Introdução: Estima-se que haja 0,4% de grávidas com vírus da imunodeficiência humana no Brasil, apesar da provável subnotificação em relação à meta de 90% de detecção, 90% de tratamento e 90% de supressão da carga viral estabelecida pela Organização Mundial da Saúde. Outrossim, enquanto percebe-se o declínio da taxa mundial de novos casos para vírus da imunodeficiência humana e aids, é notável o aumento na prevalência de mulheres infectadas no Brasil, correspondendo a 31% da incidência, refletindo no alcance da doença às mulheres gestantes. Objetivo: Análise de fatores sociodemográficos de gestantes com vírus da imunodeficiência humana em um município do Sul do Brasil. Métodos: Estudo descritivo, longitudinal e retrospectivo, com fonte de dados derivados da Ficha de Notificação de Agravos do Sistema de Controle de Exames Laboratoriais, bem como dos prontuários de gestante com vírus da imunodeficiência humana que fizeram uso do Serviço de Assistência Especializada/Centro de Testagem e Aconselhamento no Município de Ponta Grossa (PR) entre janeiro de 2008 e dezembro de 2018. Resultados: Das 170 gestantes analisadas, 119 (70%) tinham de 20 a 34 anos, 142 (83,5%) se autodeclaravam brancas, 125 (73,5%) desempenhavam atividade laboral remunerada, 99 (58,2%) concluíram ensino fundamental e 169 (99,4%) tinham domicílio em zona urbana. Conclusão: A configuração sociodemográfica apresentada nos resultados nos alarma para a prevalência de mulheres jovens, com baixa escolaridade e sem prestação de trabalho remunerado. A manutenção dessa estrutura reflete-se no fato de que, embora a maioria das gestantes tenha realizado pré-natal, a falha no controle virológico contribui para os desfechos negativos evitáveis. Ademais, ressalta-se o nível de escolaridade como ferramenta imprescindível para a discernimento do processo de circulação viral, tendo em vista que, a partir do conhecimento profilático e preventivo da infecção pelo vírus da imunodeficiência humana, as mulheres gozarão de autonomia para exercer sua saúde sexual e seus direitos reprodutivos.
Introdução: De 2007 até junho de 2020, foram notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação 342.459 casos de infecção pelo vírus da imunodeficiência humana no Brasil, tendo a maior proporção de diagnóstico ocorrido em pessoas com o ensino médio completo ou inferior do sexo masculino. Objetivo: Descrever o perfil epidemiológico e sociodemográfico de pessoas vivendo com vírus da imunodeficiência humana/aids em tratamento antirretroviral no município de Ponta Grossa (PR). Métodos: Trata-se de um estudo epidemiológico, de coorte retrospectivo com dados obtidos por meio dos prontuários de pessoas vivendo com vírus da imunodeficiência humana/aids que utilizaram o serviço de atenção especializada do município de Ponta Grossa (Serviço de Atendimento Especializado – Centro de Testagem e Aconselhamento) de janeiro de 2012 a junho de 2019. Foram utilizados como critérios de inclusão constar no prontuário ou na ficha de notificação: data de nascimento, sexo, escolaridade e a data da última consulta. Resultados: Após a aplicação dos critérios de inclusão, foram coletados dados de 1.049 pacientes. Verificou-se que 55,6% dos pacientes eram do sexo masculino, 88,6% dos pacientes foram infectados sexualmente e 73% eram heterossexuais. A média de idade entre as mulheres foi de 42,33 anos (desvio padrão=12,65). O tempo de tratamento médio foi de 5,28 anos (desvio padrão=4,77). Entre os homens, a média de idade 40,06 (desvio padrão=12,61) e o tempo de tratamento médio foi de 4,63 anos (desvio padrão= 4,76). Quanto à escolaridade, 42,8% declararam serem analfabetos ou terem ensino fundamental incompleto, 47,8% ensino fundamental completo ou ensino médio incompleto ou completo e 9,4% que estão cursando ou terminaram ensino superior. Em relação ao estado civil, 40,9% se declararam união estável ou casados, 3,9% viúvos, 34,6% solteiros, 7,9% divorciados e 12,7% não informaram estado civil. Conclusão: São necessárias a continuidade e a expansão de políticas públicas voltadas ao tratamento e à prevenção da infecção pelo vírus da aids, principalmente voltada a públicos específicos, como o de menor escolaridade, tendo em vista a prevalência mais localizada dos casos.
