Objetivos: Analisar as representações sociais do câncer para pacientes oncológicos adultos clínicos e cirúrgicos em internação hospitalar e identificar os conteúdos que compõem as representações sociais. Método: Estudo qualitativo, apoiado na Teoria das Representações Sociais. Foram entrevistadas 30 pessoas internadas em tratamento oncológico clínico e/ou cirúrgico em uma instituição de referência e especializada no tratamento do câncer, na cidade do Rio de Janeiro, Brasil. Resultados: O grupo é composto em sua maioria por homens (69,3%), com ensino fundamental (57,6%), que residem fora do município do Rio de Janeiro (56,7%), com idade maior ou igual a 60 anos (50,4%). A representação social do câncer evidenciou os processos de espera e complicações do tratamento cirúrgico, o impacto do diagnóstico, as mudanças decorrentes desta nova condição de saúde, além do apoio na religiosidade, espiritualidade e nas redes sociais. Conclusão: Entendendo a necessidade de melhoria dos cuidados baseados na humanização oferecidos à pessoa que possui câncer, o estudo evidenciou que os pacientes tem a necessidade de cuidar das questões além da patologia apresentada, como uma maneira de conforto, a fim de minimizar sentimentos negativos acerca da patologia.
Introdução: Se descobrir soropositivo para HIV/Aids impacta expressivamente na vida das pessoa e evidencia-se a espiritualidade no que tange o lidar com a realidade e a atuação que estes exercem em sua construção representacional. Objetivo: Apreender as representações sociais de homens e mulheres que vivem com HIV/Aids sobre espiritualidade. Método: estudo descritivo, abordagem qualitativa, baseado na teoria das representações sociais em sua abordagem estrutural. Participaram 166 pessoas com HIV/Aids, maiores de 18 anos, em uso de antirretrovirais por ao menos 06 meses. Resultados: São 101 (60,8%) são homens e 65 (39,2%) mulheres entre 41-60 anos, 63 (37,9%) são católicos, 42 (25,3%) espíritas, 32 (19,3%) evangélicos e 29 (17,5%) sem religião. Conclusão: A descoberta diagnóstica é permeada por diversos sentimentos e as TRS conduzem o viver com a enfermidade e seu enfrentamento no cotidiano. Por ter sido identificada como um fator positivo ratifica-se a importância do incentivo à espiritualidade na vida das PVHA como apoio as mesmas.
Espiritualidade e religiosidade apresentam potencial para mobilizar conhecimentos específicos e influenciar a forma dos indivíduos vivenciarem a saúde e a doença, agregando à Enfermagem, novos modelos de cuidado e respeitando-se as políticas de saúde vigentes. O objetivo deste artigo é refletir acerca das dimensões da espiritualidade e da religiosidade na integralidade da assistência com vistas à apreensão de um cuidado integral em saúde e enfermagem. Trata-se de artigo de reflexão, para o qual foi realizada uma busca por produções que versassem sobre o tema na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e na Pubmed. Assim, foi organizado em dois blocos temáticos: espiritualidade, religiosidade e o cuidado de enfermagem; e a integralidade da assistência como base para o cuidado integral em saúde e de enfermagem no contexto das dimensões da espiritualidade e da religiosidade. Observa-se que a abordagem da espiritualidade e da religiosidade (E/R), encontra solo fértil no âmbito da saúde, onde se almeja consumar a integralidade enquanto princípio norteador do SUS e, simultaneamente, a promoção de um cuidado integral. De igual modo, a integralidade da assistência em saúde é abrangente, profunda e complexa, ao definir a maneira como o paciente ou usuário do sistema de saúde deve ser tratado, isto é, como um todo. Estes não são assuntos recentes e nem antagônicos para a área da saúde e a enfermagem, sendo, nesse sentido, importante investir esforços para a produção de novos estudos e para que efetivamente, possam integrar a formação e a prática cotidiana dos profissionais.
Introdução: O câncer é uma doença crônica que impacta diretamente a vida das pessoas diagnosticadas devido à sua capacidade de comprometer a qualidade e continuidade da vida. Objetivo: Identificar aspectos subjetivos do câncer para os pacientes oncológicos presentes nas produções científicas nacionais e internacionais apoiados na Teoria das Representações Sociais (TRS). Métodos: Revisão integrativa da literatura, com abordagem qualitativa e descritiva. Utilizaram-se as bases de dados Lilacs, BDEnf e Medline, no período de junho de 2021, com os seguintes descritores: câncer AND representação social. Dos 27 artigos encontrados, 9 foram analisados através da análise de conteúdo temático-categorial. Resultados: Foram identificadas 123 unidades de registro, distribuídas entre 4 categorias: representação social do câncer como um processo de finitude, medo e negação; vivendo com câncer: mudanças físicas, impactos no cotidiano e sentimentos atrelados ao diagnóstico; representação social do câncer como um processo de cura, tratamento e suas complexidades; rede de apoio e repercussões sociais no viver com o câncer. Conclusão: Os conteúdos dimensionais relacionados ao câncer permeiam, pelo processo de finitude e negação, as mudanças físicas e no cotidiano, bem como os tratamentos disponíveis e suas complexidades, e os conteúdos referentes à rede de apoio.
Introdução: O diagnóstico de câncer atinge diversos aspectos, como emocionais, de relacionamento, espirituais e financeiros, tornando-o um importante problema de saúde pública mundialmente. Objetivo: Analisar a estrutura das representações sociais do câncer para pacientes oncológicos hospitalizados adultos e apontar sua relação com aspectos do cotidiano de enfrentamento do diagnóstico e do adoecimento por essa patologia. Método: De natureza qualitativa, descritiva e exploratória, embasado na Teoria das Representações Sociais. O cenário foi um hospital federal de câncer, no município do Rio de Janeiro, com 111 participantes vivendo o adoecimento oncológico. Foram coletadas as evocações livres ao termo indutor “câncer” e aplicado o questionário para caracterização dos pacientes. A análise se deu por intermédio do software EVOC 2005. Resultados: Participantes, majoritariamente homens (69,3%), com ensino fundamental (57,6%). Apresentaram-se como provável núcleo central: doença, tristeza e morte. O conhecimento reificado do câncer ocorreu por meio da palavra “doençaˮ. Reconhece-se o predomínio de elementos negativos, ainda que hajam alguns positivos como tratamento, cura e Deus na representação do grupo. A doença em voga carreia estigma, tornando o enfrentamento um processo doloroso e triste. Conclusão: É possível observar o pesar de estar com câncer na visão dos pacientes, ao passo que a esperança existe e os move em direção à cura. Identifica-se a necessidade de o profissional enfermeiro dar enfoque no que diz respeito à dimensão espiritual e religiosa em seu cuidado, entendendo o indivíduo como um ser único e complexo que demanda cuidados individuais.
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