RESUMO Este artigo se propõe a refletir sobre uma experiência específica: a minha participação em uma performance de Marina Abramović chamada The Artist is Present, ocorrida em março de 2010, no Museum of Modern Art (MoMA), na cidade de Nova Iorque. A partir dessa reflexão, vários aspectos são abordados, dentre eles, a questão da presença e a sua relação com a visão. Quando o campo em exame é o das artes da cena, muitas vezes, a visão pode ser enganadora, pode funcionar quase como um obstáculo para a instauração de experiências.
Se por um lado o termo "dramaturgia" remete à arte de escrever textos dramáticos, que implica por sua vez a existência de princípios e regras que devem ser seguidos a fim de que tais textos sejam produzidos, por outro se pode reconhecer uma expansão significativa no uso desse termo ao longo do século XX. Ao relacionar a dramaturgia com os modos de confecção de textos dramáticos, percebe-se que a partir do Simbolismo emergem de maneira mais profunda algumas tensões em relação à representação.Os textos dramáticos se tornam a partir de então não somente a reprodução de uma realidade objetiva, mas passam a ser a representação de "realidades", de mundos interiores, de abstrações, de sonhos, do que é impalpável.Dentre os fatores que contribuíram de maneira significativa para as ulteriores ampliações da noção de dramaturgia no assim chamado Ocidente, cabe ressaltar o trabalho desenvolvido por Bertolt Brecht, assim como as elaborações feitas por Antonin Artaud.De maneiras diferentes, eles foram determinantes para a consolidação, em âmbito teatral, dessas ampliações. De fato, através do trabalho do artista alemão, a noção de dramaturgia passa a estar relacionada não somente com a escritura de textos dramáticos, mas com a articulação dos diversos elementos que compõem a cena.
A cinética do invisível.
Nosso conceito de performance é mais amplo, enquanto que, para Schechner e os falantes da língua inglesa, esse conceito é mais restrito. Em inglês, quando se fala em teatro, pensa-se em dramaturgia; enquanto na Alemanha, falamos em teatro quando há performances, sejam elas provindas da dramaturgia, do teatro não dramático, da dança ou ópera etc. E, além disso, também falamos em teatro quando alguém faz uma cena na rua, mesmo que não seja algo muito elaborado, mas com pessoas assistindo. Quando os estudos teatrais surgiram na Alemanha dentro da academia, começaram como uma disciplina sobre performances. Isso foi muito bem colocado por Max Herrmann, o fundador dos estudos teatrais aqui em Berlim. Tínhamos disciplinas de literatura, mas o foco estava no texto; não tínhamos algo sobre performances. E uma vez que precisávamos de uma, a disciplina acadêmica Estudos Teatrais foi criada, com o objetivo de lidar com as performances. Por que é assim, é difícil dizer, pois a discussão em inglês envolve a diferença entre teatro e performance. Para nós, tudo é teatro. Então, não há dicotomia.Não. Essa é a abordagem de Austin, que você não pode utilizar para outros, porque se você considera o ato da fala, por exemplo, "Eu vos declaro marido e mulher", essas são palavras executando o que é dito, isso é autorreferencialidade; elas Sobre o conceito de performativo
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