Este artigo relata a experiência do Projeto Direitos Humanos nas Escolas na elaboração e realização de um curso de formação de professores voltado para a difusão dos ideais e valores dos direitos humanos, da democracia e da cidadania como eixos norteadores de toda e qualquer prática escolar e não apenas de discursos pedagógicos. Cabe destacar que se trata de um desafio de grande envergadura dada as características históricas tanto da escola brasileira quanto da nossa sociedade em sentido amplo. Considerando tal desafio, apresenta de forma sintética os princípios, atividades e reflexões resultantes das experiências mais significativas dos três primeiros anos de trabalho desse projeto com escolas da rede estadual e municipal nos municípios de Osasco e São Paulo. Entre outras coisas, este artigo expõe as diferentes formas que o referido curso assumiu dada a dificuldade da criação de um formato de atividades capazes de tornar as práticas do cotidiano escolar um objeto de reflexão para os envolvidos diretamente com a ação educativa, assim como para as instituições escolares como um todo, e aponta importantes características que essa proposta de formação continuada de professores gerou na busca da elucidação dos desafios que a atual escola brasileira deve enfrentar na realização de sua função pública.
A antiga estação de trens Júlio Prestes, concebida para ser a porta de entrada da cidade do café, foi inaugurada apenas em 1938, depois da crise de 1929, e permaneceu esquecida por longo tempo. Somente agora, quando é convertida em uma moderna sala de concertos, a estação parece viver seu apogeu. Sede da nova Orquestra do Estado, modernizada pelo maestro Neschling, a Sala São Paulo é atualmente o maior símbolo das novas intervenções em cultura na cidade. Rodeada por uma zona urbana degradada, a chamada “ Cracolândia" a Sala São Paulo nasce como aparente sinal de civilização em meio à barbárie e pretende transformar todo seu entorno. Mais que isso, a sala é anunciada como o ponto de inflexão de uma “ grande virada” na área central: desencadeando, juntamente com outros investimentos culturais, um “ efeito dominó” de revalorização e retomada dos negócios imobiliários. As relações entre Estado e setor privado, entre alta cultura e mercado imobiliário, a disputa territorial que se configura com a tentativa de retomada do centro pelas elites e seu suposto projeto civilizatório permeiam a história da Sala São Paulo e são investigadas neste artigo
O presente artigo procura discutir o conceito de experiência na obra de John Dewey, um dos pensadores da educação mais influentes ao longo do século XX. Como queremos demonstrar, a força e a fragilidade do pensamento deweyano estará em enunciar a possibilidade de formação de uma cultura democrática, isto é, de formação de modos de pensar, de agir e de sentir, em uma palavra, de uma cultura de interação social em que ciência e estética se combinem de tal forma que tornem todo e qualquer gesto humano uma encarnação de valores democráticos. Apesar de seu fundamento liberal, em certo sentido datado e circunscrito, o vigor desse princípio democrático é, por si só, motivo de interesse para todos que hoje se esforçam na elaboração de uma filosofia da feducação mais emancipatória e libertária.
RESUMO: Este trabalho desenvolve uma reflexão sobre figuras recentes da modernidade cultural brasileira, de modo a evidenciar o sentido formativo que a experiência estética pode assumir no campo da educação. Discutem-se a forma da canção brasileira e as especificidades de cancionistas que elaboram uma experiência da cidade de São Paulo, explorando a canção como forma narrativa. A pesquisa constela imagens da cidade em momentos críticos de seu desenvolvimento e reflete sobre as diferentes experiências estéticas como experiências de formação (especialmente significativas para os jovens). Consideramos, assim, a canção como um rito cotidiano com o poder de afirmar e negar o sujeito na cultura tensa e contra-ditória da metrópole, na medida em que a decanta como experiência. Palavras-chave: Canção; Música Popular Brasileira; Educação; Experiência Estética; Modernidade NARRATIVES OF OUR TIME: NOTES ON POPULAR SONGS AS AN EDUCATIONAL EXPERIENCE ABSTRACT: This work develops a reflection on recent figures of the Brazilian cultural modernity to remark the formative sense that the aesthetic experience can take in education. Specifically, it discusses the Brazilian song form and the specificities of songsters that elaborate an aesthetic experience from São Paulo City by exploring the song as a narrative form. The research depicts critical moments of the city development, and ponders on different aesthetic experiences as formative experiences especially significant for the young. The popular song is a hybrid form (music and literature) that allows a connection between individual experiences and a possibility of a collective communicative experience (of a generation), essential for the youngsters´ affirmative condition in the contemporary society. Thus, songs are considered as daily rites with the power to confirm or deny the subject in the tense and contradictory metropolitan culture as it decants (and praises) urban experience.
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