INTRODUÇÃO: pressões inspiratórias (PImax) ou expiratórias (PEmax) máximas constituem um método simples e não-invasivo para avaliação da força de músculos respiratórios e auxiliam na identificação de fraqueza dos músculos respiratórios, presente em diversas doenças e situações clínicas, como a tetraplegia. OBJETIVO: avaliar o número de manobras necessárias para atingir as pressões máximas em pacientes com tetraplegia. MÉTODOS: oito pacientes com tetraplegia (sete homens), média de idade de 37,8±11,96 anos, com diagnóstico de lesão raquimedular cervical completa realizaram 10 medidas de PImax e PEmax nas posições sentada e deitada, totalizando 320 medidas. Os dados foram comparados pelo teste de Wilcoxon (p<0,05). RESULTADOS: os valores obtidos na primeira e na décima medida de PImax na posição sentada variaram de 74,1±15,1 a 74,8±19,8 cmH2O e de PEmax de 32,4±6,8 a 32,4±9,0 cmH2O; na posição deitada, de 76,5±18,6 a 91,1±13,3 cmH2O (p<0,05) e de 32,5±5,8 a 32,9±5,1 cmH2O, respectivamente. Os resultados das 3 e 5 primeiras medidas com 10 medidas de PImax na posição sentada foram 81,1±19,5; 81,5±18,8 e 83,0±18,9 cmH2O e de PEmax 35,0±8,2; 35,3±7,9 e 36,8±8,0 cmH2O. A PImax na posição deitada foi 90,3±17,8; 94,6±16,0 e 97,4±17,8 cmH2O (p<0,05) e a PEmax 33,3±5,8; 35,6±5,4 e 36,9±4,9 cmH2O. O maior valor ocorreu a partir da 6ª medida em 40% dos testes. CONCLUSÕES: para obtenção de valores máximos de pressões respiratórias em pacientes com tetraplegia, é necessária a repetição de ao menos 10 medidas em cada avaliação.