Na primeira metade do século XX, iniciou-se no Brasil um movimento de preceitos higienistas, no qual se combinavam a medicina e a engenharia sanitária. Isso resultou na formulação de uma política pública direcionada ao saneamento do país, iniciada na década de 1930 e implementada, a partir da década de 1940, pelo Departamento Nacional de Obras de Saneamento (DNOS). A Baixada Fluminense foi uma das principais áreas de atuação dessa política que se desdobrou nas ações de dragagens, entulhamento, retificação de rios e córregos, além da abertura sistemática de canais e barras oceânicas, procedimentos esses que provocaram consideráveis impactos nos diversos ecossistemas da região, entre os quais a bacia hidrográfica da Lagoa Feia e o sistema das lagunas de Maricá. O objetivo deste artigo é evidenciar o modo como tais intervenções, no âmbito das políticas públicas do saneamento da baixada litorânea fluminense, feitas pelo DNOS, contribuíram não apenas para afetar profundamente os ecossistemas costeiros, sua gestão e manejo tradicionais, mas, além disso, e sobretudo, para desestabilizar a economia da região, com consequências para as populações dos assentamentos de pescadores, tanto na Lagoa Feia quanto na Lagoa de Maricá.
Logo a primeira caminhada nos proporcionou uma experiência curiosa, cujo alcance só se revelaria, por inteiro, algum tempo depois. E foi desse primeiro contato, dessa experiência inusitada que surgiu, mais tarde, a idéia da proposta de uma arqueologia do urbano.
Le 25 mai 2006, le président Luiz Inácio Lula da Silva a signé un important décret instituant le « Jour national du Tsigane » (Dia Nacional do Cigano) au Brésil. La décision du gouvernement fédéral d’inscrire le 24 mai au calendrier républicain en tant que date commémorative s’est accompagnée de l’annonce d’une série de mesures expressément destinées à cette minorité ethnique qui avaient été adoptées par les secrétariats spéciaux de Politiques de promotion d’égalité raciale (SEPPIR) et des Droits de l’homme (SEDH) de la présidence de la République. Dans les coulisses de la scène publique, la controverse suscitée par la date commémorative avait, d’une part, allumé la mèche d’un conflit qui s’était propagé dans d’autres sphères, d’autre part, permis de structurer les groupes autrement, en les opposant de façon contrastée et en favorisant la prolifération des associations.
Resumo: Este artigo discute a participação dos ciganos calon no comércio de escravos africanos e no poder judiciário carioca desde a corte de D. João VI, analisando as práticas comerciais e a formação de redes de organizações e relações informais. A presença desse grupo no mais importante mercado de cativos e numa instituição pública cuja lógica se baseia nos laços impessoais e contratuais, constitutivos vida urbana, oferece-nos uma interessante oportunidade de reflexão sobre as formas de negociação a partir das quais os ciganos conse guiram, na esfera do trabalho, uma inserção de destaque na cidade do Rio de Janeiro. Suas estratégias revelam a alta competência sociológica do grupo ao ocupar um nicho de mercado, valendo-se da habilidade para comercializar mercadorias freqüentemente preteridas pela gran de empresa traficante (os chamados "escravos de segunda-mão") e para incluir nas "custas", as despesas de um litígio, gorjetas estabelecidas mediante uma arguciosa negociação com as partes envolvidas num processo judicial.Palavras-Chaves: Ciganos calon; Comércio de escravos; Poder judiciário; Rio de Janeiro.Um ofício e um lugar na Corte
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