Aquele homem lá diz que as mulheres precisam de ajuda para subir nos coches, que precisam ser erguidas para passar sobre valetas e que sempre precisam ter os melhores lugares. Jamais alguém me ajudou a subir nos coches, a passar sobre uma poça de lama, ou me ofereceu o melhor lugar! E não sou eu uma mulher? Olhem para mim! Reparem nos meus braços! Trabalhei com o arado para plantar, levei os animais para as estrebarias, e nenhum homem pode mais do que eu. E não sou eu uma mulher? Trabalhei e comi tanto quanto um homem o pode fazer -isto é, quando havia o que comer -e também agüentei o chicote tão bem quanto eles! E não sou eu mulher? Tive treze filhos, e vi quase todos serem vendidos como escravos, e quando minha angústia de mãe me fez gritar apenas Jesus me ouviu, ninguém mais! E não sou eu mulher?(Sojourner Truth, 1797-1833. Abolicionista, oradora, ativista pelos direitos das mulheres e dos afro-americanos, especialmente os escravos libertados e fugitivos. Nascida na escravidão, emancipou-se aos 30 anos de idade).
Trabalhando com a perspectiva do construcionismo social sobre a sexualidade, este artigo tem por objetivo problematizar o surgimento das identidades sexuais modernas. Identifico, por um lado, a "invenção" da homossexualidade (e, portanto, da heterossexualidade) na produção discursiva da sociedade vitoriana. Por outro lado, discuto a forma em que essa nova categoria torna-se base de uma luta política que reivindica a diversidade sexual, enfocando principalmente a evolução de políticas de orientação sexual na sociedade norte-americana do século XX.
Although classical sociology was not always oblivious or indifferent to the embodied dimensions of social relations, contemporary sociology has developed new perspectives and frameworks for understanding the body as a social and cultural construct and fundamental element in material and symbolic processes of power and conviviality. What do contemporary sociological approaches contribute to our understanding of corporeality and embodiment? What kind of changes does this represent in relation to classical perspectives? How do different theoretical approaches connect to contemporary interests and empirical research? The present article attempts to answer these questions, looking at the development and diversification of sociological approaches to the body, from Elias and Bourdieu to contemporary feminist, Foucauldian post-structuralism and queer theories. The authors highlight current research that is intersectional, international and path-breaking. They also pay particular attention to connections between the social, cultural and the political, as expressed in and through bodies, and point to the unresolved nature of the relationship between narrative, discourse and the materiality of the body.
Discussões teóricas e estudos empíricos recentes mostram que, nas sociedades contemporâneas, as identidades sexuais e de Gênero realmente vividas extrapolam as rígidas dicotomias homem/mulher e masculino/feminino que fazem parte do projeto da ordem social moderna. Este trbalho apresenta uma pesquisa em andamento dobre experiências de vida de travestis e transexuais atualmente radicais na cidade de Curitiba, que etem por objetivo obetr uma maior compreensão dos processos de construção de identidade nesta população "transgênero". Identificamos como particularmente importantes os processos de interação social através dos quais as nossas informantes se autodefinem e são definidas pelos outros. Constatamos qua as fortes dicotomias sobre gênero que ainda operam na cultura atual fornecem tanto os termos com os quais as travestis e transexuais se autodefinem, quanto as bases para a estigmatização à qua continuam sujeitas.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.