A cartografia social (CS) tem se configurado como uma importante metodologia participativa para o engajamento político e social de comunidades tradicionais e grupos sociais fragilizados social e economicamente. Na luta pelo território e sua defesa, um processo de CS configura-se como instrumento de produção de conhecimento e mobilização. Tal potencial tem fomentado a incorporação desta metodologia em processos formativos, devido as suas contribuições reais à Geografia Escolar (GE). Neste artigo, objetiva-se problematizar as aproximações entre este tipo de cartografia com a escola, dando enfoque para as contribuições que levem à compreensão do espaço geográfico por crianças e jovens escolares. Os posicionamentos se apoiam na literatura sobre CS, Cartografia e na GE. Como resultados apresentam-se, sumariamente, alguns cuidados a serem observados pelo professor de geografia quando este estiver usando essa metodologia para fins pedagógicos. Dentre estes estão: compreender os princípios da cartografia social; a adequação ao nível de ensino; intencionalidade pedagógica definida; estar aberto ao inesperado; a valorização dos saberes dos escolares, objetivos e subjetivos; o investimento na dialogicidade, criatividade e ludicidade; valorizar a escala local contextualizada em relação às demais dimensões nacional e global; e a compreensão do processo e divulgação do produto (fascículo), com textos, imagens e mapa situacional; Isto posto como forma de engajamento político, proposições e encaminhamentos junto à comunidade. PALAVRAS-CHAVE Cartografia Social. Geografia Escolar. Crianças e Jovens Escolares. SOCIAL CARTOGRAPHY AND SCHOLAR GEOGRAPHY: approaches and possibilities ABSTRACT The social cartography (SC) has been set as an important participative methodology for the social and political engagement of traditional communities and social groups weakened social and economically. In the struggle for the territory and in its defense, a process of SC set itself as knowledge production tool and mobilization. This potential has promoted the incorporation of this methodology on formative processes, due to their real contributions for scholar geography. In this paper, the aim is to problematize the approaches between this kind of cartography with the school, giving focus to the contributions that lead to an understanding of the geographic space by the children and the young people students. The positions are supported by the literature about SC and the scholar geography. The results are showed, summarily, some thoughts to be observed by the geography teacher when he is using this methodology for educational purposes. Among them are: to comprehend the social cartography principles; the adaptation to the learning level; pedagogical intentionality defined; be open to the unexpected; the valorization of the subjective and objective knowledge from the school; the investment in the degree of dialogue [dialogicidade], creativity, and playfulness; to value the contextualized local scale in relation to the other dimensions national and global; and the process comprehension and dissemination of the product (fascicle), with texts, images and the situational map; This put as a way of political engagement, propositions and issues forwards at the community. KEYWORDS Social Cartography. Scholar Geography. Children and young. People students. ISSN: 2236-3904REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO EM GEOGRAFIA - RBEGwww.revistaedugeo.com.br - revistaedugeo@revistaedugeo.com.br
O presente artigo tem como objetivo discutir a qualidade ambiental urbana. Para isso, apresenta o resultado do mapeamento da qualidade ambiental da cidade de Guarapuava – PR. Na confecção do mapa foram considerados os dados censitários do IBGE (2000), quanto à distribuição de água, serviços de esgoto sanitário, coleta de lixo, moradias improvisadas, e também, o mapeamento das áreas verdes urbanas. A partir dos dados foram gerados índices de qualidade ambiental. Os dados indicam que há uma desigualdade socioambiental materializada no espaço urbano de Guarapuava. Considerando também a distribuição de renda, a análise revela uma relação estreita entre a assimetria social e a injustiça ambiental.
