A vanguarda dos movimentos feministas e homossexuais tomou a dimensão pública do questionamento da modernidade desigual, requerendo autonomia às mulheres e reconhecimento às dissidências sexuais, diante de uma sociedade machista e preconceituosa. De alguma maneira, esses movimentos foram importantes para tornar real a problemática de uma materialidade não representativa para corpos, identidades e desejos em desacordo com a ordem e a moralidade constituídas na modernidade. Contudo, no contexto da pós-modernidade, onde a cultura material ainda atende aos desejos predominantes da cisheterossexualidade masculina, quais as contribuições do feminismo e das sexualidades queer para descentrar os significados do planejamento urbano homogêneo e fomentar novas representações identitárias? No âmbito cultural, será que podemos considerar o conceito de modernidade líquida relativa apenas às identidades femininas e dissidentes enquanto para as tradições institucionais permaneceria a sólida concepção da materialidade cartesiana? Através de revisão bibliográfica e análise interdisciplinar, apresentamos algumas experiências de urbanidades conformadas pelo senso de reciprocidade e respeito à diversidade.
Ante el panorama creciente de restricciones y vigilancia de las manifestaciones de urbanidad y, al mismo tiempo, de la regulación y disciplina de la planificación urbana formal, el presente trabajo contextualiza las dinámicas de constitución de urbanidad por parte de los colectivos LGBTQ en Berlín a lo largo del tiempo, como referencia de la constitución de nuevas estéticas de existencia y representación frente a una cultura material y urbana restrictiva y condicionada por las políticas cisheteropatriarcales. A partir de esta referencia historiográfica berlinesa, constituida desde el método fenomenológico-hermenéutico, consideramos que las acciones innovadoras de los grupos disidentes deben ser continuas en la efímera apropiación de la ciudad, como movimiento de resistencia a los estados de permanencia y conservadurismo.
Neste artigo analisamos as nuances relativas à identidade moral e expressão de gênero e sexualidades por meio de desenhos artísticos produzidos por adolescentes e jovens estudantes do Ensino Médio. Nosso objetivo é compreender as representações identitárias de reprodução e/ou imaginação criadora através dos desenhos, tendo como contexto social e político o campo de disputas entre movimentos feministas e contrassexuais e grupos conservadores em defesa da família tradicional e dos desejos cis-heteropatriarcais. Assim, a partir dos resultados do projeto de extensão “Arte de Caderno”, que reuniu trabalhos de estudantes de escolas públicas de diferentes regiões do Brasil, analisamos a produção de desenhos destacando expressões identitárias e corporais como parte do entendimento de adolescentes e jovens sobre os valores morais discutidos na atualidade. Portanto, apesar de a maioria dos desenhos reproduzir os valores hegemônicos de corporalidades e expressões identitárias binárias, outros suscitam a expressão criativa de representações identitárias dissidentes.
Este artigo problematiza a guerra cultural brasileira deflagrada pelas disputas territoriais e políticas durante os bloqueios de estrada realizados no final de 2022, após o resultado da eleição presidencial favorável ao viés social-democrata de esquerda. Tendo em vista esse cenário, e com base em pressupostos da pesquisa qualitativa, utilizamos a análise de discurso para explorar o que emergiu sobre o tema e assuntos correlatos em fontes bibliográficas, artigos e reportagens, além de observação não-participante. Assim, ao pensarmos nessas manifestações como experiências de promoção ou aniquilamento do direito à cidade, junto de outros direitos fundamentais, deflagramos a condição antidemocrática recorrente de um território historicamente marcado pelos interesses ultraliberais. Ao mesmo tempo, consideramos a oportunidade para refletir sobre a constituição da cidade educadora na ressignificação dessa experiência e com base na postura ética comum através dessas vivências, que retomam a cidade como campo do fazer político.
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