RESUMOCom o objetivo de investigar a visão de alunos e professores sobre argumentação e demonstração matemática, à luz da tipologia de provas de Balacheff (1988), aplicamos um questionário a professores da Educação Básica do interior do Estado de São Paulo. A partir da análise dos questionários, selecionamos duas turmas do 9º ano do Ensino Fundamental, de professores e escolas públicas distintas que resolveram um teste para avaliar o nível de prova desses alunos. Dentre os resultados obtidos, verificou-se que, em geral, os docentes adotam como sinônimos os termos argumentação, explicação e demonstração, e isto é refletido nas resoluções dos discentes, que apresentam o nível de prova classificado como empirismo ingênuo. Acreditamos que os cursos de licenciatura devem proporcionar aos futuros professores a oportunidade de conceber a argumentação e demonstração como um recurso metodológico a ser utilizado em sala de aula, a fim de criar um ambiente favorável à exploração-investigação da matemática.
PALAVRAS-CHAVE:Argumentação. Demonstração. Ensino de Matemática.
ABSTRACT
The aim of this study is to investigate students' and teachers' vision on argumentation and mathematical proof, on the basis of the theory on kinds of proof created by Balacheff (1988). From the application of a questionnaire with teachers from Basic Education of the interior of the State of São Paulo, two 9-grade classes, from distinct public schools, had been selected. To these groups a test was applied in order to analyze their performance regarding this thematic. Amongst the results obtained, it was verified that, in general, teachers adopt as synonymous the terms argument, explanation and demonstration, which is reflected in the students
Este artigo apresenta a primeira parte de uma pesquisa ampla, cuja segunda etapa está em andamento. O objetivo é analisar nove argumentos sobre a soma dos ângulos internos de um triângulo à luz do referencial teórico e investigar como licenciandos ingressantes em Matemática interpretam e avaliam tais argumentações, sob três pontos de vista distintos. Inicialmente, os participantes deveriam se colocar no lugar de um professor para avaliar cada um dos nove argumentos apresentados; em seguida, responder se eles utilizariam alguns em suas aulas. Por fim, eles deveriam responder se adotariam algum dos argumentos ao realizar um teste no Ensino Superior. Os resultados evidenciaram uma preferência pelos argumentos formais, e indicaram que a simples aparência de uma resposta associada à linguagem algébrica, às vezes, é suficiente para convencê-los, ainda que logicamente contraditória. A segunda etapa da pesquisa, pretende investigar o posicionamento dos mesmos sujeitos, agora licenciandos concluintes.
"Esta pesquisa teve o objetivo de identificar aspectos das práticas de ensino de professores que lecionaram Matemática durante certo período da pandemia da COVID-19, particularmente os recursos e as dinâmicas utilizados no ensino remoto emergencial, bem como investigar as percepções desses professores sobre os aspectos positivos e negativos dessa utilização. Para isso, elaborou-se um questionário online que foi respondido por cem professores. A partir da análise qualitativa dos dados, inspirada na análise de conteúdo de Laurence Bardin, concluiu-se, dentre outros, que: os professores utilizaram diferentes estratégias para se aproximar dos alunos, mesmo que remotamente; o acesso às atividades e aulas não foi uniforme pelos alunos; metodologias próprias do ensino híbrido foram utilizadas e houve a percepção, por parte dos docentes, da necessidade de formação continuada referente a tecnologias digitais. Dessa forma, a maioria dos participantes reconheceu a importância do uso de recursos e dinâmicas do ensino remoto emergencial no retorno do ensino presencial."
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