Pesquisar e educar para as relações étnico-raciais na educação infantil: uma luta contra o ruído do silêncio Resumo: O presente artigo tem como objetivo analisar a importância da educação para as relações étnico-raciais na educação infantil (E.I.), a partir de dados coletados em Salvador (Brasil) fazendo um contraponto com uma experiência de pesquisa em Braga (Portugal). Do ponto de vista teórico-metodológico baseia-se numa abordagem qualitativa de cunho exploratório, com a utilização da pesquisa bibliográfica e documental, bem como incidentes críticos. Os resultados mostram que existe uma fala das crianças sobre as relações raciais, o silêncio dos adultos no espaço da família e da escola. Diante disso, a educação na/para a diversidade se coloca como um desafio/possibilidade de prática pedagógica promotora da igualdade na E.I, na perspectiva da compreensão das crianças enquanto sujeitos históricos, sociais, culturais e portadores de direitos e da participação das mesmas na construção de uma sociedade mais humana e com mais equidade.Palavras-chave: Educação. Educação Infantil. Relações Étnico-Raciais. Research and education for ethnic-racial relations in children education: a fight against the silence noiseAbstract: This article aims to analyse the importance of education for ethnic-racial relations in early childhood education, based on data collected in Salvador (Brazil) and does a counterpoint with a research experience in Braga (Portugal). From a theoretical and methodological point of view, it is based on a qualitative exploratory approach, with the use of bibliographical and documentary research and critical incidents. The results show that there is a talk of children about race relations, the silence of adults in the space of family and school. In this context, education in diversity poses as a challenge / possibility of pedagogical practice promoting equality in Early Childhood Education, in the perspective of understanding children as historical, social, cultural and rights-bearing subjects and participants on the construction of a society more humane and more equitable.
O artigo tem como objetivo analisar o campo da formação em Pedagogia, a partir do reconhecimento da importância da Educação para as Relações Étnico-Raciais como elemento estruturante na construção de uma educação antirracista. Do ponto de vista metodológico é uma abordagem qualitativa de cunho bibliográfico. Inicialmente, reflete-se sobre a formação do pedagogo, a partir das determinações legais que devem fundamentar a implementação do ensino da história e cultura africana e afro-brasileira no currículo escolar – LDB 9.394/96 alterada pelas Leis 10.639/03 e 11.645/08, Resolução CNE/CP 01/2004; Parecer CNE/CP 03/2004 que institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana e o Plano Nacional para implementação dessas Diretrizes (2009). Aborda-se a importância da construção de espaços de produção de conhecimentos que questionem as bases do pensamento racista no Brasil na perspectiva discutida por Gomes (2012), partindo da construção de propostas comprometidas com a superação do racismo e que apontem para um novo paradigma de educação. As reflexões propostas por Carneiro (2005), Rodrigues, Cardoso e Silva (2019), Petit (2015, 2016), Gonçalves e Silva (2007), questionam o epistemicídio e colaboram para repensar a formação em pedagogia enquanto espaço importante de construção de referenciais teórico-metodológicos e de reconhecimento das epistemologias negras, apontando possibilidades de ressignificações curriculares e pedagógicas. Com isso, reconhece-se que uma mudança epistemológica e a descolonização dos currículos são parte das mudanças necessárias no campo da formação dos profissionais da educação e, em especial, dos(as) pedagogos(as).
O artigo tem como objetivo analisar como a vida das crianças negras de um Centro Municipal de Educação (CMEI) em Salvador - e de suas mães - tem sido (re) inventadas no contexto da pandemia da Covid-19. Para tanto, discute-se o racismo, elemento estruturante da sociedade, documentas legais que amparam as crianças e as infâncias destacando o direito à vida e a educação, fazendo um contraponto com as narrativas dos sujeitos da pesquisa. Do ponto de vista teórico-metodológico é uma abordagem qualitativa de cunho exploratório, respaldada por Rosemberg (1996), Cavalleiro (2003), Dias (2007), Abramovicz (2016), Nunes (2016), Franco; Ferreira (2017), entre outros. Os resultados encontrados apontam que o pertencimento étnico-racial e as condições materiais de existência organizam a vida dos sujeitos da pesquisa. Conclui-se que as crianças negras e suas mães têm um “jeito negro de ser e viver” (MAKOTA VALDINA, 2005), ancorado nos valores civilizatórios afro-brasileiros (TRINDADE, 2010), e que isso impacta na forma como elas (re) inventam a vida, construindo estratégias individuais e/ou coletivas para ser/estar no mundo.
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