Este artigo versa sobre igrejas no país que se autodenominam "inclusivas", espécie de movimento noticiado pela mídia entre os anos 1990 e 2000, como "igrejas gays". O foco incide sobre o surgimento no Brasil da Igreja da Comunidade Metropolitana - uma famosa denominação ativista, criada em 1968 nos Estados Unidos - e sua transformação em Igreja Cristã Contemporânea. Analisa como ela se consolidou a partir de influências locais e de um diálogo com ideias de sistemas religiosos do campo hegemônico. Argumenta que a implantação desse grupo compreende coloridos regionais, fornecidos por noções oriundas de passagens e mediações realizadas pelos sujeitos entre suas comunidades de origem e uma nova alternativa religiosa. Examina alguns modelos e imagens da homossexualidade cultivados e/ou produzidos nesse movimento plural.
This article examines the movement of churches in Brazil that call themselves "inclusionary", and identified in the media between 1990 and 2000 as "gay churches." It focuses on the rise of the Metropolitan Community Church in Brazil - a well-known activist denomination created in 1968 in the United States and its transformation into the Contemporary Christian Church. It analyzes how this church established itself based on local influences and a dialog with ideas from hegemonic religious systems. The paper argues that the implantation of this group encompasses regional variations provided by notions that come from the passages and mediations realized by the subjects between their communities of origin and their adhesion to a new religious alternative. It examines some models and images of homosexuality cultivated and produced in this plural movement
O artigo tematiza respostas à diversidade sexual em redes religiosas evangélicas. Reflete, particularmente, sobre formas de regulação da sexualidade que transparecem nos discursos sobre o “acolhimento” aos homossexuais entre certas correntes e denominações. Esta análise se debruça sobre documentos coletados em um monitoramento de sites de internet, incluindo materiais veiculados por ministérios de “ajuda” para “sair da homossexualidade”, testemunhos e interação em fóruns virtuais. Argumentamos que este aparato regulatório, que se manifesta por uma atitude de cuidado para com o outro, visa a supressão da diversidade na esfera da sexualidade e do gênero, podendo desde modo ser qualificado como uma forma velada e insidiosa de homofobia.
Resumo: O artigo reflete sobre as respostas religiosas frente à visibilidade política das reivindicações por direitos de pessoas cujas identidades e práticas sexuais são dissidentes da norma da heterossexualidade. Discute como tais reações inventam, reforçam e instigam representações e práticas homofóbicas que atravessam as esferas pública e privada. Problematiza o modo como se entrelaçam a atuação de certos grupos religiosos e processos de sujeição dessas minorias, inserindo-se em uma linha de reflexão sobre os possíveis nexos entre homofobia, religião e certas convenções sociais e culturais que regulam as condutas no campo da sexualidade, a partir dos resultados de várias pesquisas ao longo da última década. O objetivo é lançar um foco de luz sobre algumas relações existentes entre direitos, diversidade sexual e religiões cristãs, no Brasil atual. Palavras chave: diferença, direitos, homossexualidade, evangélicos Abstract:The article reflects on religious responses to the political visibility of demands for the rights of people whose identities and sexual practices dissent from the heterosexuality norm. It discusses how these reactions invent, reinforce and instigate homophobic practices and representations that cross the public and private spheres. It problematizes the way in which the actions of certain groups and the processes that subjugate these minorities are interlinked, being inserted in a line of reflection about the possible links between homophobia, religion and certain social and cultural conventions that regulate conduct in the sexuality field, based on the results of several studies carried out over the last decade. The objective is to put a spotlight on some of the existing relationships between rights, sexual diversity and Christian religions in contemporary Brazil.
Resumo O artigo aborda o tema das pastorais sexuais em igrejas evangélicas inclusivas no Brasil. Focaliza as relações entre experiências LGBTQIA+, instituições religiosas, formas de gestão da vida íntima e políticas de subjetividade, além de discutir os usos e impactos de tecnologias e pedagogias do sujeito em aconselhamentos pastorais a partir de dados de pesquisa nas regiões sudeste e nordeste do Brasil. Também examina concepções correntes em dois eixos principais: casamento como direito e vida íntima; e experiências de violência conjugal ou violência íntima. A hipótese sustentada é a da existência de uma pedagogia do igualitarismo e da não violência, nas percepções de lideranças e fiéis, tanto nas igrejas LGBTQIA+ protestantes como nas igrejas pentecostais inclusivas.
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