Resumo Este artigo analisa cinco feiras livres que abastecem uma parte substancial da população urbana do Alto Jequitinhonha na contramão do sistema agroalimentar dominante. Usando dados de fontes primárias e secundárias, são analisadas as relações estabelecidas entre consumidores e vendedores – os quais, em sua maioria, são agricultores – para interpretar as dimensões culturais e econômicas do abastecimento das pequenas cidades. O resultado da pesquisa indica que as feiras se relacionam com a identidade cultural alimentar, o abastecimento de grande parte da população urbana e movimenta parte expressiva da economia local dos municípios.
Este artigo tem por objetivo analisar a comercialização da produção da agricultura familiar nas feiras livres de cinco municípios do Alto Jequitinhonha, Minas Gerais. O estudo se baseou em consulta à literatura e bancos de dados, e em pesquisa de campo com feirantes. Os resultados indicam que feiras livres geram parte importante das rendas desses municípios e dos agricultores, e que a diversidade de produtos ofertados nas feiras contribui para manter hábitos alimentares territorializados, reunindo segurança e soberania alimentar. No entanto, existem desafios constantes: prédios dos mercados municipais, transporte, rodovias e abastecimento de água carecem de ações e cuidados públicos. Assim, investimentos pontuais e regulares poderiam contribuir para estimular esses circuitos de negócios que valorizam os atributos produtivos do território. Palavras chaves: Feiras livres. Agricultura familiar. Comercialização agrícola. Vale do Jequitinhonha.
O artigo tem como objetivo apresentar as instituições (normas tácitas e formais) que conformam as feiras no Vale do Jequitinhonha e no norte do estado de Minas Gerais. Essas feiras podem ser compreendidas como mercados territoriais a partir do conjunto de instituições, atores, estruturas e das relações de poder que se constituem no território. Com base na revisão de literatura sobre as feiras e nos referenciais da abordagem institucional de mercados, destacou-se que as relações de confiança, a qualidade e a diversidade de produtos são algumas das principais dimensões pelas quais funcionam e se estruturam as feiras e os mercados locais. O estudo também tentou mostrar que, embora os mercados locais se ordenem em torno de regras e normas próprias, eles estão imersos em um sistema externo de regulação pelos quais operam os mercados globais, tais como normas oficiais de controle, de inocuidade sanitária, leis e preços que geram pressão nos sistemas agroalimentares localizados.
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