Objetivo. Verificar o efeito da TENS modo burst (TENSb) sobre a espasticidade e a mobilidade de pacientes com hemiparesia após acidente vascular cerebral (AVC). Método. Foram selecionados nove indivíduos (6 homens) com média de idade de 61,3±9,3 anos, hemiparéticos crônicos espásticos. A espasticidade do músculo quadríceps foi avaliada por meio da escala de Ashworth Modificada, pelo teste do pêndulo e seu respectivo índice de relaxamento corrigido (IRC), e pelo teste de Duncan-Ely. A mobilidade foi avaliada pelo teste Time Up and Go (TUG). Foram realizadas quatro aplicações de 30 minutos de TENSb (frequência de 100Hz e duração de pulso de 120μs) em dias consecutivos. Foram feitas avaliações antes e depois das quatro aplicações e após 72 horas da última sessão. Resultados. Houve aumento do IRC após as aplicações de 0,4±0,2 para 0,9±0,3 (p<0,05), redução da medida do teste de Duncan-Ely de 10,8±3,1 para 7,7±2,7 (p<0,05) e diminuição de 2,0±0,6 para 1,0±0,4 na Escala de Ashworth Modificada. Também houve redução no tempo de execução do TUG de 19,4±0,6 para 15,2±5,9 (p<0,05). Conclusão. A TENSb promoveu redução da espasticidade do músculo quadríceps após a aplicação e após 72 horas e promoveu melhora na mobilidade de pacientes pós AVC.