Neste trabalho, registramos e compartilhamos um relato sobre a idealização, construção e desdobramentos da primeira e maior exposição virtual realizada pelo Museu de Astronomia e Ciências Afins (MAST)/RJ, em seus mais de 35 anos de história: “O Céu que Nos Conecta”. Lançada em junho de 2020, a exposição resultou de uma colaboração entre a equipe do MAST (Coordenação de Educação e Popularização da Ciência - COEDU e Setor de Comunicação) e 140 crianças e adolescentes de todas as regiões do país, entre 3 e 15 anos de idade. Por meio de desenhos e narrativas, as crianças autoras da exposição comunicam seus imaginários sobre o céu num momento de isolamento social, conectando o Universo às artes e às ciências, e expandindo seus significados para as vidas humanas. A ideia central do projeto foi promover a diversidade de narrativas na comunicação de ciências, fortalecendo os laços entre Museu e públicos e gerando engajamento através da inclusão de crianças e adolescentes numa postura mais ativa. Expomos alguns dos desafios encarados nesse processo, sobretudo, pela curadoria de mulheres da COEDU durante a pandemia de Covid-19, a necessidade de localizar as ações do Museu no contexto digital, e de diversificar as formas de comunicar ciências e de falar sobre os céus, e a exclusão digital. As lacunas identificadas na exposição acabaram por fortalecer os laços entre Museu e públicos, repercutindo de forma positiva entre educadoras e educadores no país e inspirando outros projetos. Numa perspectiva multicultural, o imaginário infanto-juvenil sobre ciências e outras narrativas a respeito dos céus, levaram à formação de novas parcerias e atividades.
Este texto, tecido a muitas mãos, é inspirado na obra de Grada Kilomba, apresentando episódios de racismo, sexismo e outros vetores de normatização e opressão de corpos femininos, feminizados e racializados. Esses episódios passam também pela estereotipagem e/ou apagamento das mulheres no campo da arqueologia, das narrativas visuais e dos museus. Os episódios são circunscritos por meio de representações de mulheres em diferentes suportes, como documentários, exposições, livros e histórias em quadrinhos. A subalternização das mulheres, sobretudo, não brancas e periféricas é recorrente em diferentes tempos, espaços e discursos. Dessa forma, como companheiras no escrever, compreendemos que as palavras tecidas são convites à ação: que desvendemos os episódios de violência simbólica nas narrativas que nos rodeiam, provocando releituras e insurgências.
RESUMO Neste trabalho, de caráter qualitativo e exploratório, estudamos os livros de comentários de dois museus e centros de ciências brasileiros - a Casa da Ciência da Universidade Federal do Rio de Janeiro e o Museu Ciência e Vida da Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro - a fim de compreender e explorar seu potencial para coletar dados sobre a opinião dos públicos. Ao todo coletamos 1.724 comentários de 10 livros, do período de 2011 a 2018. Para exploração e análise, adotamos a análise de conteúdo, bem como um protocolo que divide os comentários em: pré-ativo, ativo e proativo. Nos interessou analisar os comentários apontados como ativos e proativos, totalizando em 1.512 registros, organizados nas seguintes categorias: acessibilidade; afetividade; ciência e aprendizagem; equipe; exposição; infraestrutura; papel dos espaços museológicos na sociedade.A multiplicidade de fatores que puderam ser elencados ao estudarmos os livros de comentários, nos permite afirmar que eles são uma rica fonte de informação a respeito dos públicos que frequentam os museus e suas demandas. Contudo, eles ainda são territórios pouco explorados, tanto nas instituições museais, quanto em áreas acadêmicas, e esses registros não podem ser silenciados e esquecidos.
Por meio de um processo de musealização do patrimônio arqueológico e Indígena Iny-Karajá, envolvendo coisas, paisagens, imagens, narrativas e experiências do projeto “Rio Araguaia: lugar de memórias e identidades”, discutimos algumas potencialidades e desafios da musealização da arqueologia. Com foco na ação educativa realizada com público escolar não indígena, em visitas à exposição do projeto no Museu Antropológico da Universidade Federal de Goiás (UFG), evidenciamos a presença de estereótipos e silenciamentos acerca dos povos indígenas no imaginário das/os estudantes, bem como apontamos os esforços para a construção de uma mediação voltada à reversibilidade dessas visões.
This article presents the result of the reflections and propositions of the Study Group ‘Sociomuseology and Cultural Accessibility’ and this publication is part of the context of commemoration of the fiftieth anniversary of the Round Table of Santiago (Chile), an important historical landmark in Sociomuseology. We propose a provocative reflection on this event, from the perspective of Cultural Accessibility. The Study Group is formed by a group of researchers from the Master's and Doctoral course in Sociomuseology at the Universidade Lusófona (UL) in Lisbon and has the participation of external researchers not linked to the ULHT, but who work with the themes related. The creation of the group was motivated to bring to the aforementioned Department issues related to accessibility and ableism, which is the existing social prejudice in relation to people with disabilities. The text brings to the discussion theoretical references from studies on Science, Technology and Society (STS studies) in order to understand how these researches contribute to accessibility and can advance their discussions. Key words: Cultural Acessibility; Sociomuseology; Capacitism; Round Table of Santiago (Chile); Museology.
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