O presente estudo foi desenvolvido com o objetivo de avaliar a qualidade de méis industrializados (inspecionados) comercializados na cidade Barreiras-Bahia, através de análises físico-químicas. Foram coletadas 5 marcas de méis inspecionados, obtidas em supermercados e mercados da cidade de Barreiras. Houve diferença estatística (P<0,05) entre os tratamentos para as análises quantitativas. Todas as amostras apresentaram valores de atividade de água abaixo de 0,60, embora a não seja exigida pela legislação, é um importante parâmetro para verificar o teor de água livre no produto disponível. Todas as amostras de méis ficaram com umidade abaixo de 20%, atendendo a legislação. Os valores de pH nas amostras analisadas, variavam de 3,79 a 4,16 e para acidez ficaram entre 21,64 e 36,35 meq/kg, atendendo assim a legislação. A análise de pH pode auxiliar na avaliação da qualidade de méis, em conjunto com a análise de acidez. Os teores de açúcares redutores obtidos ficaram entre 70,95% a 73,50%, já para sacarose aparente que de acordo a legislação brasileira preconiza um limite máximo de 6% os valores obtidos variaram entre 1,85% a 4,40%. Apenas a mostra MM5 estava dentro dos limites de (HMF), em relação a atividade diastásica, todas estavam abaixo do valores mínimos recomendados. Em relação as análises qualitativas de Lund e Lugol, todas as marcas analisadas não foram indicativas de adulteração ou má conservação do mel. As 5 marcas analisadas de méis com (SIF) atenderam a legislação nos seguintes parâmetros: umidade, cinzas, pH, acidez, açúcar redutor, sacarose aparente.
Objetivou-se com essa pesquisa, avaliar através de análises químicas, físicas e físico-químicas, amostras de méis comercializados em feiras livres na cidade Barreiras-Bahia. As análises de proteína e lugol foram realizadas de forma qualitativa. Avaliou-se também: pH, acidez titulável, atividade diastásica, açúcares redutores, sacarose aparente, hidroximetilfurfural (HMF), cinzas e umidade. A amostra MF1 não apresentou conteúdo proteico e apresentou coloração de verde a azul indicando a presença de dextrinas e amido, estando inadequada para comercialização. Os valores médios dos índices de pH e acidez apresentaram variação estatística e estão dentro do intervalo de limites permitidos segundo as normas brasileiras. A amostra MF2 indicou o mais alto teor de sacarose aparente. As amostras (MF4 e MF5), apresentaram teores de HMF superior ao estipulado, o que indica manipulação ou período de armazenamento inadequado. Algumas das amostras de mel, sem inspeção, comercializadas nas feiras livres da cidade de Barreiras, não atendem aos padrões exigidos pela legislação Brasileira de mel.
Esse estudo teve como objetivo avaliar as condições de comercialização dos méis nas feiras livres da cidade de Barreiras – BA, avaliar o perfil dos consumidores, comerciantes e produtores. Foram aplicados questionários, a fim de traçar o perfil de cada seguimento. Quanto aos hábitos de compra, 43, 6% dos consumidores, afirmaram preferir adquirir o produto diretamente com o produtor. A procedência do mel, foi o critério justificado por 46, 40% no momento da aquisição do produto, seguido da qualidade (28, 2%). 60% das pessoas relataram que o mel adquirido por eles não possuíam rótulos, apesar da maioria considerar o produto mais confiável com a presença de rótulo. Foi possível observar nas feiras, condições inadequadas de armazenamento do mel, pois além da utilização de embalagens não recomendadas, havia também incidência de luz solar direta nos recipientes que estavam dispostos em bancadas. Apesar de grande parte dos apicultores e meliponicultores informarem que ja participaram de cursos voltados as Boas Práticas de Fabricação de Alimentos, a maioria não coloca em prática na hora de realizar a higienição pessoal, do ambiente de trabalho e nem dos equipamentos utilzados na produção e envase do mel. A pesquisa foi importante para identificação do perfil dos consumidores de mel, é necessário assimilar os desejos e necessidades de quem compra o produto. A maioria dos apicultores e meliponicultores comercializam seus produtos sem rótulo e sem inspeção, e utilizam embalagens reutilizáveis. Pode-se constatar que os locais de comercialização dos produtos, que são as feiras, não possuem condições adequadas de venda, exposição e armazenamento.
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