O programa nuclear iraniano causa receios e inquietações há tempos, existindo suspeitas de que o país almeje a utilização da energia nuclear para fins militares, tornando-se uma potência nuclear ilegítima. Décadas de sanções e iniciativas de negociação não têm alcançado resultados satisfatórios. O presente artigo visa analisar o atual quadro da questão nuclear iraniana, argumentando que reflete controvérsias e dificuldades intrínsecas do regime de não proliferação nuclear.
Rivalidade e cooperação são duas lógicas básicas para o entendimento da construção do relacionamento entre Argentina e Brasil, uma vez que oscilações entre essas dinâmicas marcaram as interações entre os Estados. A área nuclear apresenta-se como profícua para analisar as relações bilaterais, pois se trata de um campo sensível em sua essência que passou por um processo de desmonte das desconfianças e desenvolvimento de padrões de cooperação entre Argentina e Brasil. O presente trabalho propõe uma síntese histórica das lógicas de rivalidade e cooperação nas relações entre os Estados e busca problematizar o papel que as identidades apresentam nessa dinâmica.
O objetivo no artigo é analisar o papel das ideias de autonomia e desenvolvimento nas atividades e nos posicionamentos de Argentina e Brasil em matéria nuclear, para compreender os impactos na promoção da cooperação bilateral. O relacionamento entre Argentina e Brasil é historicamente marcado por oscilações entre tônicas de rivalidade e cooperação. No campo nuclear não há diferenças substantivas e foi inicialmente caracterizado por competição e desconfianças, sendo progressivamente alterado para uma postura de aproximação e construção da confiança mútua. Autonomia e desenvolvimento podem ser entendidos como noções presentes nas deliberações realizadas pelos e nos países e que permitiram a identificação de valores e desafios comuns. Autonomia e desenvolvimento serviram como um primeiro eixo de contato para a cooperação em uma temática sensível e relevante na segunda metade do século XX, desde o início dos esforços em matéria de tecnologia nuclear nos anos 1950 até o estabelecimento de um novo patamar para as relações bilaterais no início dos anos 1990.
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