Falling is an important event for older adults as they might cause physical and psy-
Identificando a revista Movimento como uma instituição vinculada à história da Escola de Educação Física da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, nesse artigo buscamos compreender como ocorreu o processo da sua produção/repercussão, a partir do momento em que se especializou como um periódico da educação física em interface com as ciências Humanas e sociais (2003-2010). As respostas vinculadas a esse objetivo foram obtidas a partir de análises de entrevistas semi-estruturadas realizadas com editores e ex-editores do periódico, assim como com pessoas em destaque no contexto da acadêmico/científico da Educação Física Brasileira; também foram analisados documentos vinculados à produção periódica em geral à revista Movimento em particular. Pode-se concluir que o processo de especialização da revista se vinculou à tensão existente no campo acadêmico/científico da Educação Física Brasileira. O sentido deste periódico não é redutível à socialização do conhecimento, mas engloba, também, um sentido de representatividade e de avaliação/classificação no campo, com profundos vínculos com a pós-graduação, com quem tem uma imbricação visceral. Isto fez parte de um processo que se impulsiona no momento de sua especialização e outros esforços vinculados às lógicas do campo científico. A revista Movimento é, assim, produto e resultado do seu desenvolvimento e do desenvolvimento da subárea das socioculturais, onde se consolida como um capital.
Desde os anos 2000 ocorreram ampliações e intensificações da comunidade de pesquisadores(as) e dos aparatos científicos comprometidos com a Educação Física (EF). Esse processo aconteceu/acontece em meio a diversos tensionamentos que passaram a ser problematizados em estudos e debates. Instigados por esses fatos e problematizações, o objetivo desta pesquisa é compreender de que modo se faz ciência na EF brasileira. Para isso realizamos um estudo etnográfico em dois grupos de pesquisa da EF, em que seguimos humanos e não humanos, associações e controvérsias. Ao acompanhar o dia a dia desses grupos chegamos à conclusão de que há múltiplas ciências da EF. Diante dessa constatação, o principal encaminhamento e provocação desta pesquisa é que ao indagar sobre a ciência da EF (note-se, no singular) passa a ser indispensável indagar sobre os tipos de relações que foram e estão sendo estabelecidas Educação Física. Ciência. Antropologia Cultural. Conhecimento.
Este estudo retrata a análise da relação entre a noção de organização quando aproximada “da várzea”. Fizemos isso tendo como base um estudo etnográfico multilocalizado realizado entre fevereiro de 2009 e dezembro de 2011, num circuito de futebol da cidade de Porto Alegre, reconhecido como “Municipal da Várzea”. Nesse circuito foram produzidas diferentes trajetórias de imersão, com o intuito de seguir pessoas, práticas e artefatos relacionados aos processos de organização das competições e dos times. Procuramos mostrar como a “organização varzeana” resulta da tensão entre dois modelos, aqui compreendidos a partir das categorias “mais próximo do profissional” e “aqui é a várzea”. Com base no exercício de análise do campo empírico, pudemos entender que a expressão “uma várzea”, no universo da organização futebolística estudado, não pode ser compreendida simplesmente como falta ou carência de organização, mas sim enquanto construções locais que não estão suscetíveis tão somente às lógicas de um universo simbólico, pois dependem do reconhecimento de dinâmicas e agenciamentos da vida cotidiana que vão para além do jogo propriamente dito.
O trabalho está vinculado a um debate acadêmico sobre a diversidade cultural das práticas esportivas, especialmente quando isso é tratado na interface com os estudos do lazer. Nesse contexto, apresento um conjunto de questões na expectativa de problematizar a noção de ‘time’ quando ela é tomada na perspectiva de um ‘circuito urbano de lazer’ denominado de ‘municipal da várzea’, desenvolvido na cidade de Porto Alegre. Ao longo do texto, trazendo a experiência de uma pesquisa etnográfica multilocalizada e um estranhamento em torno dos ‘times de camisa’, procuro analisar invenções sociais que não denotam a tradição dos ‘clubes esportivos’, mas que se materializam ‘nos times’ e conferem sentido ao pertencimento e à circulação dos jogadores. Essas ‘outras tradições’, aqui tomadas como lugares-personagens, são os ‘conhecidos do futebol’, os ‘grupos-famílias’, as ‘diretorias’ e os ‘diferenciados’. Tais ‘tradições varzeanas’ ajudaram a compreender ‘os times’ como justaposições de distintas mobilizações, materializando uma infinidade de arranjos de lugares-personagens.
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