This paper addresses forensic science service, and its main goal is to argue that considering forensic science activities as a service operations process that takes place in an interorganizational network might increase the impartiality of the Criminal Justice system delivered to its main customers. The service in Minas GeraisResumo: O objeto deste artigo é o serviço de perícia criminal e seu principal objetivo é argumentar que o enquadramento das atividades desenvolvidas pela perícia criminal como um processo de operações em serviço que ocorre em uma rede interorganizacional pode incrementar o valor da imparcialidade da Justiça Criminal entregue a seus principais destinatários. Tomando-se o serviço de perícia criminal em Minas Gerais como estudo de caso, analisou-se o valor a partir da perspectiva das consequências para os destinatários e dos recursos utilizados para produzi-las. Como resultado, obteve-se que a utilidade do serviço de perícia criminal é produzir a prova da materialidade do crime e vincular o autor à cena do crime e, assim, contribuir para a elucidação do delito. O valor do serviço foi definido considerando as condições de acesso para todos os envolvidos, principalmente para os segmentos excluídos da sociedade. Avaliou-se também a inclusão social que, no serviço de perícia criminal, traduz-se na investigação de delitos, sem que seja necessário submeter os suspeitos a constrangimentos. Concluiu-se que a perícia criminal é um meio para a realização do valor de imparcialidade da Justiça e as competências dos peritos constituem seu principal recurso. Este artigo permite refletir sobre as dificuldades de aplicar conceitos de gestão de serviços a uma organização pública com diversidade de públicos e com valor fluido e pouco definido, porém importante, como esta.Palavras-chave: Perícia criminal. Valor de serviço público. Gestão de operações de serviços.
Esse artigo busca explorar a utilização do conceito de redes em processos migratórios. Nesse campo de estudos, o enfoque de redes sucedeu a aplicação da noção de cadeias migratórias, de certo modo ampliando-a. Estas, por sua vez, vinculam-se a uma forma específica de migração nos quadros de uma tipologia mais ampla. Após retraçar a gênese de aplicação do conceito de redes em processos migratórios, este artigo mostra como informações e recursos providos por meio de redes influenciam tais processos; compara as vantagens da utilização do conceito, em relação a outros paradigmas explicativos, para esclarecer tanto a escolha de destinos como a inserção no mercado de trabalho na sociedade receptora; e discute as oportunidades e as dificuldades de emprego do conceito de redes nos estudos migratórios. Com base em exemplos de experiências migratórias colhidos na literatura, argumenta-se que a noção de redes é crucial a todos os que almejam entender migrações-históricas ou contemporâneas-como um processo social. * Agradeço as sugestões dos pareceristas da Tempo Social, que contribuíram para a versão final deste artigo.
As empresas operam em um ambiente estruturado por vínculos estabelecidos com outras empresas e também com fornecedores, clientes concorrentes, instituições reguladoras, etc. Dessa forma, elas estão estrutural e relacionalmente imersas em redes de outros atores. Morfologicamente, toda rede é composta pelos nós (atividades ou empresas), posições na estrutura, ligações e fluxos entre os atores. A partir da análise morfológica e das propriedades da rede, é possível compreender como posições privilegiadas na rede refletem o acesso a recursos, informações, normas e legitimidade. Este artigo analisa como o posicionamento estrutural e relacional dos fornecedores de autopeças no consórcio modular condicionou a difusão do conhecimento, a criação de mecanismos de controle e a modificação das relações de poder entre montadora e fornecedores. Nesse sistema, toda a montagem dos veículos é realizada pelos modulistas instalados dentro da planta da montadora. A pesquisa caracteriza-se como um estudo exploratório e descritivo realizado por meio de multicasos, envolvendo uma montadora (consórcio modular) e dois fornecedores de autopeças (modulistas). A coleta de dados primária foi realizada in loco por meio de observação e entrevistas em profundidade com diretores de produção das empresas mencionadas e da análise de documentos. As conclusões da pesquisa revelam que as redes densas e coesas, caracterizadas pelo consórcio modular, promoveram canais de difusão e transbordamento (spilllovers) dos conhecimentos técnicos e gerenciais entre a montadora e os modulistas estudados. Em contrapartida, a rede densa gera estruturas distintas de controle, altamente institucionalizadas, e redistribui o poder decisório em favor dos modulistas.
Palavras-chave: Teoria das organizações; Institucionalismo; Poder nas organizações; Dinâmica organizacional.Abstract: This paper analyzes how different approaches of organizational analysis use the notion of 'field'. The philosophical grounds and proposals that motivated the usage of this concept in the social sciences, associated to a specific relational approach illustrated by the sociological approach of Bourdieu, are taken as a reference. Identifying the genesis and paying particular attention to the configuration of scientific concepts in this approach, theoretical tools of sociological institutionalism in organizational analysis and the strategic action field approach are discussed. The paper concludes that overcoming limitations commonly associated to neoinstitutionalism involves reconfiguring its conceptual tools. A broader and more flexible concept of field, intrinsically articulated with conceptions of action and power, is considered to be particularly relevant.
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