopes/SC, a partir das narrativas de avós negras, brancas e um avô branco. Focalizaremos sobre a presença de alguns(mas) moradores(as) brancos(as) na comunidade a partir das décadas de 1970 e 1980. Guiadas por uma abordagem de pesquisa etnográfica, priorizamos a observação participante, o registro no diário campo, entrevistas semi-estruturadas, participação em reuniões organizadas pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) e a construção de um livro criado em conjunto com alguns(mas) netos(as) dessas mulheres, crianças quilombolas com as quais convivemos em uma escola da rede estadual de ensino localizada no entorno do quilombo. Observamos que para as avós e o avô branco o progresso e visibilidade da comunidade se deram a partir de suas chegadas, afirmando-se como os que trabalhavam e cultivavam a terra. Diferentemente do que narraram as avós negras, pois para estas seus antepassados tinham forte ligação com a terra como meio de sobrevivência e elo de parentesco, sendo que o desenvolvimento da comunidade se deu por alguns interesses e investimentos políticos. Percebemos também a dimensão dos conflitos raciais, de classe e de gênero que existem no cotidiano da comunidade a partir das inter-relações entre negros(as) e brancos(as). Palavras-chave: quilombo; conflitos étnicos; inter-relações.
Este artigo é desdobramento de uma pesquisa sobre população em situação de rua e violações de direitos. Debateremos, aqui, um aspecto do referido estudo por nós considerado fulcral, a saber: os processos de resistências e os modos de enfrentamentos (est)ético-políticos produzidos por pessoas em situação de rua, frente às violações de seus direitos. Epistemologicamente, orientamo-nos principalmente pela teorização relativa às relações de poder desenvolvidas por Michel Foucault, articulando-a sucintamente à problemática da necropolítica, proposta por Achille Mbembe. A produção da matéria empírica da pesquisa ocorreu por meio de observações, conversas informais, registros em diário de campo e quatro interlocuções; com pessoas que estavam ou já estiveram em situação de rua há mais de três meses, e que viviam na região central de Florianópolis/SC. A perspectiva da análise de práticas discursivas e produção de sentidos foi a estratégia teórico-metodológica utilizada para a discussão da empiria. Buscou-se, por fim, lançar questionamentos e ampliar discussões acerca da população em situação de rua, suas resistências e enfrentamentos (est)éticos frente às violações de direitos, bem como problematizar as relações de poder que atravessam a vida na rua e, quiçá, romper com lógicas hegemônicas e universais acerca das possibilidades de existência dessas populações.
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