Esse estudo analisou como jovens de escolas públicas identificam e avaliam vivências de violência no ambiente familiar e comunitário, partindo de um recorte de uma pesquisa sobre risco e proteção na população juvenil. Para tanto, foram selecionados 529 estudantes, de 14 a 24 anos e ambos os sexos, que afirmaram ter sofrido algum tipo de violência naqueles ambientes. Aplicou-se um instrumento com 77 questões sobre situações cotidianas e fez-se análise dos itens relativos à vivência de situações de violência. Os resultados demonstraram a ocorrência mais frequente de violência física na família. Já, na comunidade, ameaça ou humilhação. A percepção negativa dos jovens sobre o ambiente de ocorrência da violência, destacou-se o familiar. Os dados sobre autoestima e autoeficácia revelaram aspectos protetivos. As análises conduzem à conclusão de que a percepção da violência como fator de risco precisa ser compreendida no contexto de participação do jovem e na sua história.
A captura da cidadania como princípio das práticas de saúde mental e discurso a ser incorporado subjetivamente pelo louco cria um impasse na própria atitude subversiva pretendida pela Reforma Psiquiátrica Brasileira. A Psicanálise sustenta o ato de escuta do sujeito, em uma posição de autoria, responsabilização pelo seu sofrimento e sustentação de seu desejo, estando aí uma possível contribuição da psicanálise para a luta antimanicomial. A partir de uma pesquisa analítica, de enfoque qualitativo, aborda-se os significantes de cidadania e de sujeito em psicanálise e quais as implicações práticas e políticas de tais concepções para o cotidiano dos Centros de Atenção Psicossocial. Aposta-se em uma contribuição teórica e política ao apontar as diferenças entre o trabalho orientado pela cidadania e aquele orientado pelos efeitos do inconsciente, sem objetivar, contudo, uma oposição entre essas perspectivas de trabalho.
Este artigo descreve o conhecimento produzido na literatura acerca do cuidado paliativo na atenção primária à saúde e as possibilidades de atuação da psicologia. Realizou-se uma revisão integrativa nas bases de dados SciELO, Lilacs, BVS Saúde e BVS Psi, por meio das palavras-chave “psicologia e cuidados paliativos”, “psicologia e atenção primária” e “psicologia, cuidados paliativos e atenção primária”. Incluíram-se artigos completos produzidos no Brasil em um período de 10 anos (de 2008 a 2018) e excluíram-se teses e disser tações, com base na leitura do título e resumo de todos os estudos e do texto integral dos artigos. A análise identificou 4 categorias: a) Vozes dos cuidados paliativos; b) Cuidado ao cuidador; c) Expressões de sentimentos de pacientes em cuidados paliativos; e d) Ser viços de cuidados paliativos na atenção primária à saúde. A seleção final resultou em 14 artigos e evidenciou-se maior produção de estudos referentes ao cuidado ao familiar (7 artigos) e à equipe de saúde (5 artigos) – em detrimento de pesquisas voltadas aos pacientes (2 artigos). Constatou-se a necessidade de que os psicólogos desenvolvam novos estudos teóricos e práticos sobre essa modalidade de cuidado em outros tipos de ser viços de saúde, tendo em vista a escassa produção científica nacional sobre o tema.
As repercussões sobre o feminino não deixam de ecoar entre os psicanalistas. Freud encontrou no feminino um enigma que faz nascer a Psicanálise e mesmo propondo caminhos para que a mulher venha a tornar-se um sujeito desejoso, não foi suficiente para esgotar essa temática. Interpelado pela questão da feminilidade a partir da obra literária “A hora da estrela” de Clarice Lispector, este estudo buscou interpretar a ascensão do sujeito e o posicionamento no feminino. A leitura do romance está orientada a partir dos textos de Freud e Lacan, aproximando a literatura da psicanálise. As discussões se direcionam para a análise de um sujeito que tropeça na linguagem e que tem dificuldades para assumir sua sexualidade, mas que, afinal, nos leva a saber que não há uma fuga de si mesmo.Palavras-chave: Feminilidade. Constituição psíquica. Desejo. Psicanálise. Literatura.
O estudo aborda os discursos sobre a mulher negra por meio de anúncios de produtos para cabelos cacheados e crespos. Buscou-se analisar como o discurso é propagado por intermédio desta mídia específica nas postagens dos rótulos. Realizou-se pesquisa documental sobre dez marcas de produtos de beleza para cacheadas e crespas com base na Análise Crítica de Discurso a partir das categorias interdiscursividade, representação de atores sociais e metáfora. Os dados são apresentados a partir do predomínio da tipologia de cabelos, do discurso tecnológico e das cacheadas e da falsa noção de empoderamento. A pesquisa aponta como o racismo se manifesta na estética negra a partir da pauta sobre cabelo. Os anúncios estão em consonância com os estereótipos e preconceitos a respeito da mulher negra.
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