Este artigo discute a docência sob a perspectiva de ações colaborativas com uso de tecnologias no ensino de matemática. Essas ações são vinculadas a uma pesquisa em andamento que incentiva e investiga a produção de vídeos com conteúdo matemático, por educadores e educandos. O processo de produção de vídeos viabiliza a relação horizontal, como defendidas por Freire, nas aulas de Matemática e fora dela, além de proporcionar uma formação matemática crítica. A pesquisa apresentada tem o formato de projeto integrado e segue uma abordagem qualitativa fazendo uso de procedimentos como entrevistas e observação participante em ambientes presenciais e virtuais. Essa pesquisa desenvolve a produção de vídeos nos diferentes níveis de ensino, além de criar Festivais de Vídeos. A análise é fundamentada no construto teórico Seres-Humanos-Com-Mídias. Para esse artigo, discute-se um dos vídeos produzidos para o I Festival de Vídeos Digitais e Educação Matemática, em que, por meio da análise dos relatos de uma entrevista, evidencia-se a relação horizontal presente no diálogo entre educador e educandos, além de destacar as possibilidades da mídia vídeo na prática do professor, na forma de expressar ideias matemáticas e na investigação de questões sociais.
This paper aims to present how video production is impacting the classroom, mathematics students and teachers in Brazil, as well as mathematics knowledge production developed with this media. Digital video Festivals with mathematical content are being implemented in Brazil, locally and nationally. One of them is Mathematics Education Digital Video Festival, organized by the Research Group in Informatics, Other Media and Mathematics Education, GPIMEM. In this century, video is earning space as a pedagogical approach in either face-to-face or distance education, even before the COVID-19 pandemic. Currently, considering social distance, the use of videos became an imposed reality to students and teachers. Students and teachers with different level of experience or age started to realize possible positive effects regarding the reorganization of the classroom by the presence of mathematical videos. However, other aspects provided negative effects: for example, inequalities in homes and mobile access impacted equal opportunity to all. This paper will summarize the use of mathematical video in the last century and discuss what is happening this century. We will revise some research developed, mainly in Brazil, that shows how the classroom does not fit in a parallelepiped model. Internet, videos and software combined are "things" that have agency and are co-participating in learning and teaching mathematics. The organization of festivals of videos have become important not only in Brazil but elsewhere in many formats either nationally or internationally, in a way to create challenges, exhibitions, cultural mix that aim to show mathematics applications to the general public. In particular, this article reports on parts of a qualitative research that investigated participants of the first edition of the referred national festival. As a result, we look for the comprehension of following the discussions of qualitative transformations regarding the use of videos in classrooms and mathematics knowledge production, as this new setting suggests that digital technologies arrived in XXI century to collaborate with learning. This article will be supported by a theoretical perspective on technology based on the notion of humans-withmedia. In such a perspective knowledge is seen as being constructed by humans and different media and different artifacts. This article shows how such a perspective may help us to cope with the classroom of the XXI century, including the classroom that during the pandemic include students' and teachers' homes.
Este artigo apresenta pesquisas relacionadas ao uso de tecnologias na exploração matemática nas diferentes fases das tecnologias digitais. A divisão dessas fases inicia-se por volta dos anos 1980 e compreendem os dias atuais, de modo a se formar quatro fases que não são disjuntas. Para isso, enfatiza-se uma mesma atividade investigativa nas mídias calculadora gráfica, computadores e celulares inteligentes, discutindo as possibilidades e limitações de cada mídia. Aponta-se os celulares inteligentes como a principal tendência futura no que tange as tecnologias digitais em sala de aula de Matemática na Educação Básica. Com a discussão realizada é possível afirmar que o sucesso de uma atividade com o uso de tecnologias se dá a partir de uma atividade bem elaborada, que favoreça a investigação e a criação de conjecturas pelos alunos. Além disso, fatores como pouca formação do professor no que tange o uso das tecnologias para o ensino da matemática, estrutura curricular não flexível e a dificuldade na elaboração de atividades com tecnologias, geram barreiras no trabalho do professor.
Este artigo visa apresentar o processo de criação, divulgação e realização do I Festival de Vídeos Digitais e Educação Matemática, vinculado a um projeto de pesquisa de maior envergadura. Para isso, destaca-se como surgiu a proposta de se realizar festivais, as tentativas de auxílios, as interações entre os envolvidos e a equipe do E-licm@t-Tube nos diferentes momentos ao longo de 2016 e 2017, de modo a evidenciar o trabalho coletivo. Relata-se as estatísticas do I Festival tais como: o número de submissões em cada categoria, número de estados participantes, alguns relatos dos participantes, além de apresentar pesquisas relacionadas ao I Festival. A metodologia de pesquisa é qualitativa, de modo que os instrumentos para a produção de dados são questionários e entrevistas com os envolvidos e a análise dos dados ocorre por meio da triangulação de dados, para se entender as particularidades desse primeiro festival. Resultados de pesquisa já foram obtidos fora do I Festival com atividades na sala de aula e atividades de festivais locais, com esse ambiente maior criado, espera-se desenvolver um cenário para a pesquisa de modo a atingir os objetivos de pesquisa do projeto.
No início dos anos 2000, a Educação Financeira (EF) começou a ganhar destaque em âmbito internacional, a partir de uma pesquisa desenvolvida pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Em 2010, com a Estratégia Nacional de Educação Financeira (Enef), esta temática chega aos documentos oficiais brasileiros, gerando alguns primeiros movimentos na busca de um educar financeiramente os cidadãos. Mais recentemente, com a homologação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) para as etapas do Ensino Fundamental, em 2017, e do Ensino Médio, em 2018, a EF ganha mais espaço na Educação Básica. Tendo em vista este cenário, este artigo visa discutir as compreensões que estudantes dos Anos Iniciais e Finais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio possuem acerca da expressão Educação Financeira. Assumindo os pressupostos da pesquisa qualitativa, foram desenvolvidos e aplicados questionários a 222 alunos de uma escola particular do interior do estado de São Paulo. A análise dos dados ocorreu mediante a elaboração de categorias de codificação e os resultados indicam que os alunos investigados percebem a EF na escola como um espaço que possibilita a discussão sobre organização pessoal, operações em situações de compra, consumo e investimentos.
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