INTRODUÇÃOO artigo apresenta a concepção de uma Rede de Pesquisa em transportes como uma ferramenta para o desenvolvimento de metodologias e de diretrizes compatíveis com a realidade das metrópoles latinoamericanas que contribuam para promover a integração dos grupos de pesquisa do continente e melhorar as condições de mobilidade e de qualidade de vida de seus habitantes. A Rede tem como foco a elaboração de modelos e taxas de geração de viagens de empreendimentos, também denominados Pólos Geradores de Viagens (PGVs), o estudo da relação transporte e uso do solo, bem como o desenvolvimento de abordagens para o seu planejamento e localização sintonizados com os interesses sociais e ambientais.Nesse sentido, inspirado em Portugal e Florez (2006) e a partir de uma revisão bibliográfica ampliada e atualizada, busca-se caracterizar o contexto das metrópoles latino-americanas, seus problemas e especificidades, enfatizando o setor de transportes e o caso brasileiro, pelas informações disponíveis. Ressaltamse a seguir os PGVs e as suas potenciais externalidades nas infraestruturas de transportes e no espaço socioeconômico, bem como as bases para inserir esses empreendimentos em um projeto de desenvolvimento sustentável. Mostra-se então a formação da Rede como um importante instrumento de agregação e de promoção do conhecimento para implementar as transformações desejadas, além da descrição da sua concepção e organização. Por fim, destaca-se que as mudanças, além de necessárias, são possíveis, até pelas experiências bem sucedidas em transportes já existentes na América Latina, que se caracterizaram pela valorização do conhecimento e da cidadania, como também pela mobilização em torno de projetos de interesse coletivo. A Rede de Pesquisa, ao promover liberdade de criação e autonomia individual na aquisição, geração e distribuição do conhecimento visando a um saber comum, contribui com esse processo. CONTEXTO DAS METRÓPOLES E DOS TRANSPORTES NA AMÉRICA LATINAAs cidades, pela sua natureza, normalmente compreendem múltiplas e conflitantes solicitações pelos serviços e infraestruturas sociais, como os de transportes. Tais recursos coletivos, por suas próprias limitações e pelas de ordem política e financeira, não permitem que todas as necessidades sejam atendidas (Prazeres, 1998). Esse processo envolve uma complexidade que se torna mais intensa na medida em que as demandas crescem de forma rápida, concentradas espacialmente e de maneira desordenada, como ocorre tipicamente nas metrópoles latino-americanas (Piccini, 2003 Resumo: O artigo apresenta a concepção de uma Rede de Pesquisa em transportes como uma ferramenta para o desenvolvimento de metodologias e diretrizes compatíveis com a realidade das metrópoles latino-americanas que contribuam para promover a integração dos grupos de pesquisa do continente e melhorar as condições de mobilidade e de qualidade de vida de seus habitantes. Apresenta também a estrutura dessa Rede e como, por meio da criação de uma base comum de experiências e práticas bem sucedidas, tem sido realiza...
Based on an extensive literature review, this article identifies the attributes that define the pedestrians quality of service, and based on interviews conducted with spectators at the three matches of the FIFA Confederations Cup that were played in June 2013 at Maracanã stadium in Rio de Janeiro, characterizes and identifies the most important attributes associated with the choice of travel on foot. These results contribute to the understanding of pedestrian behaviour at major sporting events -with the World Cup 2014 and the Olympic Games 2016 already in mind. The attributes that best define the pedestrian quality of service are accessibility, comfort, reliability, convenience, security, safety and sociability. In the case of Maracanã, the aspects most emphasized by the respondents interviewed were related to accessibility: rapidity, proximity and ease. However, we found that the perceived walking times -for all of the interviewed people -were shorter than the actual trip times. The stadium's location and the characteristics of the social and built environments are conditions that favour travel on foot and perceived proximity. These factors can be enhanced by good transportation and urban planning policies. However, pedestrians that make trips longer than 30 minutes are attracted to the use of motorized modes, unless certain restrictions to these modes are present.
Palavras-Chave: viagens a pé, rede de caminhos, desenho urbano, caminhabilidade, teoria dos grafos.Key words: travel on foot, road network, urban design, walkability, graph theory. Recommended Citation AbstractThe propensity of people to travel on foot involves diverse conditions, often categorized by the term walkability. Various studies have been conducted to establish both the factors that influence walkability and the indicators used to measure it. Particular interest has been focused on the built environment, specifically the urban design, represented by the road network. The configuration of this network, its density and connectivity affect the times and continuity of travel on foot as well as the number of alternative routes. Based on a review of the literature and the indexes available in graph theory, we establish the most suitable indicators to represent to urban design, which can be used to investigate the influence of the configuration of the network on people's propensity to travel on foot. Conceptually, indicators based on cycles tend to explain connectivity better. From this review and in exploratory form, we suggest a scale based on easily obtained indicators that express the potential of a given area to favor walking, according to its configuration. This scale can contribute to choice the most suitable areas for establishing trip generation hubs oriented to pedestrians. Rodrigues, A. R. P., Flórez, J. , Frenkel, D. B. and Portugal, L. S. (2014) Indicadores do desenho urbano e sua relação com a propensão a caminhada. Journal of Transport Literature, vol. 8, n. 3, André Ricardo Prazeres Rodrigues*, Josefina Flórez, Denise Beer Frenkel, Licinio da Silva Portugal ResumoA viagem a pé envolve certas condições frequentemente denominadas como caminhabilidade, observando-se vários estudos que buscam estabelecer, não só os fatores que interferem nela como os indicadores usados para medi-la. Um destaque vem sendo dado ao ambiente construído e, em particular, ao desenho urbano, que configura a rede de caminhos. A configuração desta rede, sua densidade e conectividade afetam os tempos, a continuidade dos deslocamentos a pé, bem como o número de itinerários alternativos. A partir da revisão da bibliografia e dos índices disponíveis na Teoria dos Grafos, estabelecem-se os indicadores mais adequados para representar o desenho urbano e para investigar a influência da configuração da rede de caminhos na propensão a caminhada. Conceitualmente, indicadores derivados dos ciclos tendem a melhor explicar a conectividade. Sugere-se ainda, de forma exploratória, uma escala, baseada em indicadores de fácil obtenção, que expresse o potencial de uma dada área favorecer as viagens a pé, de acordo com tal configuração. Essa escala pode contribuir para a escolha de áreas para a implantação de Polos Geradores de Viagens orientados aos pedestres.
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