O objetivo deste ensaio é refletir sobre os significados da comida e suas funções em um contexto de distanciamento social. Nosso referencial empírico são as classes médias das grandes cidades brasileiras, em especial do Rio de Janeiro, que com o distanciamento social e a quarentena, passaram a cozinhar muito mais que habitualmente, estabelecendo um novo padrão para as suas refeições. Por outro lado, principalmente por razões econômicas, muitas pessoas começam a encontrar dificuldades em manter sua dieta diária, resultando em insegurança alimentar. A metodologia utilizada foi a pesquisa documental nos meios de comunicação social, subsidiada por uma revisão bibliográfica e complementada por uma pesquisa no aplicativo WhatsApp. O ensaio divide-se em três partes: na primeira contextualizamos o problema, na segunda apresentamos o referencial teórico e na terceira apresentamos exemplos e depoimentos que nos permitem traçar um panorama desse novo contexto de alimentação em tempos de pandemia de COVID-19. Concluímos que, nesse novo contexto, as pessoas estão mais voltadas para o comfort food, e que o preparo da comida continua sendo uma tarefa majoritariamente feminina, mesmo nos casos em que os homens estão em casa.
O objetivo deste trabalho é relatar a experiência do curso “PANC, uma Alternativa na Quarentenaâ€, que foi composto por 115 estudantes de diversas regiões do Brasil. A metodologia utilizada foi a pesquisa-ação, subsidiada por uma revisão bibliográfica, aplicação de um formulário eletrônico e depoimentos coletados durante o curso, que foram utilizados para gerar discussões e contribuir para uma conclusão sobre a importância de valorizar os saberes tradicionais.
Moças de cachos de risosQue desdizem o que diz a ciência oniscienteQue de tão mouca ficou incoerenteE de tão besta em sempre ter o que dizer, perdeu-se em seu defenderSempre achando que sabe tudo resolver! LengaLeigaLenga Saber o que fazer é também saber ouvirPor que não?Não venha intervir antes de ouvirConversa de só falar, nada de conversa tem. AborreceEmburreceEnsurdece Ei, meninas de cachos de risosDIGAM SEM MEDO DE DIZERSe a ciência for besta e apartada do povo, não pode permanecerA ciência se é uma coisa, é um espelho olhando para tu, bicho humanoE para o poema mais poeticamente científico ficar, coloquemos nesses versos um: portanto. Para fim dar a problemáticaApelamos! Nos tragam “solucionáticas” como as de Dadá MaravilhaTudo bem se a academia não aceitarCiência é o humano espalhado: imperfeito e sempre aberto a melhorar. Nem rimos, nem choramosEstamos alertasNas janelas agora abertas para de corpos fechados ficarNão somos a ciência do desencanto. Ei, mulheres com cachos e risosO falso Messias é a bobiceQuem dera só isso fosse...Apenas uma tolice Sempre foi a tortura, a perseguição, a desrazãoO corte violador da vidaEram os Messias famintos de morte. Eles gritam que se morrer, está morrido!Matemos somente a enunciação da morteTratemos de exigir, em absoluto, a vida. Precisamos voltar à normalidade?Precisamos de outra normalidade. Escolhamos ficar ao lado das moças de cachos de risosFazedoras de uma ciência que escutaEstão ouvindo?Elas são elas, pronome pessoal de tratamento femininoCéticas demais para não ter féE correm com a fé, se andar não for suficiente. Era página nove, ali, no capítulo doisPerto do lugar de desistência de toda leituraEra João Cabral de Melo NetoDefendamos a vida armados de palavras. ArranhadasMal apresentadasEsperando para serem gritadasEncarnadas que são, não as apresseToda palavra vira gente. Ei, menina dos cachos de risosA simplicidade é saber ouvirNem sempre é preciso dizerA tua ciência também precisa saber o não dizer. Ei, menina sem cachos de risos e de todos os amigosA vida é o desmedidoÉ a ciência que de atrevida virou poesia,A poesia que de invasiva ficou científicaÉ a língua portuguesa da gente gritada em forma de palavra sentida.
Resumo O objetivo deste artigo é analisar como sujeitos produzem agenciamentos sociais na interface entre identidades, sexualidades, direitos e família. Para tanto, partimos de diferentes trajetórias de Geni, uma mulher transexual, mãe por adoção, portadora de registro de nascimento, sem modificação de gênero, que vive em união estável com Jonas, com quem adotou cinco filhos, nos últimos 30 anos. Os dois primeiros estiveram sob seus cuidados, sem o aval do Poder Judiciário. Os três últimos foram tornados filhos de Geni, com a chancela da Vara da Infância e Juventude, ao ajuizar com Jonas uma ação de adoção na qualidade de “família homoafetiva”. Geni age dentro de um campo de possibilidades que a vida ordinária lhe possibilita. Sua atuação não se manifesta de uma forma heroica, parafraseando Veena Das (2007), mas por meio da mobilização estratégica que sua identidade de gênero lhe configura nos cenários pelos quais transita, segundo suas diferentes experiências maternas.
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