A meus pais, Geraldo e Ana Rosa, e minha irmã Ligia pelo amor, carinho e respeito tão importantes para que pudesse realizar tudo que sempre desejei. À professora Solange que foi mais que uma orientadora desde os trabalhos de Iniciação Científica, mas uma grande amiga que ofereceu incentivo, apoio, dedicação e compreensão, tendo contribuído não somente nesse trabalho de mestrado mas também para meu crescimento pessoal. À Talita por ser tão especial e por todo carinho, comprometimento, dedicação e ajuda em todos os momentos desde a época da graduação. A todos os meus "irmãos",
Resumo Da Antiguidade clássica à Idade Média, a sabedoria associava-se à velhice e havia várias possibilidades de sabedoria. A partir da modernidade, os laços que uniam conhecimento, sabedoria e velhice foram se perdendo com o tempo, à medida que o capitalismo avançava. Atualmente, os idosos já não associados à sabedoria e alguns indicadores sociais sugerem que, embora vivam mais tempo, a população idosa vive pior. Ilustramos esta ideia utilizando alguns dados sobre suicídio idoso na atualidade.
Resumo: A Ética de Espinosa é uma ontologia do necessário, da qual se pode deduzir uma ontologia da alegria. Por isso mesmo, na experiência humana dos afetos, o processo liberador que leva à felicidade é determinado pela experiência da alegria. Tudo começa no campo mesmo das alegrias passivas, campo no qual a tristeza também marca a sua presença. Presença negativa, de um lado, na medida em que implica diminuição de nossa capacidade de agir e pensar; de outro lado, presença positiva, enquanto experiência docente: a tristeza, não por si mesma, mas por sua relação específica com a alegria, ensina o corpo e a mente a lidar melhor com as alegrias a que somos desde sempre determinados a buscar, nas suas mais diversas formas. Da contrariedade afetiva envolvida na experiência das alegrias e tristezas pode nascer um desejo de verdadeira felicidade. Mas o processo liberador é marcado igualmente pela presença de um certo tipo de alegria: a hilaritas, um contentamento muito particular, uma alegria equilibrada que concorda por excelência com a razão, cujo trabalho abre diante de nós as trilhas que levam à felicidade. A razão, porém, só pode realizá-lo enquanto afeto de alegria ela mesma. Neste caso, inicia-se o percurso liberador.
Uma passagem do Livro VII da Ética a Nicômaco e uma outra do De Anima de Aristóteles nos permitem mostrar que o Filósofo está muito próximo da "solução" que Espinosa oferece ao problema da acrasia (incontinência ou fraqueza da vontade). Ao circunscrever tal problema no campo do apetite e do prazer (epithymia), introduzindo a noção de desejo (oréxis) como motor da ação prática, Aristóteles aponta para uma idéia de conhecimento afetivo, que no entanto que só será plenamente desenvolvida bem mais tarde, pela teoria dos afetos presente na Ética de Espinosa. Veremos que nesta última o problema da acrasia ganha outro estatuto e uma "solução". Mas se a solução do problema não foi formulada plenamente por Aristóteles, tentaremos mostrar que, embrionária, ela já estava lá, e Artistóteles pode então ser visto como um precursor da teoria do conhecimento de Espinosa.
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