Introdução: As perdas auditivas no Brasil têm sido diagnosticadas ao redor de 2 a 3 anos de idade. Até então, a criança perde informações auditivas e interrompe o circuito da comunicação. Recomenda-se mais de uma técnica para a avaliação da audição. Os profissionais responsáveis devem encontrar a melhor forma de detecção e intervenção, para que crianças nascidas fora dos grandes centros sejam diagnosticadas precocemente. A gravidez de alto risco pode conter indicadores de risco para a deficiência auditiva. Forma de estudo: Clínico prospectivo randomizado. Casuística e Método: Este estudo prospectivo analisou 174 recém-nascidos gerados por mães com risco gestacional, por meio de emissões otoacústicas produto de distorção e pela observação do comportamento auditivo com instrumentos musicais. Os RN estavam em fase de alta hospitalar e com idade corrigida maior ou igual a 37 semanas. Resultado: Houve 23% de Falha na primeira avaliação; após 30 dias de alta hospitalar, numa segunda avaliação, 66,8% destes apresentaram resultado de Passa , sendo que 4,6% tiveram alterações de orelha média e/ou externa. A amplitude das Emissões Otoacústicas, a relação Produto de Distorção/Ruído de Fundo e a reação comportamental foram semelhantes em todas as crianças. Conclusões: As emissões otoacústicas devem ser realizadas após a inspeção e limpeza do MAE. A avaliação comportamental não foi sensível para alterações de orelha média. Mesmo sem inspeção e limpeza do MAE, a utilização concomitante de ambos os métodos forneceu informações sobre o sistema auditivo periférico e central. Os fatores de risco gestacionais não interferiram nas medidas de emissões otoacústicas. Palavras-chave: deficiência auditiva, avaliação audiológica comportamental instrumental, emissões otoacústicas.
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