Introdução: A Terapia Subcutânea, também chamada de Hipodermóclise, ainda é pouco discutida e utilizada. Essa técnica consiste na administração de soluções na hipoderme, camada mais profunda da pele, cuja vascularização é similar à que se observa nos músculos. Objetivo: Analisar a produção científica indexada nos periódicos nacionais relacionados ao uso da terapia subcutânea na assistência de Enfermagem. Materiais e Métodos: Optou-se pela revisão sistemática de caráter exploratório com abordagem qualitativa. Realizou-se a busca de estudos em periódicos nacionais publicados nos últimos seis anos, na base de dados da Literatura Latino-Americana em Ciências de Saúde (LILACS) e na Scientific Eletronic Library Online (SciELO). Como os dados sobre o assunto são escassos, utilizou-se o buscador Google acadêmico para incluir publicações do Instituto Nacional do Câncer (INCA). Adotaram-se os termos "hipodermóclise", "terapia subcutânea" e "cuidados paliativos". Resultados: Os estudos analisados resultaram nos seguintes agrupamentos: indicações e contraindicações; vantagens e desvantagens; locais indicados para punção; medicamentos e fluidos utilizados; e a execução da técnica para a punção. Evidenciou-se que a Terapia Subcutânea é um recurso importante para os pacientes em cuidado paliativo. Ela pode contribuir para promoção da qualidade de vida desses doentes. Os riscos são mínimos, os efeitos colaterais são raros, reversíveis e de pouca importância clínica; as vantagens desta via superam suas possíveis desvantagens. Conclusões: A técnica facilita a alta hospitalar do paciente, favorecendo o cuidado no domicílio, é de fácil aplicação e manipulação e possui baixos custos. No entanto, são necessárias pesquisas para consolidar o uso desse procedimento no Brasil, considerando que há carência de estudos nessa área.
Fonte de financiamento: nenhuma. Conflito de interesses: nada a declarar. ResumoIntrodução: Crianças portadoras de cardiopatia congênita apresentam, desde o nascimento, anomalias funcionais e estruturais. A incidência desse quadro é de 8 a 10 a cada mil nascidos vivos. Objetivo: Caracterizar o perfil da criança portadora de cardiopatia congênita atendida em um hospital de referência no Estado do Paraná, Brasil. Métodos: Os dados foram obtidos a partir da análise de 77 prontuários de crianças de 0 a 10 anos. Para a caracterização da amostra, foram observados, além da faixa etária, aspectos físicos, como peso, altura e índice de massa corporal, tempo de internação em unidade de terapia intensiva (UTI) e permanência com cateter venoso central (CVC). Resultados: Dentre as cardiopatias congênitas observadas, a comunicação interventricular (CIV), a comunicação interatrial (CIA), a persistência do canal arterial (PCA), a hipertensão pulmonar (HP) e a tetralogia de Fallot (T4F) foram as mais recorrentes e, na maioria dos casos, cerca de 80% apresentaram duas ou mais cardiopatias. Conclusão: A criança portadora de cardiopatia congênita está, geralmente, abaixo do peso ideal, permanece internada em UTI por cerca de 16 dias, utiliza o acesso por meio do CVC em 70% do tempo (11 dias) e a maior parte delas (75,40%) apresenta até quatro doenças cardíacas, das quais as mais comuns são a CIV, CIA, PCA e T4F. Palavras-chave: cardiopatias; anormalidades congênitas; terapia intensiva; pediatria. Abstract Introduction: Children with congenital heart disease present functional and structural abnormalities at birth. The prevalence of this syndrome is 8-10/1000 live births. Objective: To characterize the profile of children with congenital heart disease treated at a referral hospital in the state of Parana, Brazil. Methods: Data were obtained from the analysis of medical records of 77 children aged 0-10 years. The following parameters were observed for characterization of the sample: age; physical aspects such as weight, height, body mass index; length of stay in intensive care unit (ICU); and use of central venous catheter (CVC) access. Results: Ventricular septal defect (VSD), atrial septal defect (ASD), patent ductus arteriosus (PDA), pulmonary hypertension (PH), and tetralogy of Fallot (T4F) were the most frequent cardiopathies observed, with approximately 80% of the infants presenting two or more diseases. Conclusion: Children with congenital heart disease are usually underweight, remain hospitalized in ICU for approximately 16 days, use CVC access 70% of this time (11 days), and present up to 4 heart diseases (75.40% of the pateints), most commonly VSD, ASD, PDA, and T4F.
