Este estudo das representações sociais do Projeto de Vida dos adolescentes de escolas públicas de Belém tem como foco central à compreensão, a arqueologia psicossocial em que as adolescências se produzem, e as condições que determinam o processo de construção e partilha de conhecimentos sobre a vida futura. A pesquisa teve como amostra seis escolas distribuídas entre a região central e a periférica da cidade de Belém. Os sujeitos são 725 adolescentes divididos entre o sexo feminino e o sexo masculino distribuídos entre os grupos de 15 a 24 anos, dos 2º e 3º anos do ensino médio, dos turnos diurno e noturno. Os resultados demonstram que as condições de produção e circulação destas representações sociais refletem as imagens e os significados sobre o Projeto de Vida, como também, a multidimensional idade do campo psicossocial, e suas determinações. Além disto, estes resultados indicam que existe uma enorme lacuna entre as políticas públicas socioeducacionais destinadas para os adolescentes, e as possibilidades de desenvolvimento de habilidades para realizarem seus projetos de vida, uma vez que estas políticas representam um caminho de oportunidades, sobretudo, para aqueles adolescentes que se constituem a maioria, dependem exclusivamente destas políticas para desenvolver habilidades de vida e acadêmicas para a realização de seu projeto de vida. A luz destes resultados se chama a atenção para que nossos governantes e os profissionais, sobretudo os da educação e, também, os adolescentes que discutam sobre a possibilidade de uma proposta socioeducacional que afirme e garanta oportunidades para que os adolescentes possam realizar seus projetos de vida.
ResumoEste estudo objetivou analisar as representações sociais de professores do ensino fundamental de escolas públicas sobre a sua permanência na docência na perspectiva das objetivações e ancoragens que organizam essas representações. A metodologia seguida consistiu na pesquisa de caráter descritivo e analítico com referência na Teoria das Representações Sociais. A amostra envolveu 25 professores dos sexos feminino e masculino que trabalham no ensino fundamental. O instrumento utilizado para a coleta de informações seguiu a técnica Q que consistiu na ordenação de setenta itens pré-elaborados sobre a temática em estudo para serem organizados por ordem de importância de acordo com cada informante. A análise das informações dos professores após registro seguiu os procedimentos da referida técnica, baseado no desvio padrão. Os resultados deste estudo destacam que as representações sociais de professores sobre a permanência na docência se organizam da seguinte forma: os docentes do grupo 1 selecionaram frases com sentidos desmotivadores para a permanência na profissão docente. Enquanto que os motivos que os docentes do grupo 2 elegem frases que expressam elementos motivadores para a permanência na docência. Conclui-se que existem polaridades entre as objetivações e as ancoragens nas representações sociais desses professores. As imagens tecidas sobre a profissão de professor editam uma profissão prazerosa, enquanto que os sentidos atribuídos são desprazerosos e desmotivadores para a permanência na profissão. Palavras-chaveRepresentações sociais de professores -Permanecer -Docência.
Este texto intitulado “Exploração sexual juvenil nas águas amazônicas e suas interfaces com a escola” assinala os resultados do estudo de mestrado em Educação da Universidade Federal do Pará. Objetiva discutir as representações sociais de jovens alunos sobre exploração sexual nas balsas que transitam no arquipélago do Marajó, no Estado do Pará e o processo de escolarização vivido nesse contexto. Fundamenta-se na Teoria das Representações Sociais – TRS (MOSCOVICI, 2010; NASCIMENTO, 2002). São vistas no presente artigo as representações sociais (RS) constituídas pelos sujeitos da pesquisa e as implicações no processo de escolarização. Esses elementos e as análises teóricas apontaram que a exploração sexual nos rios e furos da paisagem amazônica é pouco visível e não possui a necessária problematização em muitos setores da sociedade. As ações do poder público não dão lugar para esse fenômeno em seu combate e enfrentamento. As medidas ao enfrentamento da exploração sexual presente nas águas amazônicas relacionam-se à implantação de programas de qualidade além da valorização desse universo escolar e sua comunidade, experiências positivas e potencializadores desses jovens alunos. Palavras–chave: Exploração sexual juvenil; Representações Sociais; Educação.
RESUMO: Neste artigo, abordamos dois momentos. No primeiro, abordamos a modernidade e a pós-modernidade com o objetivo de situar a contemporaneidade e o chão onde essas juventudes se constroem. No segundo, enveredamos pela apresentação parcial da pesquisa sobre projetos de vida de jovens de escolas públicas da cidade de Belém. A pesquisa teve como amostra seis escolas distribuídas entre a região central e a periférica da cidade de Belém. Os sujeitos são 725 jovens distribuídos entre sexo feminino e o sexo masculino na faixa de 15 a 24 anos, dos 2º e 3º anos do Ensino Médio. Os resultados demonstram que as representações sociais refletem as imagens e os significados sobre o Projeto de Vida que transitam entre Educação, Trabalho e Vida Melhor. Além disso, a escola, sem ressignificar a racionalidade com a qual materializa o processo ensino-aprendizagem passa a representar um obstáculo por suas condições de ensino, pela ausência de projetos socioeducacionais que contribuam com a formação cidadã, a construção e a realização de projetos atuais e futuros de vida desses jovens. Em síntese, o descompasso entre os contextos sócio históricos nos quais as juventudes se constroem e a educação que recebem é preocupante, uma vez que fortalece o campo de vulnerabilidades, onde essas juventudes podem se inserir
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