O artigo apresenta uma investigação sobre uma experiência de inovação de ensino de matemática registrada em um caderno de uma aluna que frequentou o segundo ano do curso primário do Instituto de Educação General Flores da Cunha, na cidade de Porto Alegre, no ano de 1968. Trata-se de uma abordagem da multiplicação inspirada no conceito de produto cartesiano de conjuntos e orientada para o que é denominado, atualmente, pensamento combinatório. A instituição, dedicada à formação de professores primários, ofereceu um Curso de Didática da Matemática Moderna na Escola Primária desde 1966. Por meio do cruzamento de fontes diversas, a pesquisa identifica as conexões entre a experiência registrada no caderno, os estudos promovidos no Curso e as publicações de autores engajados no movimento da Matemática Moderna. Também são tecidas considerações sobre o currículo praticado naquela escola, sobre o poder criativo da cultura escolar e sobre as ressonâncias da Matemática Moderna nas produções correntes sobre o ensino de Matemática para os anos iniciais da escolarização.
O artigo apresenta e faz uma reflexão sobre um experimento de ensino ocorrido no primeiro semestre de 2017 em um curso de formação inicial de professores de matemática, numa universidade pública do Rio Grande do Sul. Em linhas gerais a proposta relacionou matemática, história em quadrinhos e tecnologias digitais. A partir dos conceitos de zona de risco e zona de conforto encontrados e explorados na literatura, foi construída e aplicada uma proposta de ensino, de caráter experimental, numa disciplina de graduação. A título de inferência, os resultados e reflexões realizadas posteriores ao experimento contribuem na área de Educação Matemática, destacando-se os desafios inerentes do fazer docente, já presentes na formação inicial do professor de matemática.
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