RESUMONo Brasil, a violência se apresenta como um problema de saúde pública que atinge a população em larga escala, incluindo as crianças. Em função disso, este estudo trata-se de uma revisão sistemática sobre a violência infantil no Brasil e suas consequências psicológicas na criança, cujo objetivo foi buscar na literatura os efeitos psicológicos dessa violência na criança e de que maneira esta interfere em seu desenvolvimento biopsicossocial. As bases de dados escolhidas foram SciELO e PubMed. Os descritores usados foram "child abuse", "child abuse and Brazil", "violence against child", "psychological effects of child abuse in Brazil" e "consequences of child abuse in Brazil". Os critérios de exclusão dos estudos foram: artigos que não correspondiam aos descritores através do título, resumo, leitura na íntegra, artigos repetidos e idiomas (excluídos aqueles que não estavam em inglês, português ou espanhol). De um total de 291 artigos encontrados, restaram 36 para análise. Detectou-se nesta revisão sistemática distintos tipos de violências contra crianças, sendo evidenciadas pelos estudos a violência sexual e a física. Conquanto, foram encontradas outras modalidades de violências com apuração menor de conteúdo pesquisado, como: violência psicológica (emocional) e negligência. Já as consequências psicológicas mais identificadas foram: depressão, ansiedade, TEPT, hiperatividade, déficit de atenção, sequelas emocionais, afetivas, psicológicas, sociais e comportamentais. Assim, constatou-se que a violência infantil geralmente é intrafamiliar e que há a necessidade de estudos mais aprofundados acerca das consequências dessa violência nas crianças, as quais pouco são investigadas, mas que prejudicam amplamente seu desenvolvimento biopsicossocial.
Este estudo foi feito em duas etapas. A primeira atualizou o artigo intitulado “Violência infantil no Brasil e suas consequências psicológicas: uma revisão sistemática”, estudo bibliográfico dos tipos de violência infantil mais estudados e suas consequências biopsicossociais como indicadores do fenômeno. A segunda analisou as notificações deste tipo de violência no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN NET) e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), utilizando como critérios de análise a classificação dos tipos de violência da revisão anterior, a classificação etária e recorte temporal de acordo com a publicação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), 1990. A literatura identificou oito tipos de violência, destacando a sexual. Foram identificados diversos indicadores, sendo evidenciados: os danos psicológicos/emocionais, traumas/doenças físicas, abuso de álcool e outras substâncias, problemas no desenvolvimento, entre outros. Em contraste, o SINAN NET, que notifica compulsoriamente, destacou a negligência/abandono, seguida da violência física. Já o IBGE, que levanta dados sociodemográficos, apresentou informações mais generalistas e escassas.
O Psicodiagnóstico é uma avaliação psicológica realizada com objetivos clínicos, a fim de identificar a presença ou não de critérios diagnósticos de psicopatologias nos indivíduos. A avaliação psicológica clínica possui um papel fundamental na prevenção e promoção de saúde mental. O presente artigo analisou a correlação do temor da população a respeito do psicodiagnóstico comparado com o temor do diagnóstico de patologias médicas. Foi realizada uma pesquisa transversal e exploratória, onde através de um formulário online, os dados foram coletados por mídias sociais no período de dezembro de 2020 a maio de 2021. Os resultados apontaram para um maior temor da população a respeito do diagnóstico médico, visto que 58,8% consideraram o diagnóstico médico mais grave, e 41,2% julgam o diagnóstico psicológico como sendo o mais grave. Concluindo pode-se analisar que o sofrimento psíquico ainda é constantemente encarado como algo menos relevante, tratado por vezes à base somente de medicação em razão do saber presente no discurso médico e no imediatismo, o que interfere diretamente nessa percepção de maior temor. É proposto que maiores pesquisas analisem outras variáveis que interferem nessa percepção para inferências que auxiliem nesse contexto.
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