O presente estudo buscou investigar se o ensino de uma topografia de resposta verbal em um determinado operante é suficiente para produzir a emissão dessa mesma topografia em outro operante verbal. Buscou ainda investigar se a ordem de treino (i.e. treino de mando – teste de surgimento colateral de tato; treino de tato – teste de surgimento colateral de mando) exerce alguma diferença sobre o desempenho dos participantes. Participaram do estudo 10 crianças divididas em dois grupos diferenciados pela ordem de treino. O Grupo 1 começou com o treino de mando e teste de tato, enquanto que o Grupo 2 iniciou o procedimento com treino de tato e teste de mando. O Grupo 1 era composto por quatro crianças e o Grupo 2 por seis crianças. Foi observado um padrão de independência funcional nas crianças do Grupo 2, já no Grupo 1 foi possível identificar padrões de independência e de dependência funcional entre mandos e tatos. Os dados são discutidos levando em consideração a noção de controle de estímulos, e ainda, apresenta uma visão dinâmica da mudança de independência para a dependência funcional. Palavras-chave: comportamento verbal, operantes verbais, tato, mando, independência funcional
This article reflects on how the COVID-19 pandemic has affected the lives of black men who work as app delivery workers in Brazil. The coronavirus spread affected the demand for delivery services in the last mile delivery without necessarily improving working conditions. We highlight not only how structural racism shapes the daily lives of these workers, revealing experiences of inequality, marginalization, suffering, but also their resistance strategies.
Existe forte influência de atributos corporais na construção de características de raça e gênero. Neste sentido, o cabelo crespo é considerado um símbolo da identidade negra e da resistência levando-se em consideração a existência de uma hegemonia branca que inferioriza e desqualifica o cabelo afro. Nesse artigo se procurou analisar como é percebido aspectos corporais atribuídos a mulheres negras, tendo como foco principal o cabelo crespo das mulheres negras no ambiente organizacional. Pautado por uma pesquisa qualitativa, o estudo utilizou como técnica de produção de dados entrevistas semiestruturadas que, após serem gravadas e transcritas, foram analisadas utilizando-se a análise de conteúdo categorial temática, pela qual encontrou-se as seguintes categorias: a) Negritude, cabelo e família; b) Por meio dos fios: o racismo no cotidiano organizacional das mulheres negras; e c) Para além dos fios: a hipersexualização da mulher negra e o assédio moral. Os resultados apontam para um racismo e sexismo vivido por estas mulheres que vai além dos fios.
Neste artigo, analisou-se discursos sobre o blackface no mundo fashionista e da beleza a partir da busca pela representatividade e pelo protagonismo negro, em contraponto a uma liberdade de expressão artística do profissional da área. Foi investigado um caso de blackface publicado pela empresa de cosméticos Avon em sua rede social. O corpus de análise constituiu-se por discursos presentes nos comentários registrados na referida publicação. Os dados foram categorizados e analisados com base na vertente da análise crítica do discurso teorizada por Dijk (2012). Evidenciou-se que as práticas racistas continuam disseminadas na sociedade e seu reconhecimento ainda é dificultado por sua naturalização. Também foi evidenciado que a percepção do blackface como arte ou prática racista não está diretamente relacionada à cor da pele de quem a analisa, mas à sua percepção cognitiva embasada na sua cultura, experiência de vida, capacidade crítica, conhecimento histórico, entre outros fatores.
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