Introdução: Entre 2007 e 2019, as mulheres representaram cerca de 31% dos novos casos de infecção pelo vírus da imunodeficiência humana. Com relação às gestantes, entre os anos de 2000 e 2019, foram notificados ao todo 125.144 novos casos de vírus da imunodeficiência humana/aids, necessitando-se observar quais efeitos esse vírus teria durante uma gestação. Métodos: Estudo descritivo, longitudinal e retrospectivo baseado em prontuários físicos e dados da ficha de notificação de agravo do Sistema de Controle de Exames Laboratoriais de 170 gestantes vírus da imunodeficiência humana positivo que no período de janeiro de 2008 a dezembro de 2018 utilizaram o Serviço de Assistência Especializada/Centro de Testagem e Aconselhamento no município paranaense de Ponta Grossa. Resultados: Ao todo, 96,5% das gestantes realizaram o pré-natal, 58,2% apresentaram evidência laboratorial de infecção antes do pré-natal, 48,8% foram reportadas ao Sistema de Informação de Agravos de Notificação durante o primeiro trimestre gestacional e 85,9% utilizavam terapia antirretroviral. Percebe-se, também, maior risco para parto cesáreo em pacientes que fizeram uso de terapia antirretroviral durante a gestação e durante o parto e que gestantes em terapia antirretroviral durante a gestação tiveram 1,90 vezes mais chance de evoluir para nascido vivo. Conclusão: Esse estudo revela a predominância da realização do pré-natal e do uso de terapia antirretroviral pelas gestantes analisadas. Além disso, aponta para o percentual de gestantes que desconhecem a evidência laboratorial de infecção antes do pré-natal. O maior destaque, contudo, é a insuficiente porcentagem de notificações ao Sistema de Informação de Agravos de Notificação durante o primeiro semestre gestacional, que contribui para menor efetividade no controle epidemiológico e levantamento de dados realistas para formulação de políticas públicas de qualidade. Portanto, torna-se imperativo a formulação de políticas de saúde que visem assegurar a qualidade da assistência ao pré-natal.
Low back pain is defined as pain located between the lower rib cage and the gluteal folds, and its etiology is multifactorial, considerably affecting quality of life. The aim of this literature review was to analyze the influence of the Pilates method on the symptoms of patients with nonspecific low back pain, which is considered a promising treatment for this type of pathology. A narrative review of the literature was carried out using the PubMed, Pedro, Scopus and Scielo databases. To perform the search, Pilates AND Low back nonspecific AND Pain were used as keywords. Articles published in the last 5 years, randomized clinical trials that verified the influence of the Pilates method in adult individuals with unspecified low back pain and full text in English were included. Of the 77 articles identified, 7 articles met the inclusion criteria, 7 analyzed the primary outcomes of pain intensity and disability, 5 articles compared Pilates with other rehabilitation techniques and 2 studies compared the effectiveness of Pilates solo with Pilates apparatus. It was concluded that all the techniques that were compared with Pilates are effective, being difficult to affirm the superiority of Pilates over them in relation to the reduction of pain and disability and improvement of quality of life. However, the Pilates method has shown good results in pain perception and intensity, functional capacity, fear of movement and the idea that movement can worsen your condition, muscle strength, range of motion and flexibility.
Introdução: Cerca de 50% das pessoas com vírus da imunodeficiência humana em tratamento antirretroviral desenvolverão alterações neurocognitivas associadas ao vírus da imunodeficiência humana, sendo o uso precocemente adotado de terapia antirretroviral a principal recomendação para sua prevenção. Entretanto, ainda que o diagnóstico das alterações neurocognitivas seja desafiador, foram desenvolvidas diversas ferramentas para auxiliar nesse processo, como a International Human Immunodeficiency Virus Dementia Scale, validada no Brasil. Objetivo: Esta revisão sistemática tem como finalidade identificar os efeitos da terapia antirretroviral na prevalência das alterações neurocognitivas associadas ao vírus da imunodeficiência humana, avaliadas por meio da International Human Immunodeficiency Virus Dementia Scale. Métodos: Dois avaliadores selecionaram os artigos independentemente, de acordo com critérios pré-estabelecidos, tratando, dessa maneira, de uma revisão sistemática da literatura, que consistiu na busca de artigos no dia 7 de outubro de 2020 em: PubMed, SciELO e LILACS. Resultados: A busca gerou um total de 2.556 resultados. Após a primeira seleção restaram 84 artigos, que foram lidos na íntegra e submetidos a uma nova seleção, por fim restando 34 artigos. Desses, foram extraídos dados sociodemográficos, clínicos e relacionados à International Human Immunodeficiency Virus Dementia Scale. Com isso, observou-se que a prevalência de alterações neurocognitivas associadas ao vírus da imunodeficiência humana aumenta com a idade. Ainda que alguns dos resultados encontrados corroborem isso, em outros estudos a idade não foi significativa para estabelecer relação aos prejuízos neurocognitivos progressivos. Em relação ao uso de terapia antirretroviral, houve resultados conflitantes e, apesar das diferenças entre os antirretrovirais em relação aos efeitos no sistema nervoso central, poucos trabalhos detalharam os fármacos em uso e sua implicação no desempenho neurocognitivo. Conclusão: A International Human Immunodeficiency Virus Dementia Scale mostrou-se uma ferramenta amplamente utilizada como triagem para detecção de alterações neurocognitivas associadas ao vírus da imunodeficiência humana. A relação entre o desempenho neurocognitivo e o uso de terapia antirretroviral apresentou resultados diversos e nem sempre estatisticamente significativos. Ademais, faz-se necessário uma maior descrição referente à terapia em uso para avaliar as particularidades entre os antirretrovirais.
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