As pesquisas que envolvem o eixo temático da migração em sua maioria abordam as necessidades primárias de acolhimento, como a busca por uma moradia, por trabalho, documentação, saúde e adaptação sociopolítica. Entendemos que a religião faz parte de nossa construção identitária e a partir disto questionamos em que condições vivem os imigrantes muçulmanos, uma vez que são marginalizados por serem estrangeiros e por adotarem uma religião que pouco é aceita pela cultura Ocidental. Este trabalho faz parte do Programa de Iniciação Científica do Ensino Médio e se encontra finalizado, investigamos a maneira como os imigrantes muçulmanos são acolhidos em um país Ocidental, o Brasil dito Estado laico, e que tem o islamismo como religião minoritária. A pesquisa foi desenvolvida com base numa abordagem qualitativa e o materialismo histórico dialético para a discussão dos dados que coletamos a partir de entrevista semiestruturada realizadas com muçulmanos praticantes. Como resultados do levantamento bibliográfico podemos assinalar que as pesquisas ainda são muito recentes com essa temática, principalmente da religião muçulmana, ainda verificamos que boa parte das publicações estão vinculadas a grandes grupos de pesquisas. A entrevista realizada aponta que os muçulmanos encontram dificuldade em manter suas práticas religiosas no mundo ocidental e precisam fazer algumas adaptações.

O advento do processo e globalização sugere cada vez mais a necessidade de valorização do conhecimento, fazendo com que as inovações, bem como o desenvolvimento científico e tecnológico firmem-se como formas primordiais de garantia de participação dessa nova realidade. Dessa forma, países em todo mundo buscam promover alterações em seus sistemas educacionais, se inserindo num multifacetado processo de diversificação da educação superior que vem sendo necessário. Assim, um processo de internacionalização da educação superior como tema central nas instituições de ensino superior, fazendo com que as universidades empenhem-se em ampliar suas fronteiras de conhecimento visando consolidar laços, onde permanecerão imbuídas da responsabilidade de apresentar respostas concretas à sociedade. A metodologia utilizada na escrita do artigo deu-se pela coleta de dados realizada por meio das bibliotecas virtuais Google Scholar; LILACS; BIREME E BVS, onde os descritores utilizados foram: “Educação superior”; “Região Norte”; “Universidades”, em idiomas portugueses; inglês e espanhol, onde os descritores foram previamente selecionados, além de serem diversamente combinados e cruzados, onde foram considerados os seguintes critérios de inclusão: artigos disponíveis na íntegra, publicados entre 2010 a 2021; nos idiomas português, inglês e espanhol; e como critério de exclusão: artigos que não eram compatíveis com o objeto de estudo e os artigos não disponíveis com acesso gratuito. Assim, foi possível apresentar uma linha histórica realizando uma análise da evolução da educação superior na região norte, oferecendo subsídios para que estudo futuros sobre o tema desse artigo sejam aprofundados, no sentido de se identificar e se adaptar as novas demandas de formação de profissionais.

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Este texto pauta-se na análise dos trabalhos completos publicados nas três últimas reuniões nacionais da Associação Nacional de Pós Graduação e Pesquisa em Educação – ANPEd, especificamente no Grupo de Trabalho - GT - que aborda o Currículo, denominado GT-12. A pesquisa tem como objetivo geral analisar o conceito de interculturalidade e decolonialidade presentes nos trabalhos publicados no referido GT. Foi utilizado o recorte temporal das três últimas reuniões, pois foi a partir de 2013 que as reuniões nacionais passaram a ser bianuais, momento histórico para a Associação. Todos os trabalhos dentro do GT 12 estão com maior ou menor ênfase discutindo o currículo escolar, mas nosso foco foi identificar os trabalhos que trazem o conceito de interculturalidade e decolonialidade, sendo que localizamos o total de seis trabalhos que apresentaram esses conceitos no decorrer do texto. Alguns autores utilizam o termo multiculturalismo, mas ele expressa o mesmo sentido que compreendemos a interculturalidade, isto é, a valorização das diferenças e o questionamento das formas de poder que historicamente se articulam com a hierarquização e inferiorização de alguns grupos cultuais. Os autores descrevem as potencialidades de uma educação intercultural e decolonial, entendendo que se apresentam como possibilidade de construção de outros currículos nos quais as diferentes expressões culturais contribuam para produzir rupturas no processo de homogeneização.