Introdução: O presente estudo enfoca o desenvolvimento da modalidade de Ensino Remoto (ER), em universidades públicas estaduais, no Brasil, em face ao contexto da pandemia. Objetivos: Identificar e discutir sobre a oferta do ensino remoto nas universidades públicas estaduais do Brasil. Metodologia: Estudo descritivo, com natureza de pesquisa documental. Utilizaram-se de dados secundários de domínio público, logo, sendo dispensável a apreciação ética. Visitaram-se 44 websites. Destes, 40 possuíam informações públicas sobre o ER, os quais constituíram a amostra do estudo. A coleta de dados foi realizada de 17 a 25 de junho de 2020. Resultados e discussões: Identificou-se que o ER se iniciou nas universidades pesquisadas em março (47,3%) e abril (21%), embora 31,5% tenham apresentado cronograma de execução de atividades previstas para iniciarem de junho a agosto de 2020. Das universidades que ofertavam ER, 42,1% determinaram a duração por todo período de suspensão das aulas presenciais, algumas estipularam prazo para execução dentro de um (10,5%), dois (10,5%) ou três meses (5,2%); ainda 10,5% orientaram o planejamento mensal e 21% quinzenal ou mensalmente. Conclusões: A pandemia da COVID-19 lançou desafio às universidades: garantir a continuidade do processo de ensino-aprendizagem, por meio de aulas não presenciais. Contudo, evidenciou-se ausência de consenso acerca de parâmetros para realização do ensino mediado por tecnologias.
A violência constitui hoje a principal causa de morte em crianças de 5 a 19 anos, o que tem imposto aos profissionais de saúde um olhar mais atento a estas questões, bem como uma formação que busque compreender este fenômeno sobre os vários prismas que a circunscreve. O objetivo deste artigo é relatar a experiência vivenciada com alunos do curso de Graduação em Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Norte numa aula-vivência sobre esta temática. A aula foi baseada numa prática pedagógica de ação reflexiva. Desenvolveu-se a partir da integração dos conteúdos teóricos e práticos, articulando-os com temas sociais, políticos e econômicos. A aula foi dividida em três momentos: um momento de sensibilização; um segundo momento onde foi apresentado e discutido o arcabouço teórico, científico e legal que envolve o tema; e um terceiro, que visou estimular uma reflexão sobre a realidade vivenciada nos serviços de saúde por profissionais que atuam diante de situações de violência. Nos três momentos da aula pudemos proporcionar ao aluno a inquietação e a reflexão necessárias para pensarmos sobre a violência em toda a sua complexidade, pluricausalidade e com toda a carga de preconceito em que esta se encontra envolvida.
Objetivo: conhecer as compreensões dos enfermeiros sobre humanização no cuidado em saúde mental. Método: tratase de uma pesquisa exploratória, de abordagem qualitativa, realizada com 12 enfermeiros em um hospital psiquiátrico do interior do Nordeste, Brasil, no período de setembro de 2014 a março de 2015. Para a coleta de dados, utilizou-se entrevista semiestruturada, observação não participante e observação dos registros de Enfermagem, analisando-os a partir da Análise de Conteúdo de Bardin. Resultados: emergiram quatro categorias: acolhimento, autonomia, protagonismo e corresponsabilidade. O cuidado humanizado aparece atrelado ao modelo manicomial, culminando em práticas focadas no uso da medicação, ações desarticuladas e sem participação do paciente no tratamento. A percepção da humanização é de dificuldade de atenção às pessoas em crises psíquicas, o que inviabiliza a produção do cuidado integral. Conclusão: o estudo contribui para a reflexão do cuidado de Enfermagem em saúde mental onde é preciso modificar as relações que o discurso biomédico mantém com os que buscam uma prática humanizada.
Objetivou analisar a atuação dos enfermeiros da Estratégia Saúde da Família frente à violência intrafamiliar contra a criança, visando identificar ações de prevenção do problema. Pesquisa descritiva e exploratória de cunho qualitativo, cujos dados foram analisados conforme análise de conteúdo. Participaram do estudo 14 enfermeiros da Estratégia de Saúde da Família do município de Mossoró-RN. Dados coletados utilizando-se questionário semiestruturado. As ações de promoção à saúde são atividades educativas desenvolvidas após detecção de casos. O medo de represálias do agente agressor, a sobrecarga de trabalho, a falta de apoio dos gestores e a dificuldade para a materialização da interdisciplinaridade, intersetorialidade e integralidade da atenção foram mencionadas como barreiras ao enfrentamento do problema.
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