A Terapia Ocupacional utiliza atividades como recursos terapêuticos, tais como as Atividades de Lazer, podendo o esporte ser uma delas. Esta pesquisa teve como objetivos caracterizar, pela percepção dos paratletas de handebol, os benefícios e as limitações na prática esportiva, e discutir as ações do terapeuta ocupacional nesse âmbito. O instrumento metodológico utilizado foi a entrevista estruturada, audiogravada e posteriormente transcrita. Sete paratletas de Handebol adaptado foram entrevistados, sendo todos homens, com idades entre 32 e 51 anos. Os sujeitos destacaram, dentre os benefícios da prática esportiva, a melhoria de aspectos sociais, controle emocional e controle motor, além de compreenderem a atividade como promotora de benefícios para a saúde. As dificuldades foram menos relatadas, se comparadas aos benefícios, porém foram mencionadas as questões financeiras e as limitações motoras. Em relação aos profissionais da saúde, os entrevistados destacaram os fisioterapeutas e ortopedistas, porém identificaram que o terapeuta ocupacional também pode atuar no campo esportivo. Discute-se que o terapeuta ocupacional pode contribuir para o reconhecimento da funcionalidade, dos facilitadores e barreiras na realização da atividade esportiva e que essas, entendidas enquanto lazer, podem ser ampliadas e incentivadas pelos profissionais que atuam na atenção básica, ampliando o acesso e promovendo a participação na comunidade, como previsto nas estratégias da Reabilitação Baseada na Comunidade. Assim, o terapeuta ocupacional, ao atuar no campo do esporte adaptado, pode contribuir para o desenvolvimento da atividade, considerando seu conhecimento sobre as ações humanas e sua contribuição para a autonomia e a qualidade de vida.
O cotidiano compreende as atividades laborais, de lazer, de estudo, de autocuidado, de convívio social, entre outras, sendo também considerado como uma perspectiva de análise e intervenção orientadora da prática do terapeuta ocupacional. A condição de deficiência pode, muitas vezes, afetar a realização dessas atividades. O artigo tem como objetivo apresentar as dificuldades e possibilidades de realização de atividades cotidianas de jovens com deficiência. Com base no método Photovoice, que prioriza o ponto de vista do pesquisado, quatro jovens realizaram fotografias de atividades, locais, ou objetos relevantes em seu dia-a-dia, em uma semana típica de suas rotinas. Uma segunda rodada de fotografias referentes aos obstáculos enfrentados cotidianamente foi realizada, e apenas dois jovens participaram. A análise das fotografias ocorreu em conjunto com os participantes, quando relataram individualmente para a pesquisadora o contexto e motivos de realização das fotos. No texto comparou-se os registros de dois jovens, identificando diferenças extremas em seus cotidianos. O relato e reflexão sobre as fotos foi considerado significativo para um dos participantes que afirmou ter gostado de realizar os registros fotográficos. Pelas imagens, registradas pode-se observar que um dos participantes tem menos oportunidades de participação social, uma vez que seus registros foram todos realizados dentro de sua casa. Ambos participantes registraram limitações voltadas sobretudo às condições de acessibilidade arquitetônica e geográfica, seja dentro de casa ou em espaços de uso coletivo, revelando a grande interferência desses impedimentos para sua vida cotidiana. Abstract The daily life is marked by work, leisure, study, self-care, social interation, also considered as a perspective and analysis of the occupational therapist's practice. The disability condition can often affect the performance of these activities. The article aims to present the difficulties and possibilities of carrying out daily activities of young people with disabilities. Based on the Photovoice method, which prioritizes from the subject's point of view, the youngsters took photographs of relevant activities, places, or objects in their daily life in a typical week of their routines. A second round of photographs regarding the obstacles faced daily was held, and only two young people participated.. The analysis of the photographs occurred together with the participants, when they individually reported to the researcher the context and reasons for the photos. In the text, the records of the two young people were compared, identifying extreme differences in their daily lives. The report and reflection on the photos was considered significant for one of the participants, who liked to carry out the photographic records. From the recorded images, it can be observed that one of the participants has fewer opportunities for social participation, since their records were all carried out inside their house. Both participants registered limitations mainly on the architectural and geographical accessibility conditions, either indoors or in spaces of collective use, revealing the great interference of these impediments to their daily life.Keywords: Daily life; Photography; Young with disabilities; Occupational therapy.
A Tecnologia Assistiva (TA) objetiva funcionalidade, independência, autonomia e qualidade de vida das pessoas com deficiência, por meio de recursos, estratégias, serviços e equipamentos. Seus possíveis usos na Educação Física são as adaptações nas regras, atividades, no ambiente ou nos materiais, sendo desconhecido o contato efetivo com esse conteúdo na formação profissional. Esta pesquisa objetivou investigar as formas de atuação dos professores de Educação Física envolvendo alunos com deficiência e os meios de adaptação de suas aulas, sondando a respeito do uso da TA. A pesquisa é de cunho qualitativo, envolvendo procedimentos da análise de entrevistas semiestruturadas com seis professores de Educação Física. Quanto aos relatos, identificou-se adaptações e improvisos nas atividades envolvendo alunos com deficiência, sendo que a TA não é conhecida pela maioria. Dada a incipiência do uso da TA, uma solução direcionada aos cursos de Educação Física seria trazer em suas disciplinas maiores possibilidades de aproximação com a realidade escolar e da pessoa com deficiência, além de abordagem curricular da Tecnologia Assistiva, como ferramenta na prática docente. Palavras-chave: Tecnologia assistiva. Educação física escolar. Educação especial.
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