O consumo de suplementos alimentares encontra-se em ascensão no Brasil e no mundo. Ácidos graxos poli-insaturados de cadeia longa (AGPICL), dentre eles a classe ômega-6, são considerados suplementos alimentares segundo a legislação brasileira e apresentam singular importância para a manutenção fisiológica do organismo humano. O óleo de prímula (OP) (Oenothera biennis L.) destaca-se como fonte comercial de AGPICL. O presente artigo tem como objetivo elucidar as características do OP e suas possíveis aplicações na promoção da saúde humana. A Oenothera biennis L., popularmente conhecida como prímula da noite, apresenta flores amareladas, as quais se abrem ao anoitecer. AGPICLs de classe ômega-6 são encontrados no extrato oleoso provindo das sementes, destacando-se os ácidos linoleico (LA) e gama-linolênico (GLA). Este último trata-se de um ácido carboxílico com 18 carbonos e 3 duplas ligações, sendo a última delas situada no 6° carbono terminal. No organismo, o GLA passa por transformações enzimáticas e metabólicas, resultando em prostaglandinas, leucotrienos e tromboxanos anti-inflamatórios, os quais modulam as respostas inflamatórias e hormonais. As ações biológicas destes eicosanoides justificam os possíveis benefícios deste AGPICL frente a condições tópicas, artrite reumatoide e saúde da mulher.
O coqueiro (Cocos nucifera L.) é uma espécie de interesse econômico mundial devido ao potencial de gerar emprego e renda, apresentando produção contínua no decorrer do ano e geração de ampla gama de derivados. O coqueiro é uma planta perene, tropical, originária do Sudeste Asiático, cuja introdução no Brasil, ocorrida em meados do século XVI, é atribuída aos colonizadores portugueses. Conhecida em vários países com a “árvore da vida”, essa espécie é cultivada mundialmente em regiões tropicais. O Brasil é o quinto maior produtor de coco, respondendo por 4,5% da produção mundial. No mercado global, o fruto do coqueiro é destinado principalmente à produção de copra, tendo como principais derivados, o óleo (62,0%) e a farinha de (33,1%), obtidos a partir do fruto maduro. Dentre as principais regiões produtoras brasileiras, o Nordeste responde por aproximadamente 80% da produção nacional, destacando-se a Bahia. Por outro lado, no Brasil, a produção é destinada principalmente a obtenção da água de coco, sendo o fruto, colhido na forma verde. Devido a crescente relevância industrial, este trabalho tem o objetivo de revisar as características e panorama da produção de coco de derivados.
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