RESUMOTrata o texto do filme Garrincha, alegria do povo, de Joaquim Pedro de Andrade, documentário cinemanovista em preto e branco sobre o ídolo do futebol brasileiro, lançado em 1963. Considerando algumas opções técnicas, políticas e estéticas dos realizadores, o trabalho tem como foco a análise de dois personagens centrais do filme, a saber, o próprio jogador e a torcida, ou o "povo" que ocupa as tribunas dos estádios. São analisadas algumas sequências, bem como aspectos da locução, momentos nos quais se materializa um discurso romântico simultaneamente associado ao futebol -o esporte moderno é expressão do Romantismo -e ao jogador Garrincha -exemplo de uma natureza "pura" e "indomável" a resistir aos ditames civilizadores. Com imagens da performance e da vida pública fora das quatro linhas de um dos atletas mais importantes do futebol brasileiro, o gênero cinema-verdade reconstrói e narra o mito. Este processo é interpretado sob a chave proposta pela leitura de uma dialética do esclarecimento, tal como propuseram * O artigo é resultado parcial do programa de pesquisas Teoria Crítica, Racionalidades e Educação III, financiado pelo CNPq. Versões diferentes e preliminares em relação à presente foram previamente publicadas em Pereira e Vaz (2008) e Vaz e Pereira (2010).
Este trabalho visa a registrar possibilidades de utilização da linguagem cinematográfica, enquanto conhecimento na educação do corpo. Trata-se de experiência resultante das aulas de Prática de Ensino em Educação Física, as quais culminaram com a construção coletiva de vídeo sobre as Olimpíadas desta Escola e a análise do filme Boleiros: era uma vez o futebol, de Ugo Giorgetti. Ressaltamos, porém, a importância de referencial teórico articulado com a arte cinematográfica, bem como a realização de mais pesquisas sobre a temática. PALAVRAS-CHAVE: educação -cinema -educação do corpo -formação de professores -futebol."Se for essa perfeição que o futebol brasileiro vai atingir, e provavelmente atinja, organizado por firmas, companhias e corporações especializadas, certamente vai se tornar só mais um espetáculo televisivo, pretexto para que nos seus intervalos sejam colocados os comerciais, as promoções e todo o arsenal de venda que os organizadores têm à sua disposição. Porque esse tipo de futebol não precisa de torcedores, mas de consumidores. Esse futebol será também, desse modo, inútil como fonte da qual se alimentam arte e artistas." (Ugo Giorgetti) INTRODUÇÃOO filme Boleiros: era uma vez o futebol, de Ugo Giorgetti, foi objeto de nossa reflexão durante o segundo semestre de 2003, nas
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