Este artigo apresenta as articulações de estudantes e egressos negros(as) dos cursos de Antropologia e Ciências Sociais, assim como da pós-graduação em Antropologia da Universidade Federal da Paraíba e discute as relações étnico-raciais, racismos, identidade e seus efeitos sobre a dinâmica do campo científico da antropologia. O debate parte da atuação do coletivo Nean Oju Obá para garantir o ingresso de candidates negres na Pós-Graduação em Antropologia por meio do Curso Negritudes na Pós. Em suma, o Coletivo forma um espaço de resistência e aquilombamento, na defesa de direitos e combate aos racismos, sobretudo, o racismo institucional.
O objetivo deste artigo é apresentar uma narrativa etnográfica construída a partir do uso do desenho como ferramenta metodológica. A pesquisa foi realizada na feira livre do mercado público de Rio Tinto, cidade localizada no interior do litoral norte da Paraíba, Brasil. A observação da venda de aves e crustáceos na perspectiva das relações entre humanos e não humanos, bem como a percepção dos ritmos e da duração da feira, constituem a tônica da experiência narrada. Procura-se, ao longo desse percurso, oferecer uma visão geral da feira no contexto urbano, tanto quanto descrições detalhadas de personagens e situações. O trabalho procura demonstrar, finalmente, possibilidades metodológicas experimentadas, através do uso do desenho, numa pesquisa antropológica sobre feiras urbanas.
Este ensaio gráfico é parte de um experimento realizado com narrativas ouvidas na aldeia indígena Potiguara de São Francisco durante uma breve incursão etnográfica entre outubro e novembro de 2017. Os seres da mata, seres encantados, espíritos zombeteiros e outras entidades aparecem em muitas das narrativas que podem ser escutadas entre o povo Potiguara do Litoral Norte da Paraíba. Estes seres são efetivamente importantes para a formação pessoal e moral desta população indígena, na medida em que marcam suas maneiras de ver, de conceber e de agir no seu próprio meio físico ou natural.
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