A alocação eficiente dos recursos, ainda escassos no campo da saúde, tem se transformado em um desafio aos gestores para o alcance da universalidade e integralidade da assistência a saúde. O presente estudo buscou avaliar a eficiência técnica na utilização dos recursos do SUS. A pesquisa foi realizada com os sete municípios que compõem a 25ª Região de Saúde de Santa Catarina (SC), região que se destaca por apresentar os valores mais baixos de Índice de Desenvolvimento humano do estado, além de demonstrar os menores indicadores no Índice de Desempenho do SUS. Foi aplicada a metodologia de Análise Envoltória de Dados (DEA) e calculado o Ín-dice de Eficiência Técnica em Saúde (IETS) proposto por Mendes. A DEA consiste em uma ferramenta de programação matemática multivariável para a medida da eficiência de processos com múltiplos recursos e produtos. O IETS demonstra o desempenho de cada município em relação à estrutura e o resultado. Os dados obtidos apontam que a região investe percentuais de sua receita em saúde superiores às médias do estado de Santa Catarina, no entanto, não acompanha a mesma redução que este nos indicadores de mortalidade geral. Tal comportamento, pode refletir a ineficiência técnica observada nos municípios estudados. O desafio é, em última análise, a implementação de mecanismos mais apurados de acompanhamento, controle e avaliação da qualidade das ações e dos serviços de saúde locais. Conclui-se que todos os municípios apresentaram IETS baixo e apenas um dos municípios manifestou eficiência técnica adequada. Palavras-chave: Eficiência; Saúde; Investimentos em Saúde. CorrespondênciaValdir Roque Dallabrida Rua Roberto Ehlke, 86, centro. CEP 89460-000. Canoinhas, SC, Brasil.
RESUMOO Programa Nacional de Imunização em 2014 introduziu a vacina do HPV (Papiloma Vírus Humano) no calendário Nacional de vacinação. Este trabalho se propõe a analisar as coberturas vacinais para o HPV na campanha de 2014, e como que se deu a sua distribuição nos Estados Brasileiros, considerando a meta de 80% a ser atingida por todos os municípios do país. Trata-se de um estudo transversal com análise secundária de dados. Os dados sobre cobertura vacinal das meninas dos 5.565 municípios brasileiros foram obtidos através de acesso à página do Programa Nacional de Imunização (PNI). As cidades foram divididas e tabuladas em cinco faixas relacionadas a cobertura vacinal, estratificadas de modo arbitrário pelos autores: faixa 1 > 40%, faixa 2 de 40% a 59%, faixa 3 de 60% a 79%, faixa 4 80% a 100% e faixa cinco acima 100%. A cobertura vacinal contra HPV, em 2014, apresentou valores bastante discrepantes entre as doses, estados e municípios. Entre os 5565 municípios brasileiros, 1776 (32%) atingiram a meta de cobertura em ambas as doses. Na primeira fase da campanha de vacinação contra o HPV, o número de municípios que atingiram a meta de 80% foi de 4866, já na segunda dose este número passou para 1810, uma redução de 62%. Além disso, no outro extremo da cobertura vacinal, a faixa 1 continha 103 municípios e na segunda dose este valor subiu para 1014, ou seja, um acréscimo de 884%. Apenas o Estado do Amazonas não atingiu a meta de vacinação contra o HPV em ambas as fases da campanha. Concluiu-se que a campanha de vacinação do HPV não atingiu as metas preconizadas nas duas doses em 60% dos municípios brasileiros no ano de 2014.
Resumo Em um contexto de restrição orçamentária e de medidas de austeridade fiscal, discutir aspectos relacionados à gestão eficiente dos recursos públicos é um desafio. O objetivo deste estudo foi avaliar a eficiência técnica de municípios catarinenses nos gastos públicos com saúde e sua relação com as condições para a gestão em saúde nos anos de 2009 e 2015. Para medir a eficiência, optou-se pela Análise Envoltória de Dados. O Índice G foi empregado para analisar a autocorrelação espacial da eficiência. Para a avaliação das condições para a gestão em saúde, adotou-se o modelo proposto por Calvo et al. Do total de municípios analisados, 35,5% e 29% foram considerados eficientes, respectivamente para os anos de 2009 e 2015. Os resultados sugerem não haver associação entre as condições para a gestão em saúde e a eficiência técnica no estado de Santa Catarina. O estudo revelou a necessidade de se avançar na busca por melhores resultados de eficiência em Santa Catarina, devendo ser considerada a distribuição espacial destes resultados sobre o território, com enfoque sobre os clusters de ineficiência que podem explicar o fraco desempenho em saúde de algumas regiões do estado.
RESUMO Foi analisada a utilização dos recursos transferidos de outras instâncias federativas aos blocos de financiamento da saúde pelos municípios de Santa Catarina. Trata-se de um estudo descritivo dos anos de 2009 e 2015. Observou-se que os municípios investem recursos próprios em saúde muito além do recomendado legalmente, no entanto, não conseguem fazer uso integral dos recursos de transferência direta efetuados pelo estado e pela União aos blocos de financiamento da saúde. Nota-se, porém, diminuição expressiva no montante de recurso subutilizado no período analisado, o que sinaliza a melhoria da capacidade de gestão dos recursos de transferência direta.
Objetivo: identificar a realidade e os desafios do enfermeiro inserido em um Serviço de Atenção a Pessoa Ostomizada. Método: Pesquisa exploratória, de campo e descritiva com abordagem qualitativa. Resultados: foi possível evidenciar que os enfermeiros vivenciam algumas conquistas dos ostomizados no campo da saúde pública, como o provimento de materiais e equipamentos de qualidade para o cuidado com o ostoma. No que se refere a assistência do enfermeiro, as ações desenvolvidas envolve a realização de ações educativas em saúde, visita domiciliar, cuidados com o ostoma e orientações gerais aos pacientes e familiares. Os principais desafios do enfermeiro se concentram na falta de estrutura física adequada e equipe multidisciplinar disponível. Conclusão: as dificuldades do enfermeiro na assistência a pessoa ostomizada são variadas, muitas delas que vão além da sua competência profissional. Apesar destas dificuldades, os enfermeiros demonstraram estar qualificados para assistência.
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