Situando-nos no cruzamento entre as áreas da saúde e educação, propomos refletir sobre formação no/para o SUS a partir de nossas experiências junto à Rede Cegonha, no Ministério da Saúde, especificamente no acompanhamento da implantação dos Centros de apoio ao desenvolvimento de boas práticas na gestão e atenção obstétrica e neonatal. Entendendo o campo da saúde como um território de ensino (formatações pedagógico-corporais) e de aprendizagens (experimentação de formas singulares de práticas de saúde), pensamos que a qualificação do cuidado em saúde (nesse caso particular, de mulheres e crianças) passa pela experimentação de um referencial ético-político-pedagógico que se desdobra em diretrizes formativas cuja potência parece se situar na gestação de um certo modo de fazer-saber-produzir formação no SUS que se tece na indissociabilidade entre trabalho-formação-intervenção-gestão.
O artigo discute, a partir do princípio da dialógica, sentidos da educação integral em duas escolas públicas localizadas na região metropolitana de Porto Alegre que trabalham com jornada escolar em tempo ampliado. O material empírico foi produzido a partir de questionários semiabertos aplicados junto a professores(as), responsáveis e familiares de estudantes das escolas, das quais uma realiza a expansão por meio de práticas de educação não escolar, enquanto a outra é escola de educação integral e em tempo integral. Os resultados apontam para tensões entre as expectativas de familiares e de docentes em relação aos sentidos da educação integral e da escola de tempo integral. Dessas tensões emergem problematizações que reforçam a importância de políticas públicas, o compromisso ético da escola e sua relação com o direito de aprender, bem como o reconhecimento da relevância de práticas educativas que se constroem por meio de uma pedagogia integradora. Palavras-chave: educação; educação integral; pedagogia integradora; professores(as); familiares.
Já na década de 1970, Machado despontava, no Brasil, como um dos pioneiros na interlocução, recepção e divulgação dos escritos e reflexões de Michel Foucault. Em Impressões de Michel Foucault (2017) ele registra, em tintas carregadas de emoção, memórias de seu contato com o filósofo, professor, orientador e amigo 'Michel'. Aliás, memórias e impressões dão a tônica da obra, experiências que marcaram o jovem professor/estudante brasileiro, e que são recuperadas pelo perspicaz e experiente filósofo Machado, após pouco mais de 30 anos de ausência sempre presente de Foucault. Machado escreve sobre experiências, sobre sensibilidades. Traz, nas tintas de suas memórias, traços, gestos de Foucault, mas também de si mesmo. O texto mostra marcas da transformação de Roberto Machado: aluno, colaborador, amigo. Impressões vão nos afetando, nos trans-formando a cada cena, apontando vestígios de como Machado aciona operações que lhe permitiram se transformar, se modificar no reencontro com suas memórias. Machado aciona aquilo que Foucault chamou de "técnicas de si" (FOUCAULT, 2006, p. 95) A obra é constituída de 12 capítulos. Cada um deles descreve ambientes, artefatos culturais, experiências e memórias que conectam Machado a Foucault. Logo de saída, antes mesmo do sumário, Machado já nos oferece uma pista de leitura do que ele pretende, em epígrafe do próprio Foucault: "Só escrevi ficções". Ousaríamos chamar a narrativa de Machado de um ensaio de Ego-História: o difícil
No âmbito deste artigo nos interessa discutir acerca dos sentidos atribuídos à vida universitária e à formação em Pedagogia nas narrativas que constituem os textos de gratidão de 189 Trabalhos de Conclusão, durante os anos de 2015 e 2018. Os Agradecimentos configuram-se como uma prática cultural que se processa pela escrita, e como tal, são locus privilegiado de narrativas de si. As análises tecidas a partir da teoria cultural, apontam que os Agradecimentos revelam um exercício de escrita de si e uma estratégia que permite aos/às estudantes refletirem sobre os modos como vão se constituindo ao longo dos seus processos formativos, indicando desafios, saberes e afetos experienciados na universidade.
Este texto explora a trajetória de homens feministas e sua identificação com os estudos de gênero e o movimento feminista, a partir de pesquisa bibliográfica e empírica. Nessa direção, assinala o surgimento dos estudos de masculinidades e a possibilidade de uma identidade feminista de sujeitos homens. Para ilustrar a inclusão dos homens no movimento feminista, foram entrevistados dois fundadores de duas instituições pioneiras nesses estudos no Brasil: uma ONG e um núcleo de uma universidade. Os entrevistados visualizam o movimento feminista como um projeto político coletivo e confirmam a importância do engajamento dos homens na luta pela equidade de gênero.
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