RESUMO: Algumas regiões do município de São Paulo apresentam grandes aglomerados de imigrantes latino-americanos que trabalham e vivem em condições precárias. O objetivo desta pesquisa foi identificar a morbidade referida mais frequente pelos próprios imigrantes bolivianos que frequentam uma USF do município de São Paulo. O presente trabalho teve como metodologia a pesquisa exploratória de campo, descritiva. Foram realizadas entrevistas de forma aleatória com uma amostra de 25 imigrantes de nacionalidade boliviana, costureiros, usuários de uma USF da prefeitura, moradores do bairro Brás, região central do município de São Paulo. Os resultados mostraram que entre esses imigrantes, existe um alto índice de casos de tuberculose, além de problemas dermatológicos e respiratórios. Dentre as informações necessárias no planejamento das ações de saúde, com populações particulares como a desses imigrantes, destaca-se a morbidade referida, que pode dar viés imprescindível e um importante indicador do nível de saúde da população e das condições socioeconômicas. Este estudo revelou que o imigrante tem medo de se expor, mantendo-se refratário às "especulações". Em toda assistência, é importante considerar a diversidade das pessoas, respeitar os hábitos, os costumes e a cultura de um povo. Para tanto, é necessário que a assistência seja adaptada à realidade dos usuários, para que seja garantida a implementação de qualquer ação em saúde. A busca por justiça social também deve fazer parte da vida de todo profissional de saúde.
ReSumo: A educação em Saúde Bucal tem relação direta com os motivos que levam as pessoas a não modificarem seus hábitos de higiene bucal, ou terem dificuldade em incorporá-los no seu cotidiano, sendo que estes conhecimentos são de fácil transmissão) pela equipe de saúde bucal, mas nem sempre incorporados pelos pacientes. O trabalho objetivou estudar a afetividade como estratégia a ser utilizada na educação em saúde bucal, a fim de provocar mudanças deixando para trás a insegurança e acomodação. A metodologia foi embasada por pesquisa bibliográfica integrativa. Acreditamos que se nosso objetivo como profissionais de odontologia é termos melhores condições de saúde e diminuirmos o elevado índice de cárie e perdas dentais, a educação em saúde deve ser significativa ao paciente. Ouvimos sempre que educação e saúde deveriam caminhar juntas, mas como colocar em prática esta ação? O histórico dos levantamentos epidemiológicos realizados em nosso país nos traz quadros de contrastes e poucas melhorias de qualidade sobre alguns aspectos da saúde bucal. Os índices das pesquisas nos fazem refletir que a situação da condição bucal na população ainda é sofrível e que as mudanças são lentas. A mudança deverá iniciar na formação profissional do cirurgião-dentista, auxiliar e técnico em saúde bucal (CD, ASB E TSB, respectivamente), que seguem um modelo onde o desenvolvimento das habilidades manuais dos profissionais e procedimentos clínicos, tem seu foco principal. Para alterar este panorama precisamos atuar de maneira mais simples e efetiva. Orientações sobre higiene, alimentação e hábitos podem ser transmitidas por todos os membros da equipe de saúde bucal através dos conhecimentos técnicos aliados a nova ferramenta: "Comunicação com Afetividade". Devemos sempre em qualquer comunicação buscar a compreensão do universo do indivíduo que tem seus próprios valores, suas motivações, e suas experiências. Não reverteremos a triste situação em que se encontra a saúde bucal brasileira se continuarmos com velhas técnicas sem considerar afetividade como uma estratégia.
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