Objetivo: Avaliar como as alterações gastrointestinais afetam a qualidade de vida das crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Revisão bibliográfica: Crianças do espectro autista apresentam seletividade alimentar e se limitam a uma alimentação restrita a cheiros, cores, sabores e temperaturas, tendendo a forte preferência por carboidratos e alimentos processados, o que pode levar a um alto índice de obesidade nesse grupo. Com base em estudos já feitos, crianças com TEA apresentam quatro vezes mais sintomas gastrointestinais associados a um comprometimento da microbiota intestinal, quando comparadas a crianças com desenvolvimento típico. Com a desregulação do eixo microbiota-intestino-cérebro, pode ocorrer alterações cognitivos comportamentais, favorecendo sintomas como ansiedade, estresse e alterações do humor. Considerações finais: Visando diminuir a influência de desconfortos gastrointestinais na qualidade de vida do paciente, a terapia nutricional com alimentos frequentemente deficientes em crianças com TEA, pode ser uma opção de tratamento eficiente para sintomas gastrointestinais e comportamentais, ainda que essa terapia seja dificultada pela alta seletividade alimentar nessas crianças. Entretanto, mais estudos são necessários para compreender melhor quais dietas trariam melhores benefícios juntos a maior adesão ao tratamento.
Este artigo buscou abordar a qualidade de vida dos familiares/cuidadores de pacientes que recebem assistência em domicílio, considerando que a prestação de cuidados nesse modelo, exige muito tempo da vida desses profissionais e/ou familiares envolvidos nesse processo. Abordando também os sentimentos envolvidos nesse delicado processo, tanto de quem cuida, quanto de quem recebe esse cuidado, e como passam pelo processo do luto e dos desafios dessa jornada. Como resultado foi observado que o envolvimento do cuidador, enquanto membro da família, por dedicar-se por longos períodos ao enfermo, tem áreas da sua vida comprometida, podendo acarretar sobrecarga física, emocional como problemas psicológicos e/ou dificuldades financeiras. Assim sendo, a prevenção à saúde mental é a melhor estratégia para evitar que esses profissionais desenvolvam sintomas depressivos, advindos desse acúmulo de funções e carga emocional vivida, e em decorrência tenham sua qualidade de vida comprometida. Nos mostrando a necessidade da integração de uma equipe multiprofissional no auxílio ao cuidador e paciente, proporcionando uma abordagem humanizada de forma ampla e respeitando os valores e hábitos envolvidos em todo processo de cuidado.
Este artigo buscou discutir como o desequilíbrio entre microbioma intestinal e sistema imunológico contribuem para o desenvolvimento da doença de Crohn (DC). O trabalho trata-se de uma revisão de literatura com enfoque na DC, que faz parte do conjunto de doenças inflamatórias intestinais (DIIs). Sua fisiopatologia ainda não é totalmente esclarecida, mas sabe-se que inclui fatores genéticos, ambientais e relacionados ao organismo do hospedeiro, como os estudados pelo presente artigo: sistema imune e disposição do microbioma. Um dos papéis do sistema imunológico é a tolerância com a microbiota comensal, que por sua vez recobre a camada epitelial e modula o sistema imune. Uma vez que a integridade do epitélio dos portadores de DC é afetada, a mudança na permeabilidade permitirá a entrada exacerbada de antígenos nas células, o que resulta em uma intensa resposta do sistema imunológico e um desequilibro na camada de muco, relacionada a tolerância para comensais do microbioma. Todavia o tratamento da DC, pautado na restauração do microbioma e consequente diminuição inflamatória, reitera sua significativa relação com o sistema imune.
Objetivo: Analisar, por meio de uma revisão narrativa, o impacto do uso da Terapia hormonal (TH) na qualidade de vida de mulheres no climatério e como fator de risco para o desenvolvimento do câncer de mama, bem como discutir as opções terapêuticas existentes, levando em consideração a melhoria na qualidade de vida das pacientes. Revisão Bibliográfica: A menopausa caracteriza o fim do período reprodutivo da mulher, com diminuição da atividade folicular ovariana. Esse período é marcado por instabilidades hormonais e sintomatologia marcante que faz com que muitas mulheres procurem a TH como forma de tratamento. Entretanto, a TH pode acometer o tecido mamário e resultar em uma neoplasia, a depender da formulação e do tempo de uso, além de possíveis fatores de risco para câncer de mama. Considerações finais: Conclui-se que a terapia hormonal está associada ao aumento do risco de desenvolvimento do câncer de mama, sendo esse risco atribuído, principalmente, aos progestagênios medroxiprogesterona, noretisterona e levonorgestrel. A descontinuação do uso destes tende a diminuir os riscos e, de uma forma geral, a sua administração não é recomendada por período superior a cinco anos.
Este artigo buscou realizar uma revisão narrativa a respeito do impacto do transplante de células-tronco hematopoiéticas (TCTH) na vida dos pacientes transplantados pediátricos, abordando os principais acometimentos a curto e longo prazo, como também os benefícios trazidos pela terapêutica. O TCTH é uma opção de tratamento que vem evoluindo significativamente, graças aos avanços em pesquisas e em tecnologia, sendo uma boa alternativa para pacientes que não obtiveram sucesso em outras condutas. A terapêutica é um procedimento agressivo com possível desencadeamento de consequências físicas e mentais importantes ao paciente. Desse modo, nota-se que a melhor maneira de buscar pela boa qualidade de vida dos pacientes pediátricos transplantados e de seus familiares é a realização de um acompanhamento contínuo de uma equipe multidisciplinar para a vigilância de efeitos tardios, prevenindo os possíveis acometimentos. Assim, em conjunto, deve-se orientar devidamente os pais sobre as possíveis complicações após o procedimento e sobre como lidar com os desafios biopsicossociais e econômicos existentes.
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