RESUMOO texto que apresentamos neste ensaio está diretamente vinculado ao nosso interesse em entender como algumas práticas, tidas como tradicionais, sobrevivem à modernização e são expressas na paisagem por um mosaico de artefatos e ações que contraditoriamente, integram o novo e o velho num mesmo lugar. Abordamos esta complexa temática por meio da pesquisa 1 junto aos pescadores artesanais da Colônia Z4 de Barra Velha/SC. Para tanto, optamos pela metodologia qualitativa, por meio de entrevistas, observação simples e análise documental. Esses sujeitos que tradicionalmente ocupam este espaço, com a chegada do turismo e da pesca industrial a partir dos anos 1960, perderam parte de seu território, mas por meio de suas tradições, têm resistido ao processo de desterritorialização. Resistem porque dependem daquele território como base de subsistência e também por possuírem valores e vínculos com o lugar. Entretanto, os diferentes conflitos socioambientais vinculados diretamente ao processo da disputa por território, são, via de regra, os principais fatores que comprometem a permanência e reprodução social deste grupo de pescadores. Palavras ABSTRACTThe text presented in this paper is directly related to our interest in understanding how practices seen as traditional, survive to the modernization and are expressed in a mosaic landscape of artifacts and actions, which paradoxically integrate at the same place old and new things. We study this complex issue through research with artisanal fishers along the Z4 Colony Barra Velha/SC. To this end we chose a qualitative methodology using interviews, simple observation and documental analysis. Those people who traditionally occupy this space, with the arrival of tourism and fishing industry from the 1960s, have lost part of its territory, but through their traditions have withstood to the deterritorialization process. They resist because its territory is their life support and because they have links and values in this (and to the) place. However, the different environmental conflicts directly linked to the competition process for territory, are the main factors that impair the permanence and social reproduction of the fishermen group.
Este artigo é resultado de pesquisas e atividades extensionistas realizadas pelos autores e, tem como objetivo analisar como a apropriação social da natureza pelos faxinalenses contribui para a conservação dos patrimônios ambientais inerentes a esse sistema social, sendo eles bens materiais e imateriais. Esses bens evidenciam uma identidade tecida em torno do uso e da ocupação da floresta. Através da contextualização de duas realidades paranaenses, Faxinal dos Ribeiros, no município do Pinhão e Faxinal Anta Gorda, no município de Prudentópolis, apresenta-se a relação dos faxinais com a Floresta com Araucárias, bem como a pressão exercida por interesses alheios aos faxinalenses. Esses interesses geram conflitos territoriais e dificultam a vida dos faxinalenses.
A formação inicial é um grande desafio tanto para o acadêmico quanto para o professor formador, pois precisa ser pensada para que se possa compreender os diferentes aspectos da prática profissional, articulando o conhecimento da área específica àqueles próprios da educação. Portanto, o distanciamento entre o que é aprendido na instituição formadora e o conhecimento necessário às escolas é o dilema a ser superado. Nesse contexto, as mudanças propostas às licenciaturas, por meio das Diretrizes Curriculares Nacionais (de 01/2002 e 02/2015) têm impulsionado as discussões sobre as demandas da sociedade e do mundo do trabalho. Diante do exposto, o presente texto tem o objetivo de apresentar como algumas Instituições do Ensino Superior (IES) no Paraná têm organizado os currículos do curso de Licenciatura em Geografia, quanto à inclusão da prática como componente curricular obrigatório. Como metodologia adotou-se a análise documental dos Projetos Curriculares dos Cursos de Geografia de três IES públicas estaduais do Paraná, nominadas no trabalho como IES 1, 2 e 3. As categorias de análise foram: contextual, conceitual e operativa, com base nos estudos de Eyng (2002). Verificou-se na pesquisa, que todas as IES atenderam à resolução nº 01/2002, mas ainda estão em processo de elaboração das mudanças propostas pela resolução nº 02/2015. Nas IES 1 e 3, as disciplinas destinadas às práticas como componente curricular incentivam o acadêmico a refletir sobre a educação, o ensino de Geografia e prática pedagógica do professor; estimulam a pesquisa em educação e em ensino da Geografia; e apresentam novas metodologias de ensino, para a intervenção nos ensinos fundamental e médio. Enquanto a IES 2, demonstra ter menos clareza quanto à compreensão da prática como componente curricular, na medida em que o curso não apresenta uma identidade específica e, embora carregue a nomenclatura de “Licenciatura”, está mais voltada ao bacharelado.
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