A presente pesquisa teve como objetivo investigar as Concepções de professores de Biologia sobre Alfabetização Científica (AC), buscando nos aproximar dos indícios de práticas de AC no espaço escolar. Para tanto, utilizou-se a abordagem qualitativa e os pressupostos do método fenomenológico, recorrendo à saturação teórica para o fechamento do grupo de sujeitos investigados. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas com oito professores de Biologia de escolas públicas de João Pessoa, Paraíba. Os resultados apontam que a conceituação docente sobre a AC limita-se à dimensão formal, podendo ser identificados elementos da dimensão política apenas quando estes se referiram à importância da AC. As práticas relatadas pelos professores se direcionam ao aspecto metodológico da Ciência e são influenciadas pela melhoria no aprendizado dos alunos. Os fatores limitantes identificados levam em conta os professores, os discentes e a escola, envolvendo falta de compromisso, deficiências formativas e estruturais. Concluiu-se que, mesmo havendo a abordagem da dimensão política nas falas sobre a importância da AC, a falta de aprofundamento teórico na conceituação do tema pode estar restringindo as práticas docentes à dimensão formal, fator diretamente relacionado com a formação inicial. Diante desses resultados, é possível perceber que as concepções docentes sobre a AC, e seus relatos de práticas, demonstram algumas fragilidades e se encontram relativamente distantes daquilo que a AC pressupõe a respeito de uma formação devidamente crítica e emancipadora, condizente com a demanda contemporânea de atuação social dos estudantes.
O presente estudo teve como objetivo investigar as concepções docentes sobre aspectos centrais do cotidiano das aulas de Biologia, descrevendo e analisando a visão que esses professores desenvolveram a partir de suas experiências profissionais sobre o ensino e a aprendizagem dos alunos no Ensino Médio. Para isso, realizamos uma pesquisa qualitativa com base em fundamentos da fenomenologia, definindo a amostra através da saturação teórica dos dados (que ocorreu na entrevista com o décimo docente). As entrevistas semiestruturadas foram realizadas em 2017 e se basearam em duas questões norteadoras: quais as competências e habilidades necessárias para um professor de Biologia do Ensino Médio; e quais suas principais dificuldades em relação à aprendizagem dos alunos no Ensino Médio. Os resultados apontaram que em relação às habilidades e competências docentes mais importantes, a contextualização dos conteúdos com o cotidiano dos estudantes (70% dos professores), e o domínio dos vários conteúdos da Biologia (50%), foram as categorias mais apontadas pelos professores participantes da pesquisa. Em relação às dificuldades de aprendizagem dos alunos, foram apontadas a complexidade da linguagem exigida pelo currículo de Biologia (70% dos professores), e as dificuldades que os alunos apresentam para escrever e compreender textos (60%), como os temas mais relevantes. Tais resultados demonstram que os professores de Biologia vêm defendendo um ensino mais focado no aluno, no qual a contextualização dos conteúdos e currículos com o universo de significação do estudante deve se tornar o eixo central da Biologia no Ensino Médio. Resultados que podem contribuir para a restruturação de currículos formativos e práticas pedagógicas que supram as dificuldades de aprendizagem apontadas pelos docentes entrevistados.
A presente pesquisa teve como finalidade investigar as concepções de professores sobre os objetivos didático-pedagógicos do ensino de Biologia. A metodologia foi desenvolvida a partir da abordagem qualitativa com base no método fenomenológico, recorrendo à saturação teórica para o fechamento amostral. Foram realizadas oito entrevistas semiestruturadas com professores de Biologia de escolas públicas de cidade x, estado x, investigando a visão dos professores sobre os objetivos do ensino de Biologia. Os resultados apontam que na concepção dos professores a contextualização dos conteúdos com aspectos do cotidiano dos alunos é o objetivo central, sendo um tema que apareceu na entrevista de todos os docentes entrevistados. Os docentes também lançaram atenção ao fomento de aulas que preparem os alunos para os vestibulares; desenvolvimento da compreensão sobre o funcionamento da natureza; compreensão da linguagem científica; de noções sobre os processos que envolvem o método científico; e a importância da contextualização dos conteúdos da Biologia com os de outras disciplinas escolares. De forma geral, foi possível concluir que as concepções docentes apontam um comprometimento com a formação científica e cidadã dos alunos, mas o direcionamento à preparação para o vestibular pode representar uma distorção dos objetivos de um ensino de Biologia comprometido com a atuação social e com a formação crítica dos estudantes.
A PRESENTE PESQUISA TEVE COMO OBJETIVO INVESTIGAR AS CONCEPÇÕES DE PROFESSORES DE BIOLOGIA SOBRE OS FATORES QUE INFLUENCIAM O DESENVOLVIMENTO DA ALFABETIZAÇÃO CIENTÍFICA (AC) EM SUAS AULAS. UTILIZAMOS A ABORDAGEM QUALITATIVA E O MÉTODO FENOMENOLÓGICO, RECORRENDO À SATURAÇÃO TEÓRICA PARA O FECHAMENTO DA AMOSTRA. REALIZAMOS ENTREVISTAS COM OITO PROFESSORES DE ESCOLAS PÚBLICAS DE JOÃO PESSOA, PARAÍBA. OS RESULTADOS APONTAM QUE AS PRÁTICAS DOCENTES RELACIONADAS À AC SÃO INFLUENCIADAS PELA MELHORIA NO APRENDIZADO DISCENTE; POR SUAS EXPERIÊNCIAS ANTERIORES COM PESQUISA CIENTÍFICA; E PELA INTENÇÃO DE ESTIMULAR O PENSAMENTO CIENTÍFICO E O INTERESSE DOS ALUNOS. DIANTE DISSO, É POSSÍVEL PERCEBER QUE AS CONCEPÇÕES DOCENTES DEMONSTRAM DIVERSAS POTENCIALIDADES, NO QUE DIZ RESPEITO À INTENÇÃO DE MELHORAR O APRENDIZADO E APROXIMAR OS ESTUDANTES DA CIÊNCIA, ELEMENTOS QUE APONTAM NA DIREÇÃO DE UMA FORMAÇÃO CIENTÍFICA E CIDADÃ MAIS COMPROMETIDA COM A REALIDADE.
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