Objetivou-se analisar a recusa familiar diante de um potencial doador de órgãos e identificar seus motivadores através de relatos de familiares documentados em prontuários arquivados em um hospital de grande porte na cidade de Curitiba (PR), no ano de 2011. O método utilizado foi a pesquisa transversal do tipo qualitativa descritiva, com base na análise de conteúdo de Bardin. Emergiram dos relatos as categorias: discordância entre familiares; desconhecimento sobre a vontade do potencial doador; desejo de manter o corpo íntegro; medo da demora na liberação do corpo; falta de compreensão sobre o diagnóstico de morte encefálica e a questão religiosa; descontentamento com o atendimento da equipe do hospital; respeito pela opinião do potencial doador manifestada em vida e desconfiança e medo de tráfico de órgãos. Conclui-se que, para uma maior aceitação familiar para a doação de órgãos, é necessária a elaboração de programas informativos, baseados nos motivos aqui destacados, com vistas ao esclarecimento adequado desses sujeitos.
Resumo Dentre as terapias complementares e integrativas mais usadas destaca-se a música como recurso terapêutico, promovendo alterações físicas, mentais e sociais, repercutindo na recuperação e resposta ao tratamento de diversas enfermidades. Neste sentido, objetivou-se identificar as especialidades do setor da saúde em que a musicoterapia vem sendo aplicada como ferramenta terapêutica e seus benefícios. Tratou-se de um estudo de revisão sistemática realizada na base de dados do Scientific Electronic Library Online (Scielo), Literatura Latina Americana em Ciência de Saúde (LILACS) e Base de Dados de Enfermagem (BDENF), utilizando-se o descritor "musicoterapia". Observou-se o uso da música nas especialidades: Ginecologia, obstetrícia e neonatologia (n=3); Nefrologia (n=1); Otorrinolaringologia (n=2); Cardiologia (n=3); Neurologia (n=1); Pediatria (n=1) e Oncologia e cuidados paliativos (n=4). Emergiram ainda estudos que apontavam os benefícios da música (n= 4). Os estudos demonstraram que a musicoterapia proporciona sensações de alegria, felicidade, bem-estar, relaxamento, mudança de rotina, entretenimento, redução de sintomas, recordações positivas, companhia e sensação de passagem mais rápida do tempo. Quando aplicada em pacientes terminais e familiares, demonstrou que a utilização da música promove a comunicação e melhora o relacionamento interpessoal entre o doente e sua família. A arte da terapêutica da musicoterapia traz a possibilidade da inovação no atendimento proporcionando qualidade de vida na evolução do tratamento. Portanto, a musicoterapia pode ser uma alternativa eficaz, independente do profissional que a empregue.
Introdução: O Peripherally Inserted Central Venous Catheter (PICC) está entre os avanços tecnológicos e terapêuticos em expansão na saúde. Ele apresenta a possibilidade de estabelecer terapia endovenosa de prolongada duração, com redução do número de punções e inserção na beira do leito por enfermeiro habilitado. Objetivo: Descrever o perfil predominante do paciente com uso do PICC, principais diagnósticos e especialidades médicas que fazem uso do cateter, condutas associadas, tempo médio de permanência e locais de inserção. Método: Revisão sistemática em banco de dados eletrônicos da Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências de Saúde, Scientific Eletronic Library Online, Base de Dados da Enfermagem e por meio do buscador Google Acadêmico. Resultados e Conclusões: Identificou-se a prevalência de indivíduos do sexo masculino, prematuros, baixo peso e com menos de 7 dias de vida no momento da inserção do PICC. As indicações foram administração de nutrição parenteral total, antibioticoterapia e medicações. Como complicações, o rompimento, obstrução, infecção, prematuridade e afecções respiratórias. A média de permanência do PICC foi 11,3 dias. De 19 estudos, 16 eram em neonatologia. As veias mais acessadas foram a basílica e cefálica. Palavras-chave: Enfermagem; Unidades de Terapia Intensiva; cateteres; obstrução do cateter. Introduction: Peripherally Inserted Central Venous Catheter (PICC) is among the expanding technological and therapeutic advances in health. It presents the possibility of establishing intravenous therapy of prolonged duration, reducing the number of punctures and insertion at bedside by qualified nurses. Objective: To describe the predominant profile of patients using PICC, the main diagnoses and medical specialties that make use of the catheter, associated procedures, average duration of stay, and insertion sites. Method: Systematic review in the electronic databases of the Latin American and Caribbean Health Sciences Literature, Scientific Electronic Library Online, Database of Nursing, and through Google Scholar search engine. Results and Conclusions: We identified a prevalence of premature, underweight males less than 7 days old on the date of insertion of PICC. The main indications for the device were administering total parenteral nutrition, antibiotics, and medication. The complications were disruption, obstruction, infection, prematurity, and respiratory conditions. The average duration of stay with the catheter was 11.3 days. Out of 19 studies, 16 were in neonatology. The most accessed veins were the basilica and cephalic.
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