A frequente utilização de sangue de cordão umbilical-SCU como fonte de célulastronco hematopoéticas-CTH, tanto em crianças, como em adultos, que não dispõem de doador na família, tem levado ao estabelecimento da padronização de critérios em sua seleção, objetivando a obtenção de melhores resultados. A escolha da unidade de SCU deve basear-se no número total de células nucleadas e no número de diferenças de antígenos leucocitários humanos (HLA). Diante de uma unidade com celularidade mínima, deve-se considerar a possibilidade da utilização de duplo cordão. Frente a mais de uma unidade com características semelhantes, a realização da contagem de células CD34 e da compatibilidade ABO, assim como a qualidade e a rapidez para obtenção da unidade, podem definir a escolha.
IntroduçãoA seleção do doador com grau adequado de compatibilidade representa uma das estratégias essenciais para o sucesso do transplante de células-tronco hematopoéticas (TCTH). Dentre os fatores genéticos que exercem maior influência no resultado desses transplantes estão os genes do sistema HLA, caracterizados por extenso polimorfismo. O reconhecimento da ação fundamental da alogenicidade das moléculas HLA na evolução pós-transplante levou a necessidade de identificação das variantes alélicas dos genes HLA, ou de seus produtos, no paciente e nos seus potenciais doadores, e esta informação tem permitido a escolha criteriosa de doadores. A importância da compatibilidade HLA no TCTH, descrita há algumas décadas, tem sido reavaliada, nos últimos anos, a partir do desenvolvimento de novas metodologias para identificação dos genes HLA clássicos de transplantação. Diversos estudos, após análise retrospectiva dos transplantes com doadores não consanguíneos considerados idênticos para os locos HLA-A, B e DRB1, revelaram incompatibilidades alélicas nestes locos bem como divergências no nível antigênico e alélico para outros locos, como o HLA-C e DQB1, que não haviam sido previamente avaliados.A metodologia para a identificação das variantes alélicas inclui a linfocitotoxicidade dependente de complemento que permite determinar as especificidades soroló-gicas. Atualmente, os métodos moleculares mais utilizados são a PCR-SSP (Polymerase Chain Reaction-Sequence Specific Primers) e a PCR-SSO (Polymerase Chain Reaction-
Maria Elisa de Moraes IntroduçãoA falência da enxertia no transplante alogênico de células progenitoras hematopoéticas (TCPH) pode ser mediada por células T e natural killer do hospedeiro contra o doador ou por aloanticorpos doador especifico (Donor specific antibodies -DSA).A produção de anticorpos HLA é influenciada por vários fatores: sensibilização prévia (gestação, transfusão e transplantes prévios), nível de incompatibilidades HLA entre doador e receptor, perfil imune e doença original.O significado clínico dos anticorpos anti-HLA foi pela primeira vez documentada por Terasaki e colaboradores, 1 que correlacionaram a presença de anticorpos pré-formados no soro do receptor com a perda do enxerto por rejeição.Historicamente, o método para detecção de anticorpos anti-HLA é o de microlinfocitotoxicidade, incluindo estratégias para aumentar a sensibilidade do teste, tais como: separação da subpopulação linfocitária, adição de antiglobulina humana e aumento do tempo de incubação. Nos últimos 30 anos, várias técnicas mais sensíveis têm sido desenvolvidas para identificá-los, tais como o ELISA (Enzyme-Linked Immuno Sorbent Assay), citometria de fluxo e plataforma luminex (Single Antigen -técnica de fase sólida onde antígenos HLA únicos aderidos às beads de poliestireno). Esta última constituiu um importante avanço na determinação da especificidade.Ottinger e colaboradores 2 compararam sobrevida e falência do enxerto em trinta TCTH com prova cruzada positiva e trinta controles com prova cruzada (PC) negativa.
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