<p><span>Na noite entre os dias 14 e 15 de março de 2019, a região central de Moçambique, em particular a cidade da Beira e regiões vizinhas, foi devastada por um ciclone batizado de Idai, provocando uma situação de calamidade natural e de ajuda humanitária. O presente artigo visa analisar em que medida o governo moçambicano foi capaz de coordenar as ações e garantir a proteção aos direitos humanos das pessoas afetadas e, ao mesmo tempo, se resguardar dos desafios inerentes às ajudas, especialmente a ingerência interna. A metodologia do trabalho foi dedutiva, baseando-se no método qualitativo e no estudo de caso do referido fenômeno. As fontes consultadas se referem aos relatórios oficiais pós-desastre Idai e à análise da literatura especializada, nomeadamente livros e artigos científicos.</span></p>
Este artigo visa responder como a construção de um imaginário eurocêntrico sobre a África a subalternizou na geopolítica global? E como representações emancipatórias sobre a África, produzida pelos próprios africanos, são tratadas como um perigo pelas forças hegemônicas globais? A metodologia do trabalho é a análise bibliográfica das relações internacionais e discussões referentes à construção da imagem dos espaços na geopolítica global. Da análise efetuada, deduz-se o seguinte: a imagem supostamente de uma África pobre, conflituosa e com doenças, influencia a adoção de medidas automáticas e simplistas, nomeadamente: ação humanitária, intervenção externa, doação, voluntariado. Essas imagens cristalizaram um mundo-problemático, constituído por países pobres e mundo-solução dominado por países desenvolvidos. Malgrado esse quadro, há uma África que incomoda e se esforça para conduzir o seu desenvolvimento e almejar maior protagonismo no cenário internacional.
Objetiva-se, com este trabalho, analisar o problema pertinente à (in)adequação do Retrofit, como uma técnica sustentável para o planejamento urbano das cidades. Como referencial teórico, foi utilizada a tese de Herbert Girardet sobre o metabolismo das cidades. O método hipotético-dedutivo e a filosofia fenomenológica, amparados pela técnica de revisão bibliográfica, levaram à conclusão de que o Retrofit pode ser aplicado de forma mais ampla no meio ambiente urbano, bem como a necessária normatização do instituto e do seu reconhecimento em políticas públicas urbanas.
Na tentativa de solucionar os problemas socioambientais vivenciados pelo avanço da frente petroleira no país, o Equador propôs ao mundo um projeto inovador: renunciar à exploração do petróleo contido no subsolo dos campos Ishpingo Tambococa Tiputini, localizados na porção centro sul da Amazônia equatoriana, em troca de uma compensação financeira da comunidade internacional. Apesar de ter recebido muito apoio de outros Estados e de inúmeras organizações internacionais, a Iniciativa falhou, tendo o então Presidente Rafael Correa anunciado seu fim em maio de 2013. A falha dessa empreitada representa um exemplo claro da insuficiência contida nos discursos de sustentabilidade e cooperação assumidos não só pela comunidade internacional, mas pelo próprio Equador, cujas inconsistências esse artigo se prestou a analisar. Para tanto, utilizou-se dos métodos hipotético-dedutivo e descritivo, com realização de pesquisa bibliográfica.
Resumo: O presente artigo visa analisar o planejamento governamental e os problemas socioambientais enfrentados na construção das hidrelétricas de Belo Monte (Brasil) e de Três Gargantas (China). O artigo parte do seguinte questionamento: o regime político da China e do Brasil explica a diferença na implementação e nos impactos socioambientais na construção de suas respectivas hidrelétricas? Espera-se que um país democrático (Brasil) tenha maior propensão ao planejamento democrático, participação das comunidades e observância de seus direitos na construção de empreendimentos hidrelétricos; de um país autocrático (China), esperam-se resultados a apontarem planejamento vertical, sem consulta às comunidades locais e não inclusão de interesses e direitos dessas comunidades. Após análise da literatura especializada e dos dados, observou-se que na China os benefícios econômicos foram acompanhados pela destruição de diversas cidades, vilas ribeiras e sítios arqueológicos. No Brasil, apesar de inúmeras denúncias e resistência das comunidades, a construção da UHE de Belo Monte foi cercada de denúncias de corrupção no custo da obra e prejuízos socioambientais às comunidades da Volta Grande do Xingu.
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