A pesquisa, de natureza qualitativa, teve como núcleo de interesse investigativo as representações e as significações que um grupo de Agentes Comunitários de Saúde (ACSs) possui acerca das vulnerabilidades para o sofrimento no trabalho a que estão expostos, assim como as próprias manifestações deste sofrimento ao desempenharem suas ações relativas ao Programa de Saúde da Família (PSF).A entrevista semi-estruturada com um grupo de ACSs, explorou o significado de ser ACS e a percepção da organização do trabalho; a análise foi embasada no referencial teórico-metodológico da hermenêutica e nas teorias relacionadas à psicodinâmica do trabalho. Os achados mostram a existência de uma importante vulnerabilidade ao sofrimento, gerada principalmente pela ideação idealizada da própria prática e pela escassa perspectiva de rearranjo dos ingredientes constitutivos da organização do trabalho, já que este profissional depende de fatores alheios ao seu espectro de alcance, que inclui as limitações do modelo assistencial proposto pelo PSF.
Trata-se de uma reflexão teórica sobre a conexão entre produção de cuidado e subjetividade, e sobre as idéias que sustentam esta conexão. Uma busca por trabalhos já existentes foi feita no Banco de Dados Bibliográficos da Universidade de São Paulo. A discussão dos achados se deu a partir de algumas noções da pós-modernidade, em sua crítica à racionalidade instrumental, que percorre, em maior ou menor grau, as concepções e ações de cuidado, no contemporâneo. Recuperar o sujeito e sua respectiva produção de subjetividades é recuperar, igualmente, um cuidado que confunda os limites fronteiriços do que é qualificado como objetivo/subjetivo e aposte numa visão integrada daquilo que diz respeito ao cotidiano das produções e ações humanas.
RESUMOEste estudo tem por objetivo cartografar o cuidado ao usuário com necessidades no campo da saúde mental em uma Unidade Básica de Saúde, analisando o trabalho em equipe à luz da integralidade das ações de saúde. Seus participantes são trabalhadores de saúde, de diferentes profissões, que fazem parte dos processos de trabalho em saúde mental do serviço. A técnica de coleta de dados utilizada foi o fluxograma analisador. Os resultados nos mostram que, na Unidade Básica, os fluxos conectivos entre os diversos trabalhadores -e entre estes e os usuários -vêm produzindo e proliferando vários e distintos espaços coletivos de trocas, possibilitando ações de saúde alinhadas à perspectiva da integralidade, através de uma compreensão ampliada do processo saúde-doença mental, construída pela valorização das relações humanas e das subjetividades envolvidas no espaço do trabalho em saúde.
DESCRITORES
ABSTRACTThis study intends to map the health care given to the usuary with needs in the mental health field in a primary health care unity, analyzing the team work in the light of the integrate primary health care practices. The participants are health workers from different professions, who belong to the service's mental health working processes. The data collection technique used was the analytic flowchart. The results show us that the connective flows among the professionals and between them and the health unity's, in the primary health care unit, has been producing and proliferated diverse exchanges' spaces, making possible health actions aligned to the integrality in people's care through a enlarged understanding of health mental disease process, by means of human relationships' valuation and subjectivities involved in the health work space.
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