Resumo: Este artigo analisa os significados do documento Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (2008) e sua relevância para a definição dos rumos da escolarização dos estudantes com deficiência no Brasil, nos últimos dez anos. Destaca a centralidade conferida pela Política ao Atendimento Educacional Especializado (AEE), como complementar e/ou suplementar ao ensino comum, no processo de inclusão escolar. Diante disso, propõe-se uma interlocução com o discurso psicanalítico, de modo a problematizar o lugar atribuído ao AEE nesse contexto, bem como a persistência de movimentos segregadores, que insistem em se inscrever mesmo que a orientação política proponha uma Educação Inclusiva.
Este artigo se refere ao uso do teatro na educação, sobretudo com crianças em situação de fracasso escolar. Pretende-se aqui descrever um dos seis casos estudados em pesquisa participante, realizada com crianças na referida situação, apresentando diversas dificuldades de aprendizagem, e encaminhadas por suas professoras. A partir das queixas escolares manifestadas, elaborou-se um programa de vivências semanais de jogos teatrais durante o período de um ano. Tal programa foi montado tendo em vista a promoção e a estimulação das funções cognitivas envolvidas nos processos de aprendizagem — o que caracteriza o objetivo pedagógico da pesquisa. Entretanto, no curso do trabalho, evidenciaram-se, também, questões relativas à subjetividade das participantes, relacionadas diretamente a seus processos de aprendizagem. Apoiando-se na teoria psicanalítica, foi possível verificar que o uso de jogos teatrais no âmbito da educação configura-se, ao mesmo tempo, como uma prática pedagógica e uma prática subjetiva (terapêutica), significando uma possibilidade diante do fracasso escolar.
Uma das grandes conquistas da luta antirracial no Brasil reside na promulgação da Lei 10.639/03, a qual estabelece que, a partir de então, passa a ser obrigatória a inclusão do estudo da História da África e dos Africanos nos estabelecimentos de Ensino Fundamental ou Médio, sejam privados ou públicos, bem como o ensino da Cultura Afro-Brasileira. Diante disso, os professores são incentivados a ensinar por meio de pesquisas teóricas e práticas que se contraponham à vertente eurocêntrica da história tratada nas escolas como única e soberana. Os recursos para tal consistem em materiais e projetos pedagógicos, os quais incluem o uso da literatura. Quer-se aqui destacar esta última, enquanto manifestação artística, que, além de sua função estética, utiliza a língua como um instrumento de comunicação e interação, de difusão da cultura e democratização do conhecimento. Deste modo, constituindo-se como material didático ou paradidático utilizado na educação para a abordagem de um tema. Entretanto, não são raros nas bibliotecas escolares os livros que reproduzem caracterizações exacerbadas, que limitam sociedades a certos costumes, ou disfarçam-se de histórias genuinamente africanas, de modo a apresentar aos leitores um continente de maneira estereotipada e generalizada. É neste sentido que o presente artigo busca discutir o uso da literatura como recurso para o ensino da História da África e suas culturas, nas quais encontram-se origens de grande parte da população brasileira, destacando-se, por meio de exemplos, a alternativa de privilegiar narrativas produzidas por autores africanos.
RESUMOPor que arte na educação? As respostas podem ser muitas, advindas de diversos campos de saber, para além, inclusive, do próprio campo da arte. Este ensaio busca abordar a experiência artística como ação cognitiva, de modo a fomentar as discussões que sustentem a presença e permanência das artes, em especial o teatro, na educação. Para tal, propõe uma discussão a parir de pressupostos teóricos -acerca da base metafórica da Cognição Imaginativa (Arthur Efland); da experiência artística como ação globalizadora de conhecimentos (Fernando Hernández); da imaginação como produto e processo de uma materialização estética constituída pela organização singular dos recursos simbólicos socialmente construídos (Vygotsky). Busca destacar a experiência cênica como espaço de conhecimento e produção de sentido, bem como possibilidade de ação, em ampliadas dimensões (Augusto Boal). Palavras-chave:Arte. Teatro. Conhecimento. Cognição. Imaginação. ABSTRACTWhy arts in education? There can be many answers, coming from several knowledge fields, going even beyond the very field of art. This essay seeks to approach the artistic experience as a cognitive action, in order to promote discussions that support the presence and permanence of arts, in special theater, in education. For such, we propose a discussion from theoretical framework -about the metaphoric base of Imaginative Cognition (Arthur Efland); of artistic experience as knowledge globalizing action (Fernando Hernández); of imagination as product and process of an aesthetic materialization constituted by the singular organization of symbolic resources socially constructed (Vygotsky). The essay seeks to emphasize the scenic experience as a space of knowledge and meaning construction, as well as a possibility for action, in amplified dimensions (Augusto Boal).
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