Tedhak Siten is a Javanese traditional ceremony that marks the 8th month of the baby’s age, marked by the baby's readiness to set foot on the ground. This tradition has a philosophical meaning with Javanese cultural values related to the concepts of calculating the ceremony time and the geometric shape of the ceremonial equipment used. The purpose of this study was to explore the cultural activities of the Javanese community by outlining the mathematical concepts contained in the implementation of the Tedhak Siten ceremony. This research was a qualitatively descriptive study through an ethnographic approach. Ethnomathematical data were collected from two experts those were the head of a traditional Javanese culture studio and a cultural actor active as a leader of Javanese traditional ceremonies. The ethnomathematics found in the study were counting the date or time for the implementation of the Tedhak Siten tradition and the elaboration of geometric concepts in the form of ceremonial equipment used to perform traditional customary procedures. This research had an impact as a mathematics learning material that originated from the wisdom of the local Javanese community by applying the concepts of time units, least common multiples, modulo 5, modulo 7, circles, triangles, rectangles, cylindrical volumes and spherical volumes.
O presente artigo tem como objetivo apresentar práticas docentes inovadoras que transgridem o status quo como maneiras de propiciar o ensino remoto híbrido, favorecendo a aprendizagem e possibilitando nenhum estudante a menos nesse novo fazer aulas em época de pandemia. Essas práticas inovadoras envolvem o encontro cultural com suas variadas possibilidades para promover o ensino e a aprendizagem significativa dos estudantes. Na atual realidade brasileira, em que se acirram as distorções socioeconômicas e culturais, é urgente caminhar pela decolonialidade como aspecto para a insurgência, resistência e reexistência. O caminho teórico teve base nos estudos sobre práticas decoloniais de Mattos (2020a, 2020b), Mattos e Mattos (2019) e decolonialidade na visão de Walsh (2013, 2017), bem como o conceito de ensino remoto de Valente (2014) e Motin et al. (2020) e híbrido de Moran (2013) e Bacich e Moran (2015). A pesquisa está baseada em relatos de experiências que contribuem com a discussão sobre o ensino remoto híbrido, revelando enfrentamentos e dificuldades, coletados em memorial descritivo, elaborados por professores de diferentes áreas, no resgate das experiências com esse tipo de ensino. A conclusão direciona para práticas docentes decoloniais como um dos caminhos para modificar o status quo, ousando por práticas inovadoras emergenciais. Aponta, ainda, que nem todas as práticas pedagógicas desenvolvidas no ensino remoto híbrido são exitosas, mas são percursos de incerteza e de superação.
Este trabalho envolve a cultura da etnia Paiter Suruí e o ensino na escola indígena. Utilizamos como metodologia de pesquisa a observação participante, com características etnográficas, em uma prática piscatória tradicional, rodas de conversa e entrevistas com professores indígenas. O objetivo foi mostrar conexões de conteúdos curriculares da educação escolar indígena com essa prática cultural da etnia. Baseando-nos no Programa Etnomatemática, identificamos diferentes atividades que são realizadas para os conteúdos escolares, com os conhecimentos cotidianos, que empoderam o professor e seus alunos cultural, social, política e afetivamente. Constatamos, por meio de relatos de professores indígenas, que a prática cultural observada é utilizada no ensino das disciplinas Matemática, Língua Materna e Cultura Indígena.
Uma das perspectivas da etnomatemática é ressignificar os conteúdos da matemática escolar. Para isso, a ênfase deve ser dada à aprendizagem dos alunos ancorada em seu ambiente cotidiano, relacionando os conteúdos escolares aos saberes provenientes da cultura. Dessa forma, é importante investigar práticas em que a matemática escolar seja concebida como parte da realidade e da própria vida. Este artigo tem como objetivo mostrar estratégias de natureza matemática que são trabalhadas e processadas em atividades camponesas. Essas atividades possibilitam, por meio de uma Associação de Pequenos Agricultores, criar e recriar formas de resistência à exploração dos produtores. Utilizamos uma abordagem qualitativa, pelo viés da Etnomatemática, com observação participante, registros fotográficos e entrevistas com produtores rurais. Os resultados mostram processos mentais de natureza matemática dos produtores rurais, independentes de escolarização, que foram desenvolvidos, por meio da cultura, nas suas atividades diárias. Esses processos são decoloniais e podem ser aproveitados como estratégias de ensino e aprendizagem em uma escola da comunidade.
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