Resumo: Olhamos para a comunidade macaense 2 e para a sua língua ancestral, o crioulo luso-asiático designado por patuá ou maquista (MAQ), que, enquanto comunidade e idioma minoritárias, veem os seus tradicionais status quo ameaçados. Daremos primeiro uma breve perspectiva diacrónica da formação e evolução desta comunidade e do MAQ; analisaremos a reação da comunidade em momentos de ameaça à continuação da cultura e língua ancestral; e por fim refletiremos acerca da aplicabilidade das atuais estratégias de preservação linguística ao caso do MAQ.Palavras chave: identidade cultural e linguística; obsolescência e preservação de línguas minoritárias. Dos primórdios ao séc. XIXA expansão marítima portuguesa iniciada no séc. XV chegou à costa do sul da China em meados do séc. XVI. A partir de 1557, a Península onde hoje se situa Macau passa a ser permanentemente habitada por portugueses, no interesse de assegurar o comércio com o lucrativo porto de Cantão e, em última instância, o monopólio da rota marítima da prata do Japão. À semelhança da sua presença em outros pontos do Oriente, ao estabelecerem-se em Macau, os portugueses, sempre em notória minoria, trouxeram consigo gentes de várias origens, nações, línguas, religiões e estatutos. Desta feita, desde cedo a comunidade portuguesa em Macau seria composta por reinóis, portugueses nascidos na Ásia, casados e seus filhos mestiços (ou euroasiáticos), e ainda as mulheres asiáticas daqueles, de origens diversas tais como: Índia, Sri Lanka, Malaca, Java, Sião, Timor. Isto para mencionarmos apenas as principais. Conim & Teixiera (1998) fornecem detalhados dados acerca dos números da população de Macau desde o seu estabelecimento até finais do séc. XIX, com base em diversas fontes. Relativamente às comunidades de asiáticos e euroasiáticos em Macau desde os seus primórdios, nos census apresentados por aqueles autores, destacam-se os indo-portugueses. De entre estas regiões, 1 Professor do Departamento de Português e pesquisador do Centro de Estudos Luso-Asiáticos da Universidade de Macau. 2 Empregamos o termo macaense em referência à comunidade de raiz luso-asiática oriunda de Macau. A sua origem provém da mistura sanguínea entre portugueses europeus e asiatizados, lusoasiáticos de outros pontos do Oriente e chineses, promovida pelo estabelecimento dos Portugueses nesta península no sul da China a partir de meados do século XVI.
The Makista (Macau Creole Portuguese) verb paradigm contains two types of verbs derived from the indicative mood of the superstrate: those which do not represent superstrate functions and those which bear functional superstrate inflectional morphology of the simple present, the past perfective and the past imperfective. The distribution of inflection with superstrate functions, however, is inconsistent throughout the three existent corpora of Makista. Such inflectional morphology is not found in Makista’s immediate predecessor – Kristang, or Malacca Creole Portuguese. However it is found among the Indo-Portuguese creoles of Diu, Daman and Korlai. The chapter argues that diachronic differences in the Makista verb paradigm indicate the incorporation of inflectional morphology through a late-stage second language acquisition process occurring during decreolization. This view contrasts with the account proposed by Luís (2008) to explain the presence of inflectional morphology in the Indo-Portuguese Creoles via an early stage second language acquisition process based on a Post-basic Variety.
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